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Notícias

29
mai
2008
(MADEIRA E PRODUTOS)
Selo para evitar importação ilegal de madeira

As compras sem controle promovidas pelo mercado europeu, considerado como o mais lucrativo do mundo, contribuem para o desmatamento na Amazônia e de outras florestas tropicais asiáticas e africanas. O Governo Brasileiro reconheceu que a taxa de desmatamento em 2008 deve apresentar crescimento em relação a 2007, após três anos de queda. A taxa de ilegalidade no setor madeireiro amazônico varia de 50% a 80%. De acordo com o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), 36% da madeira extraída da Amazônia Legal é exportada. O principal mercado externo é o europeu, segundo o Ministério do Desenvolvimento: cerca de 47%.

Dados da própria indústria madeireira da UE indicam que o contrabando impõe às nações exportadoras perdas anuais de US$ 15 bilhões em impostos não-recolhidos. A idéia do comissário europeu para o Meio Ambiente, Stavros Dimas, é que o importador seja obrigado a dizer exatamente qual foi o percurso da madeira desde seu país de origem até ser transformada no produto final. O sistema visa rastrear a origem da madeira e premiar os exportadores e importadores que sigam leis de proteção e gerenciamento dos recursos naturais. Hoje, o certificado é voluntário e os controles são pouco claros, na avaliação de autoridades ambientais. O monitoramento mais rigoroso, no entanto, não será tarefa simples. Os europeus não excluem a hipótese de que seja necessário enviar missões aos países exportadores - entre eles, o Brasil - para que sistemas de controle sejam criados.

Fonte: Folha de São Paulo

ITTO Sindimadeira_rs