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Notícias

23
mai
2008
(ECONOMIA)
Medidas do governo miram os pequenos exportadores

Fatos importantes para a macroeconomia nacional - a Política de Desenvolvimento Produtivo, lançada pelo governo federal e a classificação do Brasil como grau de investimento- têm impactos também para as empresas de pequeno porte.

Além de prever a elevação do investimento fixo do PIB (Produto Interno Bruto), a ampliação do desembolso do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e ações específicas para setores como o de tecnologia da informação, as medidas do governo miram as pequenas firmas. Entre os anúncios está o do aumento em 10%, até 2010, do número de micro e pequenas empresas exportadoras.

Alessandro Teixeira, presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de exportações e Investimentos), destaca dois pontos dessa política: o maior prazo de pagamento em financiamentos do BNDES e a ampliação do Seguro de Crédito à exportação para produção de bens e prestação de serviços.

"Agora temos de transformar a vontade política em prática", aponta Paulo Okamotto, diretor-presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). "Precisamos articular empresas em consórcios ou tradings e participar de eventos fora."

Câmbio

As medidas do governo vêm em um momento em que empreendedores sofrem para exportar, devido à desvalorização do dólar. Na Glasart, que fabrica acessórios de decoração, a mudança do câmbio nos últimos anos dificultou a venda para Portugal e Espanha. "A matéria-prima ficou cara.

Tivemos dificuldades e passamos a importar material da China", conta o gerente-geral, Rodrigo Duncan, 44. "Vamos apostar na exportação para o Mercosul, onde o dólar não influencia tanto", comenta.

A Eloplus, que pertence ao Grupo Seacam, fabricante de software, começará a exportar neste ano. "A desvalorização nos fez remanejar o plano de negócios e readequar a produção", diz Alexandre Magdalon, 45, diretor comercial.

Para Teixeira, da Apex, a situação cambial "veio para ficar". "A política tenta minimizar perdas. Mas é preciso agregar valor aos produtos, melhorar a capacitação e a informação comercial", afirma.

Fonte: Folha de São Paulo

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