A indústria de papel espanhola Ence disse que aposta em sua fábrica no Uruguai, em 2010, como um dos pilares em seu plano de crescimento futuro, e anunciou que pretende seguir expandindo na América Latina.

A empresa espanhola reiterou que cumprirá sua promessa de triplicar seu lucro líquido a 150 milhões de euros (233 milhões de dólares) em 2011.

"O projeto futuro da Ence é continuar expandindo na América Latina. (...) Uruguai tem potencial de crescimento. Porém não temos planos concretos para fazê-lo, será feito no futuro," disse Pedro Oyarzábal, presidente executivo da indústria de papel em uma entrevista a Reuters.

Ence está ultimando a permissão para construir uma fábrica de celulose de 1 milhão de toneladas nas margens do Rio da Plata, que permitirá a indústria duplicar sua produção de celulose.

A empresa prevê obter a última permissão, que permitirá iniciar as obras, antes do verão, e que a indústria estará operando em 2010.

A partir daí, a empresa começará a ver novos projetos, que poderá realizar só ou em parceria de sócios estratégicos. Entre as opções, estuda uma eventual ampliação futura da fábrica uruguaia que poderá duplicar sua capacidade de produção.

"A fábrica é ampliável. Num futuro pode ser ampliada," disse o executivo, mas reiterou que a empresa não tem planos concretos.

"Primeiro vamos a fazer esta. Depois, veremos," reiterou.

A fábrica uruguaia é um dos pilares para que Ence consiga em 2011 duplicar sua produção de celulose, ganhe 150 milhões de euros e registre um lucro bruto de exploração (Ebitda) de 330 milhões de euros. Em 2007, o lucro líquido da Ence alcançou 58,2 milhões de euros e Ebitda, 130,8 milhões.

Planos energéticos

O outro pilar é a produção elétrica, apoiado pelo auxílio estatal e aproveitamento a biomassa para produzir energia. A partir de novembro deste ano, quando a companhia colocar em marcha as melhorias em sua fábrica de Navia, a Ence duplicará sua produção elétrica a partir da biomassa para 1,2 milhões de megawatts/hora sobre uma produção total de 1,6 milhões de megawatts/hora.

O prêmio concedido pelo Estado pela venda de eletricidade de biomassa permitirá que o grupo duplique seu faturamento total de energia em 2009.

Atualmente o negócio energético supõe uns 20 por cento de seu faturamento e a partir de 2009, o grupo espera que o peso desse negócio alcance os 30 por cento.

Fonte: Reuters/forestalweb/Remade