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Notícias

04
mai
2008
(MADEIRA E PRODUTOS)
Madeireiros formam pólo para fortalecer setor

Para enfrentar redução na comercialização de madeiras, motivada pela desvalorização do dólar, empresas que transformam toras em tábuas e em vigas dos municípios de Rio Grande, Piratini, Tapes, São José do Norte e Dom Feliciano, na região Sul do Estado, estão se unindo para fortalecer o segmento de serrarias locais no mercado regional. Impulsionado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) o grupo de 37 empresas e três prestadores de serviços, formaram, no início do ano, o Pólo de Serrarias da Região Sul e Centro Sul. Entre as ações que serão desenvolvidas em conjunto destaque para a qualificação em gestão – que será iniciada em maio – e o estímulo à comercialização de produtos.

A primeira atividade será a participação no curso Formação do Preço de Venda, terá duas edições: em Piratini, de 5 a 9 de maio, na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB); e, em Rio Grande, de 26 a 30 de maio, na Associação Vila da Quinta. “A necessidade de trabalharmos a formação do preço de venda surgiu a partir de um diagnóstico realizado nas empresas que apontou dificuldades na formação de todos os custos do produto”, diz o gestor do projeto Pólo de Serrarias da Região Sul e Centro Sul, Claudino Camargo Abreu. Os empresários, conforme eles não possuem ferramentas adequadas para a identificação dos custos e o curso apresentará alternativas.

“Durante a capacitação, os empresários trarão informações sobre os seus custos e formarão o preço de seus produtos conforme as ferramentas disponibilizadas”, explica o consultor do Sebrae/RS, Roberto Pinheiro Rodrigues, responsável por ministrar o curso. Os participantes terão informações sobre as variáveis que compõem o preço – uma das principais dificuldades levantadas no diagnóstico –, noções sobre custos fixos e variáveis, depreciação, e, sobre ferramentas de controle financeiro. “O conhecimento das variáveis que compõem o custo de um produto, permitirá as empresas conhecer os lucros efetivos ou em caso de prejuízo, se precisar tomar alguma ação corretiva no processo”, afirma.

Para o administrador da empresa Manufatura de Madeiras Piratini, Valério Griffante dos Reis, de Piratini, e representante dos empresários do Pólo Madeireiro, a união do grupo ainda é uma novidade. “Tornar o trabalho convencionalmente individualista dos nossos empreendimentos em uma atividade que vislumbre o bem de todos é uma de mudança cultural e requer tempo para adaptação”, afirma. Para Valério, a necessidade da união das empresas surgiu com as adversidades encontradas no mercado com a desvalorização do dólar. “O preço continua o mesmo, mas com a moeda em baixa nosso faturamento diminuiu”, explica. De acordo com ele, em virtude desse cenário, o grupo pretende encontrar alternativas de comercialização da madeira no mercado interno. A empresa é responsável pela extração, corte e transformação da madeira bruta em tábuas.

Os municípios de Piratini, Rio Grande e São José do Norte são caracterizados pela produção de tábuas de pinus; e, Tapes e Dom Feliciano, de eucalipto. Os principais clientes da região são as fábricas de móveis da Serra gaúcha, empresas de construção civil e madeira para exportação para confecção de embalagens.

O Pólo de Serraria da Região Sul e Centro Sul é composto por 40 empresas de micro e pequenos portes do setor de serrarias localizadas nos municípios de Piratini, Rio Grande, Tapes, São Jose do Norte e Dom Feliciano. O objetivo do projeto é aumentar a produção e o acesso a novos mercados por meio da melhoria da gestão e da qualidade, do incremento tecnológico e da redução de desperdícios. Entre as principais metas do grupo estão o aumento da produção física em 10%, em 2008 e mais 10%, em 2009; e o aumento do número de novos mercados atendidos, em 10%, para 2008 e 10%, para 2009.

Fonte: Sebrae RS

Neuvoo Jooble