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Tabelas acopladas a mapas com detalhes minuciosos, relatórios com previsões e planejamentos com validade para até 50 anos. Esses são os recursos que a tecnologia da informação florestal alcançou nos últimos dez anos. Impossível hoje admitir em uma empresa do setor de celulose e papel, por exemplo, um engenheiro florestal que tenha apenas um olhar técnico para suas funções cotidianas.
Esse novo profissional está diretamente ligado à gestão e é um dos responsáveis pelos planos de crescimento de sua empresa. Tudo isso porque os sistemas de informação garantem o controle de dados do setor florestal. Na verdade, as teias de registros disponíveis no mercado são ferramentas que foram desenvolvidas com expertise e ganharam tentáculos com desdobramentos quase infinitos. Com esses novos sistemas é possível fazer inventários florestais, gerar resultados gráficos por produções, cruzar relatórios com informações de banco de dados, entre uma série de outros aplicativos. Há uma gama de funções para os sistemas de TI. E isso só tem gerados bons resultados no setor florestal.
Para discutir essas questões e ampliar conhecimentos sobre o assunto, a Savcor Conference 2008 que está sendo realizada desde o dia 14, em Ilha Bela, litoral paulista, trouxe nesta quinta-feira (17) cases de clientes e empresas parceiras que mostram como os sistemas avançados estão gerando novas possibilidades e ferramentas de gestão.
A abertura da mostra de cases da conferência foi feita pelo diretor executivo da Savcor, Pasi Niemeläinen. O executivo apresentou valores, missão e linhas de serviços da Savcor. Ele também mostrou a preocupação da empresa em trabalhar com uma tecnologia global. “Esse é o pilar do nosso trabalho”, comenta Niemeläinen.
A finlandesa Savcor, que surgiu em 1981, acaba de lançar o sistema Zenith totalmente adaptado às necessidades da cadeia florestal. Antes de se lançar no mercado de TI, a Savcor reuniu experiência mundial no mercado de papel e celulose, também em infra-estrutura de concreto, silvicultura, serrarias, telecomunicações e vem desbravando o campo da tecnologia da informação e lança o sistema Zenith. Performance que garante a expansão da corporação para os quatro cantos do planeta.
Hoje, a empresa já tem filiais em 25 países e aposta no crescimento contínuo. O reflexo desta evolução é que de 200 funcionários da década de 80, atualmente reúne cerca de 1600 profissionais, sendo que só 200 estão na Finlândia. "Somos uma empresa muito global e por isso aprendemos a trabalhar com diferentes culturas. Há projetos que desenvolvemos com três a cinco culturas envolvidas de uma só vez. Isso é um valor muito importante", comenta o executivo.
Segundo Bruce Morisson, outro diretor da multinacional, o módulo central do sistema Zenith é capaz de analisar as florestas, levantando registros, dados da propriedade, talhões, inventários e resultados comparativos. "Trabalhamos com o conceito europeu de que a medida das árvores é muito importante para se fazer o planejamento operacional e ampliarmos a comparação dos resultados", fala Morisson.
Mostra de cases
Os exemplos de sucesso de empresas que já trabalham com o produto Zenith e a fala de parceiros da Savcor fomentou discussões interessantes nesta manhã na conferência em Ilha Bela. A mostra apresentou experiências como na Arcelor Mittal, empresa atuante no mercado de carvão vegetal brasil. O exemplo foi narrado pelo engenheiro florestal Jonhatan Stock, gerente da empresa. Stock mostrou a rápida aplicabilidade do sistema que foi implantado recentemente na sua empresa. "Agora usamos o sistema para gerenciar todos os nossos processos, desde a plantação de mudas, as colheitas após sete anos, secagem, carbonização da madeira, na fase de transformação da madeira em carvão, entre outros. Quando nossa empresa entrou em contato com a Savcor, nossa intenção foi controlar todos os processos e fazer um mapeamento disso", explica Stocks.
O representante da empresa ESRI, Richard Weiss, também se apresentou nesta manhã e trouxe para a mostra um exemplo de sincronia entre informação e mapas. Sua apresentação foi ilustrada com mapas e figuras em 3D, o que facilita muito a visualização e interpretação de dados. Segundo Weiss, a parceria entre a ESRI e Savcor, agregará os produtos Forester e Zenith, o que trará vantagens como qualidade dos dados, as próprias condições florestais, agilidade para se produzir relatórios, entre outros.
Ainda no período da manhã, os participantes conheceram como funciona a rede de sistemas da Suzano Papel e Celulose, com a participação da engenheira florestal, Lucimara Roncolato, responsável por uma das áreas de inteligência competitiva da Suzano. A engenheira mostrou qual é o modelo de sistemas da Suzano, gerenciado pela Savcor. A profissional mostrou exemplos de relatórios que produz com o sistema, implantado há seis anos. "Desenvolvemos relatórios com registros de ocorrência, dados específicos, cadastro de recomendações técnicas, comparações reais versus índice de conformidade, resultados gerais com gráficos e modelos de avaliação, entre outros. "Já constatamos que essa ferramenta é excelente para o monitoramento da qualidade do nosso plantio pela medida da efetividade de operacionalização das recomendações técnicas que temos que cumprir", conclui.
A conferência continua com apresentação de várias experiências brasileiras e internacionais.
Fonte: Celulose Online
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