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18
                    mar
                    2008
                (SETOR FLORESTAL)
                Guiana quer britânicos administrando a floresta amazônica
                
                    Em novembro de 2007, enquanto cientistas debatiam as mudanças climáticas em uma conferência especial da ONU em Bali, na Indonésia, uma oferta do outro lado do mundo chamou a atenção dos especialistas.
Na Guiana, uma pequena nação sul-americana de apenas 750 mil habitantes, o presidente Bharrat Jagdeo propôs que toda a sua floresta amazônica fosse colocada sob administração dos britânicos.
Segundo o presidente, a menor economia da América do Sul não tem condições de preservar a floresta.
Nas palavras de Jagdeo, economicamente a Guiana ganharia mais se derrubasse todas árvores da floresta.
Apenas os países ricos têm condições, segundo Jagdeo, de manter a floresta intacta.
Iwokrama - Na Guiana, a idéia de gestão internacional não é nova. Em 1989, a Guiana decidiu colocar a floresta de Iwokrama - uma porção de um milhão de acres - sob administração da Commonwealth (a comunidade de ex-colônias britânicas).
Sete anos depois, o país criou, através de um decreto, o Centro de Iwokrama.
O Centro, que combina atividades de turismo, extração de madeira e treinamento de guias, é um protótipo do que o presidente Jagdeo estender agora para toda a floresta amazônica do país.
Isolado no meio do país, o Centro só pode ser acessado por uma estrada que corta a Amazônia ou por uma pequena pista de pouso.
O Centro pode abrigar cerca de 50 turistas por vez. Os guias e funcionários do Centro são quase todos recrutados das 16 comunidades nativas de Iwokrama.
Inicialmente, o Centro de Iwokrama sustentava-se apenas com doações internacionais. Hoje, quase 20 anos desde a sua concepção, o Centro luta para se manter com seus próprios recursos.
"Depois dos atentados de 11 de setembro, as atenções do mundo se voltaram para o combate ao terrorismo e o Centro perdeu muitos dos seus doadores", disse à BBC Brasil o diretor do Centro, Ray Imhoff.
"Foi então que Iwokrama percebeu que precisava se tornar economicamente viável, sem depender só de doações”.
Recentemente, a madeireira que opera em parceria com o Centro recebeu certificação internacional para explorar a mata amazônica. Segundo Imhoff, isso deve ajudar a impulsionar a economia da região.
Para Ron Allicock, um dos guias nascido na região, a preservação de Iwokrama não seria possível sem a ajuda da comunidade internacional.
"Sem ajuda externa, é muito dificil para os povos locais conservarem a floresta amazônica sozinhos. Quanto mais pessoas participarem, melhor para a floresta", diz.
O envolvimento da comunidade internacional é um assunto delicado na América do Sul.
Oficialmente, o Brasil não se posicionou sobre a oferta feita pela Guiana. Mas historicamente, o país é contra a presença de estrangeiros na gestão da floresta amazônica.
A questão também não foi debatida no âmbito do Tratado de Cooperação Amazônica, grupo que reúne Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Suriname e Venezuela, além de Brasil e Guiana.
                
                
                
                
                
            Na Guiana, uma pequena nação sul-americana de apenas 750 mil habitantes, o presidente Bharrat Jagdeo propôs que toda a sua floresta amazônica fosse colocada sob administração dos britânicos.
Segundo o presidente, a menor economia da América do Sul não tem condições de preservar a floresta.
Nas palavras de Jagdeo, economicamente a Guiana ganharia mais se derrubasse todas árvores da floresta.
Apenas os países ricos têm condições, segundo Jagdeo, de manter a floresta intacta.
Iwokrama - Na Guiana, a idéia de gestão internacional não é nova. Em 1989, a Guiana decidiu colocar a floresta de Iwokrama - uma porção de um milhão de acres - sob administração da Commonwealth (a comunidade de ex-colônias britânicas).
Sete anos depois, o país criou, através de um decreto, o Centro de Iwokrama.
O Centro, que combina atividades de turismo, extração de madeira e treinamento de guias, é um protótipo do que o presidente Jagdeo estender agora para toda a floresta amazônica do país.
Isolado no meio do país, o Centro só pode ser acessado por uma estrada que corta a Amazônia ou por uma pequena pista de pouso.
O Centro pode abrigar cerca de 50 turistas por vez. Os guias e funcionários do Centro são quase todos recrutados das 16 comunidades nativas de Iwokrama.
Inicialmente, o Centro de Iwokrama sustentava-se apenas com doações internacionais. Hoje, quase 20 anos desde a sua concepção, o Centro luta para se manter com seus próprios recursos.
"Depois dos atentados de 11 de setembro, as atenções do mundo se voltaram para o combate ao terrorismo e o Centro perdeu muitos dos seus doadores", disse à BBC Brasil o diretor do Centro, Ray Imhoff.
"Foi então que Iwokrama percebeu que precisava se tornar economicamente viável, sem depender só de doações”.
Recentemente, a madeireira que opera em parceria com o Centro recebeu certificação internacional para explorar a mata amazônica. Segundo Imhoff, isso deve ajudar a impulsionar a economia da região.
Para Ron Allicock, um dos guias nascido na região, a preservação de Iwokrama não seria possível sem a ajuda da comunidade internacional.
"Sem ajuda externa, é muito dificil para os povos locais conservarem a floresta amazônica sozinhos. Quanto mais pessoas participarem, melhor para a floresta", diz.
O envolvimento da comunidade internacional é um assunto delicado na América do Sul.
Oficialmente, o Brasil não se posicionou sobre a oferta feita pela Guiana. Mas historicamente, o país é contra a presença de estrangeiros na gestão da floresta amazônica.
A questão também não foi debatida no âmbito do Tratado de Cooperação Amazônica, grupo que reúne Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Suriname e Venezuela, além de Brasil e Guiana.
Fonte: Estadão Online
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