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Notícias
10
mar
2008
(MADEIRA E PRODUTOS)
Cuidado com a madeira
Demorou. Mas o engenheiro florestal ganhou reconhecimento e um bom mercado no Brasil. É o que garantem pioneiros no Rio Grande do Sul, gente que apostou na carreira que permite avaliar o potencial, planejar e organizar o uso racional das florestas, uma das maiores riquezas do futuro.
- Os governos nunca primaram pela mata. Agora, com a degradação do ambiente, começaram a perceber que a nossa profissão tem muito a colaborar. Essa engenharia está em expansão - afirma Roberto Magnos Ferron, 52 anos, formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) há 28 anos.
Roberto conversou com o caderno Vestibular por telefone, desde Brasília. Como integrante da Câmara de Engenharia Florestal do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), participava na semana passada de um encontro nacional cujo objetivo era levar soluções ambientais ao governo federal.
- Trabalho no reflorestamento e na educação florestal e ambiental. A sociedade demanda produtos da madeira todos os dias, como lenha, móveis e papel. Não podemos continuar cortando a mata nativa. Muitos proprietários de terras ainda vêem a floresta como um empecilho para a agricultura, e há ambientalistas que são contra a reposição da mata com espécies exóticas - diz o engenheiro.
Mercado é autônomo e forte na área ambiental
Os aspectos social, econômico e ambiental que envolve as florestas estão no centro das discussões ambientais e presentes no currículo do curso que abre diferentes possibilidades de carreira. O reflorestamento para a transformação da madeira em produtos emprega muitos engenheiros na indústria. Mas boa parte da categoria trabalha de forma autônoma e na área ambiental.
No Estado, muitos engenheiros preferem atuar na prestação de serviços. Eles integram a Sociedade dos Engenheiros Florestais Autônomos do Rio Grande do Sul (Sefargs), que congrega consultorias e serviços como produção de mudas, manejo florestal, reflorestamento, entre outras atividades.
- A municipalização ambiental é o grande mercado atual. Até outubro de 2009, 100% das cidades gaúchas devem obter habilitação para o licenciamento de impacto local e poucos municípios contam com profissionais qualificados - diz o presidente da Sefargs, Nelson Nicolodi, 52 anos, destacando que apenas 187 cidades entre os 496 municípios gaúchos já estão de acordo com a legislação.
Projetando o mercado para o Brasil, Nelson acredita que a necessidade do manejo da vegetação para os licenciamentos - um forte componente na formação da engenharia florestal -, levará o profissional a progredir muito na área. Conforme o engenheiro, apenas cerca de 60 cidades fora do Estado estão municipalizadas no país.
Conforme o engenheiro florestal Edison Cantarelli, coordenador do novo curso da UFSM em Frederico Westphalen, a expansão do mercado também pode ser constatada pelo crescimento da graduação no país, que dobrou na última década.
- São 46 graduações no país e boa parte oferecida por federais. Há muita demanda, e os alunos se colocam bem no mercado logo após a formatura - diz Cantarelli, destacando que o novo currículo tem como foco o manejo e o melhoramento genético de florestas nativas.
Você sabia que...
Cada habitante do planeta consome por dia um quilo e meio de produtos oriundos da floresta?
O Brasil possui cerca de 30% das florestas tropicais do mundo e plantações florestais de altíssima produtividade?
Um hectare de floresta de eucalipto seqüestra 11 toneladas de carbono por ano?
O processo de redução das florestas brasileiras estão em índices superiores à 90% na Mata Atlântica, 50% no Cerrado e 20% na Amazônia?
Dois terços de toda madeira consumida no Brasil ainda é proveniente de florestas nativas?
Dica
Proprietários rurais e profissionais de outros setores estão comprando terras para o cultivo exclusivo de matas. O investimento em reflorestamento já recebe o nome de poupança verde e abre campo para engenheiros florestais.
Saiba mais
www.sbef.org.br
www.engenheiroflorestal-rs.com.br
Engenharia Florestal
O curso
Com duração de cinco anos, a graduação começa com disciplina como matemática, física, ecologia, biologia, morfologia, zoologia, química e sociologia. Entre as aulas profissionalizantes estão inventário florestal, fotointerpretação, propriedades da madeira, manejo de áreas silvestres, parasitologia florestal, política e legislação florestal, industrialização de produtos florestais e utilização da madeira.
Mercado
Investimentos de grandes empresas como Votorantin e Aracruz no Rio Grande do Sul impulsionam o mercado. O setor florestal representa cerca de 5% do PIB brasileiro, com cerca de 60 mil empresas que geram 2,5 milhões de empregos. A proteção e a produção de florestas e a transformação da madeira em produtos são as áreas mais exploradas pelos engenheiros. Os profissionais trabalham ainda em órgãos de planejamento florestal, pesquisa e ensino e em serviços de consultoria como autônomos em projetos técnicos, geoprocessamento, recuperação de áreas degradadas, laudos e projetos para o licenciamento ambiental e florestal de municípios, uma área em expansão.
Onde estudar
UFSM (Santa Maria e Frederico Westphalen), Unipampa (São Gabriel)
Curso relacionado
Engenharia Industrial Madeireira (UFPel)
Remuneração
Piso salarial do engenheiro no Estado é de seis salários mínimos para seis horas de trabalho, conforme o conselho da categoria (Crea)
Tire sua dúvida Florestal ou Ambiental?
Nos dois cursos o aluno terá de passar por disciplinas que envolvem cálculos e ciências exatas que fazem parte da formação do engenheiro. Na Engenharia Florestal, o foco é o manejo de florestas como reflorestamento, técnicas de corte e plantio, extração de madeira e subprodutos. Na Ambiental, o currículo habilita para a gestão e a redução de impactos ambientais em diversas áreas. Há engenheiros ambientais em empresas como a Petrobras e em consultorias que atuam com educação, tratamento de efluentes, limpeza pública, tratamento de água, despoluição de rios e praias, entre outras atividades.
- Os governos nunca primaram pela mata. Agora, com a degradação do ambiente, começaram a perceber que a nossa profissão tem muito a colaborar. Essa engenharia está em expansão - afirma Roberto Magnos Ferron, 52 anos, formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) há 28 anos.
Roberto conversou com o caderno Vestibular por telefone, desde Brasília. Como integrante da Câmara de Engenharia Florestal do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), participava na semana passada de um encontro nacional cujo objetivo era levar soluções ambientais ao governo federal.
- Trabalho no reflorestamento e na educação florestal e ambiental. A sociedade demanda produtos da madeira todos os dias, como lenha, móveis e papel. Não podemos continuar cortando a mata nativa. Muitos proprietários de terras ainda vêem a floresta como um empecilho para a agricultura, e há ambientalistas que são contra a reposição da mata com espécies exóticas - diz o engenheiro.
Mercado é autônomo e forte na área ambiental
Os aspectos social, econômico e ambiental que envolve as florestas estão no centro das discussões ambientais e presentes no currículo do curso que abre diferentes possibilidades de carreira. O reflorestamento para a transformação da madeira em produtos emprega muitos engenheiros na indústria. Mas boa parte da categoria trabalha de forma autônoma e na área ambiental.
No Estado, muitos engenheiros preferem atuar na prestação de serviços. Eles integram a Sociedade dos Engenheiros Florestais Autônomos do Rio Grande do Sul (Sefargs), que congrega consultorias e serviços como produção de mudas, manejo florestal, reflorestamento, entre outras atividades.
- A municipalização ambiental é o grande mercado atual. Até outubro de 2009, 100% das cidades gaúchas devem obter habilitação para o licenciamento de impacto local e poucos municípios contam com profissionais qualificados - diz o presidente da Sefargs, Nelson Nicolodi, 52 anos, destacando que apenas 187 cidades entre os 496 municípios gaúchos já estão de acordo com a legislação.
Projetando o mercado para o Brasil, Nelson acredita que a necessidade do manejo da vegetação para os licenciamentos - um forte componente na formação da engenharia florestal -, levará o profissional a progredir muito na área. Conforme o engenheiro, apenas cerca de 60 cidades fora do Estado estão municipalizadas no país.
Conforme o engenheiro florestal Edison Cantarelli, coordenador do novo curso da UFSM em Frederico Westphalen, a expansão do mercado também pode ser constatada pelo crescimento da graduação no país, que dobrou na última década.
- São 46 graduações no país e boa parte oferecida por federais. Há muita demanda, e os alunos se colocam bem no mercado logo após a formatura - diz Cantarelli, destacando que o novo currículo tem como foco o manejo e o melhoramento genético de florestas nativas.
Você sabia que...
Cada habitante do planeta consome por dia um quilo e meio de produtos oriundos da floresta?
O Brasil possui cerca de 30% das florestas tropicais do mundo e plantações florestais de altíssima produtividade?
Um hectare de floresta de eucalipto seqüestra 11 toneladas de carbono por ano?
O processo de redução das florestas brasileiras estão em índices superiores à 90% na Mata Atlântica, 50% no Cerrado e 20% na Amazônia?
Dois terços de toda madeira consumida no Brasil ainda é proveniente de florestas nativas?
Dica
Proprietários rurais e profissionais de outros setores estão comprando terras para o cultivo exclusivo de matas. O investimento em reflorestamento já recebe o nome de poupança verde e abre campo para engenheiros florestais.
Saiba mais
www.sbef.org.br
www.engenheiroflorestal-rs.com.br
Engenharia Florestal
O curso
Com duração de cinco anos, a graduação começa com disciplina como matemática, física, ecologia, biologia, morfologia, zoologia, química e sociologia. Entre as aulas profissionalizantes estão inventário florestal, fotointerpretação, propriedades da madeira, manejo de áreas silvestres, parasitologia florestal, política e legislação florestal, industrialização de produtos florestais e utilização da madeira.
Mercado
Investimentos de grandes empresas como Votorantin e Aracruz no Rio Grande do Sul impulsionam o mercado. O setor florestal representa cerca de 5% do PIB brasileiro, com cerca de 60 mil empresas que geram 2,5 milhões de empregos. A proteção e a produção de florestas e a transformação da madeira em produtos são as áreas mais exploradas pelos engenheiros. Os profissionais trabalham ainda em órgãos de planejamento florestal, pesquisa e ensino e em serviços de consultoria como autônomos em projetos técnicos, geoprocessamento, recuperação de áreas degradadas, laudos e projetos para o licenciamento ambiental e florestal de municípios, uma área em expansão.
Onde estudar
UFSM (Santa Maria e Frederico Westphalen), Unipampa (São Gabriel)
Curso relacionado
Engenharia Industrial Madeireira (UFPel)
Remuneração
Piso salarial do engenheiro no Estado é de seis salários mínimos para seis horas de trabalho, conforme o conselho da categoria (Crea)
Tire sua dúvida Florestal ou Ambiental?
Nos dois cursos o aluno terá de passar por disciplinas que envolvem cálculos e ciências exatas que fazem parte da formação do engenheiro. Na Engenharia Florestal, o foco é o manejo de florestas como reflorestamento, técnicas de corte e plantio, extração de madeira e subprodutos. Na Ambiental, o currículo habilita para a gestão e a redução de impactos ambientais em diversas áreas. Há engenheiros ambientais em empresas como a Petrobras e em consultorias que atuam com educação, tratamento de efluentes, limpeza pública, tratamento de água, despoluição de rios e praias, entre outras atividades.
Fonte: Zero Hora
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