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Notícias
15
jan
2008
(CARBONO)
Pesquisador propõe dividendo do carbono nos EUA
No último ano, os rumos políticos em relação às mudanças climáticas sofreram várias modificações. O limite das emissões de dióxido de carbono (CO2) e de outros gases causadores do efeito estufa, por exemplo, passou a ser visto como uma ação inevitável para os Estados Unidos.
Essa necessidade abre caminho para uma discussão ainda mais importante, sobre como essas reduções serão alcançadas. No meio desse debate, surgiu uma idéia nova: a de se criar um dividendo do carbono.
Imagine que a legislação imponha um corte nas emissões de 20% até 2020 e de 80% até 2060. Chegar a essa meta significa que limites deverão ser estabelecidos em cada setor da economia e em cada indústria. Ou, em outras palavras, cada setor e indústria do país terá o direito de emitir apenas uma determinada quantidade de gases-estufa.
Esses direitos obviamente são valiosos e a questão que surge é se eles poderão ser dados para indústrias ou se terão de ser leiloados pelo governo. O primeiro caso resultaria em uma grande vantagem para as companhias que recebessem as permissões (uma vez que o direito de emitir carbono teria um valor consideravelmente alto, estimado entre 10 e 100 dólares por tonelada, dependendo do limite geral).
A segunda opção, o leilão, elevaria o preço da energia e dos produtos, atingindo o bolso dos consumidores num nível de centenas de bilhões de dólares. Por outro lado, leiloar as permissões também resultaria em lucros de centenas de bilhões de dólares para o país.
De um ponto de vista econômico, o leilão é apresentado como a melhor solução. Também é a proposta com a qual os candidatos à presidência dos Estados Unidos, como Hillary Clinton, Barack Obama, e John Edwards simpatizam.
A pergunta que fica no ar é: o que seria feito com o dinheiro? A idéia que vem naturalmente à mente das pessoas é a de se usar uma grande parte desse montante para incentivar ou subsidiar novas tecnologias limpas ou mesmo ajudar empresas a construírem novos carros movidos a combustíveis mais eficientes.
No entanto, há uma proposta potencialmente melhor, apresentada por Peter Barnes, diretor e fundador de um pequeno instituto de pesquisa chamado “Tomales Bay Institute”.
Ele sugere dividir o dinheiro igualmente entre os americanos como um dividendo (uma renda atribuída a cada ação de uma sociedade anônima), assim como os cheques que os moradores do Alasca recebem pela venda do óleo do estado.
Barnes acredita que o dinheiro do leilão não precisa necessariamente ser investido em novas tecnologias. Afinal de contas, os altos preços da energia fóssil (ocasionados pelos custos das emissões de carbono) farão a energia eólica, a solar e outras fontes limpas competitivas sem a necessidade de subsídios adicionais. E retornar o dinheiro para os consumidores pode iniciar o que os economistas chamam de círculo virtuoso.
Na média, cada americano receberá de volta a mesma quantia que deve compensar no preço do carbono. No entanto, aqueles que mudarem o estilo de vida para consumir menos energia irão pagar menos, enquanto continuarão ganhando os mesmos dólares do governo.
É um incentivo poderoso para que os cidadãos se tornem ainda mais eficientes energeticamente. “Aqueles que conservarem, serão recompensados, à medida que os gastadores pagarão mais”, diz Barnes.
A idéia irá vingar? Há uma estrada longa pela frente. Mesmo que Washington estipule limites de emissão e leiloe as permissões, a tentação de ficar com o dinheiro e aplicá-lo em programas de sua preferência é enorme. Mas é uma idéia que deve ser levada em conta.
Essa necessidade abre caminho para uma discussão ainda mais importante, sobre como essas reduções serão alcançadas. No meio desse debate, surgiu uma idéia nova: a de se criar um dividendo do carbono.
Imagine que a legislação imponha um corte nas emissões de 20% até 2020 e de 80% até 2060. Chegar a essa meta significa que limites deverão ser estabelecidos em cada setor da economia e em cada indústria. Ou, em outras palavras, cada setor e indústria do país terá o direito de emitir apenas uma determinada quantidade de gases-estufa.
Esses direitos obviamente são valiosos e a questão que surge é se eles poderão ser dados para indústrias ou se terão de ser leiloados pelo governo. O primeiro caso resultaria em uma grande vantagem para as companhias que recebessem as permissões (uma vez que o direito de emitir carbono teria um valor consideravelmente alto, estimado entre 10 e 100 dólares por tonelada, dependendo do limite geral).
A segunda opção, o leilão, elevaria o preço da energia e dos produtos, atingindo o bolso dos consumidores num nível de centenas de bilhões de dólares. Por outro lado, leiloar as permissões também resultaria em lucros de centenas de bilhões de dólares para o país.
De um ponto de vista econômico, o leilão é apresentado como a melhor solução. Também é a proposta com a qual os candidatos à presidência dos Estados Unidos, como Hillary Clinton, Barack Obama, e John Edwards simpatizam.
A pergunta que fica no ar é: o que seria feito com o dinheiro? A idéia que vem naturalmente à mente das pessoas é a de se usar uma grande parte desse montante para incentivar ou subsidiar novas tecnologias limpas ou mesmo ajudar empresas a construírem novos carros movidos a combustíveis mais eficientes.
No entanto, há uma proposta potencialmente melhor, apresentada por Peter Barnes, diretor e fundador de um pequeno instituto de pesquisa chamado “Tomales Bay Institute”.
Ele sugere dividir o dinheiro igualmente entre os americanos como um dividendo (uma renda atribuída a cada ação de uma sociedade anônima), assim como os cheques que os moradores do Alasca recebem pela venda do óleo do estado.
Barnes acredita que o dinheiro do leilão não precisa necessariamente ser investido em novas tecnologias. Afinal de contas, os altos preços da energia fóssil (ocasionados pelos custos das emissões de carbono) farão a energia eólica, a solar e outras fontes limpas competitivas sem a necessidade de subsídios adicionais. E retornar o dinheiro para os consumidores pode iniciar o que os economistas chamam de círculo virtuoso.
Na média, cada americano receberá de volta a mesma quantia que deve compensar no preço do carbono. No entanto, aqueles que mudarem o estilo de vida para consumir menos energia irão pagar menos, enquanto continuarão ganhando os mesmos dólares do governo.
É um incentivo poderoso para que os cidadãos se tornem ainda mais eficientes energeticamente. “Aqueles que conservarem, serão recompensados, à medida que os gastadores pagarão mais”, diz Barnes.
A idéia irá vingar? Há uma estrada longa pela frente. Mesmo que Washington estipule limites de emissão e leiloe as permissões, a tentação de ficar com o dinheiro e aplicá-lo em programas de sua preferência é enorme. Mas é uma idéia que deve ser levada em conta.
Fonte: BusinessWeek / GreenBiz
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