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Notícias
21
nov
2007
(CARBONO)
Emissões de carbono do setor energético crescem mais que o PIB
O Balanço de Carbono nas Atividades Energéticas do Brasil, apresentado em seminário técnico, aponta que a intensidade das emissões de carbono no setor energético cresceu mais do que o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país.
O documento, elaborado para o Ministério da Ciência e Tecnologia pela organização da sociedade civil de interesse público Economia e Energia (E&E), revela que enquanto o PIB cresceu 2,6%, em média, de 1994 até 2005, as emissões no setor de energia subiram, em média, 3,5%.
O balanço constitui a primeira etapa do segundo inventário das emissões de efeito estufa que o ministério elabora para divulgação no próximo ano.
Em entrevista à Agência Brasil, o físico Carlos Feu Alvim, da E&E, explicou que houve variações nesse período e que a partir de 2000 verificou-se uma desaceleração no crescimento das emissões de carbono, em relação ao PIB. Até 2005, informou, as emissões cresceram 1,2% e o PIB, 2,7%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As emissões, segundo o físico, tendem a crescer, "porque nós vamos produzir mais energia elétrica a partir de geração térmica – isso é inevitável para os próximos anos". Com o crescimento do poder de compra, lembrou, cresce o número de automóveis: "O PIB per capita acompanha o dado de veículos per capita. Então, deve haver um crescimento também nas emissões de carbono pelos veículos, mas o uso do álcool pode compensar um pouco essa alta”.
Ele disse acreditar, porém, que a tendência de crescimento maior das emissões em relação ao PIB não se manterá no longo prazo. "A gente está se carbonizando”, comentou a esse respeito o diretor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro(Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, que participou do seminário.
O balanço da E&E mostra que as emissões de carbono de origem fóssil (não renovável) na indústria corresponderam a 33% das emissões na área energética em 2005. Segundo Carlos Feu Amorim, o setor industrial que mais emite no Brasil é o de transportes, com 42% – no mundo, são 24%. Isso ocorre, acrescentou, por conta das emissões em atividades energéticas, que "não são, por si um mal".
O físico disse considerar um "conceito errado" chamar o gás carbônico de poluente: "Gás carbônico é essencial à vida. Nós todos somos formados de gás carbônico. O sistema respiratório absorve o oxigênio do ar, passa-o para a corrente sanguínea e recebe o gás carbônico (CO2), que é expelido para o ambiente. No ar que inspiramos, chamado atmosférico, há cerca de 21% de oxigênio e 0,03% de gás carbônico. No ar que expiramos, o alveolar, assim denominado porque os alvéolos pulmonares são a estação terminal do sistema respiratório, há cerca de 14% de oxigênio e 5,6% de gás carbônico".
Ele explicou que é nos alvéolos pulmonares que chega o sangue chamado de sujo, com o ar usado. E que quando o ser humano respira, as células transformam o oxigênio em gás carbônico. Os alvéolos pegam esse ar usado e mandam embora pelo mesmo caminho por onde ele entrou, ou seja, pelos brônquios, traquéia, cordas vocais, laringe e nariz ou boca.
O documento, elaborado para o Ministério da Ciência e Tecnologia pela organização da sociedade civil de interesse público Economia e Energia (E&E), revela que enquanto o PIB cresceu 2,6%, em média, de 1994 até 2005, as emissões no setor de energia subiram, em média, 3,5%.
O balanço constitui a primeira etapa do segundo inventário das emissões de efeito estufa que o ministério elabora para divulgação no próximo ano.
Em entrevista à Agência Brasil, o físico Carlos Feu Alvim, da E&E, explicou que houve variações nesse período e que a partir de 2000 verificou-se uma desaceleração no crescimento das emissões de carbono, em relação ao PIB. Até 2005, informou, as emissões cresceram 1,2% e o PIB, 2,7%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As emissões, segundo o físico, tendem a crescer, "porque nós vamos produzir mais energia elétrica a partir de geração térmica – isso é inevitável para os próximos anos". Com o crescimento do poder de compra, lembrou, cresce o número de automóveis: "O PIB per capita acompanha o dado de veículos per capita. Então, deve haver um crescimento também nas emissões de carbono pelos veículos, mas o uso do álcool pode compensar um pouco essa alta”.
Ele disse acreditar, porém, que a tendência de crescimento maior das emissões em relação ao PIB não se manterá no longo prazo. "A gente está se carbonizando”, comentou a esse respeito o diretor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro(Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, que participou do seminário.
O balanço da E&E mostra que as emissões de carbono de origem fóssil (não renovável) na indústria corresponderam a 33% das emissões na área energética em 2005. Segundo Carlos Feu Amorim, o setor industrial que mais emite no Brasil é o de transportes, com 42% – no mundo, são 24%. Isso ocorre, acrescentou, por conta das emissões em atividades energéticas, que "não são, por si um mal".
O físico disse considerar um "conceito errado" chamar o gás carbônico de poluente: "Gás carbônico é essencial à vida. Nós todos somos formados de gás carbônico. O sistema respiratório absorve o oxigênio do ar, passa-o para a corrente sanguínea e recebe o gás carbônico (CO2), que é expelido para o ambiente. No ar que inspiramos, chamado atmosférico, há cerca de 21% de oxigênio e 0,03% de gás carbônico. No ar que expiramos, o alveolar, assim denominado porque os alvéolos pulmonares são a estação terminal do sistema respiratório, há cerca de 14% de oxigênio e 5,6% de gás carbônico".
Ele explicou que é nos alvéolos pulmonares que chega o sangue chamado de sujo, com o ar usado. E que quando o ser humano respira, as células transformam o oxigênio em gás carbônico. Os alvéolos pegam esse ar usado e mandam embora pelo mesmo caminho por onde ele entrou, ou seja, pelos brônquios, traquéia, cordas vocais, laringe e nariz ou boca.
Fonte: Agência Brasil
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