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Notícias
15
nov
2007
(DESMATAMENTO)
Brasil e Alemanha podem liderar esforços para reduzir emissões causadas por desmatamentos
O Ministério de Ciência e Tecnologia da Alemanha deverá propor, na próxima semana, um programa de cooperação bilateral com o Brasil, o qual deve conter mecanismos de redução de emissões de gases de efeito estufa gerados por queimadas e desmatamentos. O anúncio foi feito pelo cientista político e economista Michael Dutschke, durante audiência conjunta da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e da Subcomissão Permanente de Acompanhamento do Regime Internacional sobre Mudanças Climáticas, nesta terça-feira (13).
Autor de um dos capítulos do terceiro relatório divulgado pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), Dutschke acredita que a parceria entre os dois países poderá resultar em propostas que terão maior aceitação nos fóruns internacionais que hoje aprovam estratégias para reduzir os impactos do aquecimento global.
Poderia emergir uma proposta contundente que teria todos os elementos para ser aceita mundialmente, pois não despertaria desconfianças por não pertencer a nenhum grupo de negociação - afirmou ele, referindo-se ao bloco dos países em desenvolvimento e à União Européia.
O especialista lembrou que, no Brasil, o desmatamento é um dos maiores problemas na emissão de gases causadores das mudanças climáticas. As queimadas oriundas da destruição das florestas, observou, significam 75% das emissões brasileiras. De acordo com documento divulgado pelo IPCC, a maior parte do potencial florestal para reduzir o aquecimento global está localizado nos trópicos e mais da metade pode ser resolvida apenas com o combate ao desmatamento ilegal. Dutschke estima em US$ 10 bilhões os custos anuais para reduzir em 50% o desmatamento em todo o mundo.
Pode parecer um valor elevado, mas equivale aos custos de apenas um dia de guerra no Iraque - observou ele.
Para o especialista, não seria factível a proposta brasileira de criação de um fundo voluntário dos países industrializados para financiar as ações de reflorestamento e recuperação de áreas desmatadas. Como forma de reunir os recursos necessários, ele sugerea implementação de mecanismos mais simples para operações no mercado internacional de carbono e a criação de um fundo a ser constituído com o pagamento de taxas pelo não cumprimento de metas de redução de emissões, previstas no Protocolo de Kyoto.
Debates
Durante os debates, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) manifestou preocupação com notícias divulgadas pela mídia dando conta de que os Estados Unidos teriam voltado a fazer perfurações para exploração de petróleo no Ártico e a queimar carvão em grande quantidade. Crivella ressaltou que o Parlamento brasileiro tem aprovado matérias de proteção às florestas e que o país tem buscado conter o desmatamento, e disse recear que esforço semelhante não esteja ocorrendo em outros países.
Também presente à audiência pública, o deputado federal Sarney Filho (PV-MA) defendeu a proposta brasileira de que o país receba pagamentos pelos serviços ambientais prestados pela Floresta Amazônica a todo o planeta. Sarney Filho observou que o aumento da participação dos países em desenvolvimento na geração de gases de efeito estufa justificaria que esses passassem a ter metas de redução de emissões, mas lembrou que a Amazônia tem importância não apenas em termos de carbono estocado, mas em diversos outros aspectos, como na manutenção da biodiversidade.
Para o especialista, é inegável a importância da Amazônia para o equilíbrio climático global, o que tornaria ainda mais relevante o esforço para conter as queimadas e o desmatamentos na região. Apesar de considerar que as mudanças climáticas já têm provocado impactos irreversíveis, Michael Dutschke afirma ainda ser possível deter o aquecimento global se medidas urgentes para a redução das emissões forem adotadas de forma ampla. Conforme observou, o desafio atual das nações é pela busca de caminhos para que a necessária adaptação às novas condições seja feita com os menores custos sociais e econômicos.
Autor de um dos capítulos do terceiro relatório divulgado pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), Dutschke acredita que a parceria entre os dois países poderá resultar em propostas que terão maior aceitação nos fóruns internacionais que hoje aprovam estratégias para reduzir os impactos do aquecimento global.
Poderia emergir uma proposta contundente que teria todos os elementos para ser aceita mundialmente, pois não despertaria desconfianças por não pertencer a nenhum grupo de negociação - afirmou ele, referindo-se ao bloco dos países em desenvolvimento e à União Européia.
O especialista lembrou que, no Brasil, o desmatamento é um dos maiores problemas na emissão de gases causadores das mudanças climáticas. As queimadas oriundas da destruição das florestas, observou, significam 75% das emissões brasileiras. De acordo com documento divulgado pelo IPCC, a maior parte do potencial florestal para reduzir o aquecimento global está localizado nos trópicos e mais da metade pode ser resolvida apenas com o combate ao desmatamento ilegal. Dutschke estima em US$ 10 bilhões os custos anuais para reduzir em 50% o desmatamento em todo o mundo.
Pode parecer um valor elevado, mas equivale aos custos de apenas um dia de guerra no Iraque - observou ele.
Para o especialista, não seria factível a proposta brasileira de criação de um fundo voluntário dos países industrializados para financiar as ações de reflorestamento e recuperação de áreas desmatadas. Como forma de reunir os recursos necessários, ele sugerea implementação de mecanismos mais simples para operações no mercado internacional de carbono e a criação de um fundo a ser constituído com o pagamento de taxas pelo não cumprimento de metas de redução de emissões, previstas no Protocolo de Kyoto.
Debates
Durante os debates, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) manifestou preocupação com notícias divulgadas pela mídia dando conta de que os Estados Unidos teriam voltado a fazer perfurações para exploração de petróleo no Ártico e a queimar carvão em grande quantidade. Crivella ressaltou que o Parlamento brasileiro tem aprovado matérias de proteção às florestas e que o país tem buscado conter o desmatamento, e disse recear que esforço semelhante não esteja ocorrendo em outros países.
Também presente à audiência pública, o deputado federal Sarney Filho (PV-MA) defendeu a proposta brasileira de que o país receba pagamentos pelos serviços ambientais prestados pela Floresta Amazônica a todo o planeta. Sarney Filho observou que o aumento da participação dos países em desenvolvimento na geração de gases de efeito estufa justificaria que esses passassem a ter metas de redução de emissões, mas lembrou que a Amazônia tem importância não apenas em termos de carbono estocado, mas em diversos outros aspectos, como na manutenção da biodiversidade.
Para o especialista, é inegável a importância da Amazônia para o equilíbrio climático global, o que tornaria ainda mais relevante o esforço para conter as queimadas e o desmatamentos na região. Apesar de considerar que as mudanças climáticas já têm provocado impactos irreversíveis, Michael Dutschke afirma ainda ser possível deter o aquecimento global se medidas urgentes para a redução das emissões forem adotadas de forma ampla. Conforme observou, o desafio atual das nações é pela busca de caminhos para que a necessária adaptação às novas condições seja feita com os menores custos sociais e econômicos.
Fonte: Agência Senado
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