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Notícias
12
nov
2007
(SETOR FLORESTAL)
Floresta em pé é mais lucrativa
É mais rentável manter uma floresta em pé do que derrubá-la para implantar pastagens ou plantar soja, por exemplo. O argumento faz parte de um estudo de pesquisadores da organização não-governamental (ONG) Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que será apresentado integralmente durante a Conferência das Partes (COP) da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Bali (Indonésia), em dezembro.
“O trabalho fez uma avaliação dos custos de oportunidade relacionados com a diminuição do desmatamento: calculamos o quanto nós deveríamos pagar a um produtor para ele não fazer a derrubada e manter a floresta”, afirma Paulo Moutinho, coordenador de pesquisa do Ipam.
O desmatamento contribui significativamente para a emissão de gases de efeito estufa porque, com a derrubada, o gás carbônico (CO2) estocado nos tecidos das árvores é liberado na atmosfera. Se o desmatamento foi feito por queimadas, além de gás carbônico, são liberados outros gases de efeito estufa, como o metano, cerca de 20 vezes mais prejudicial para o aquecimento global que o CO2.
Dados da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, mostram que 75% das emissões brasileiras de CO2 são oriundas da mudança no uso da terra, majoritariamente pela conversão de florestas em atividades de agricultura e pecuária.
Segundo Moutinho, considerando-se o preço médio de US$ 5 (cerca de R$ 9) por tonelada de carbono que deixaria de ser lançada na atmosfera, a compensação seria mais atrativa para os agricultores que a derrubada da floresta para pastagens e até para plantação de soja, em regiões em que a produtividade do grão é baixa. O dinheiro, segundo o pesquisador, viria do chamado mercado de carbono e de financiamentos de países ricos que se comprometeriam no âmbito da Convenção da ONU.
“Esse mecanismo vai dar um valor que hoje não existe para a floresta. Desmata-se muito em grande parte porque a floresta não tem valor em pé. É comum ouvir na Amazônia que “floresta boa é floresta derrubada”, comenta.
O mecanismo dos pesquisadores do Ipam, definido como redução compensada de desmatamento, é semelhante à proposta brasileira apresentada na última reunião das partes em 2006 (COP-12 em Nairóbi, no Quênia) e que deve ser retomada no próximo encontro da ONU. Em linhas gerais, a proposta sugere o financiamento de medidas de redução de emissões de gases do efeito estufa em países em desenvolvimento, principalmente ligadas à diminuição comprovada do desmatamento.
Na avaliação de Moutinho, o tema deverá ganhar mais espaço na reunião da ONU este ano. “Ao discutir emissões por uso da terra, principalmente por desmatamento, você cria uma situação em que países em desenvolvimento que têm grandes extensões de florestas contribuam mais para reduzir o problema do aquecimento global”, analisa.
“O trabalho fez uma avaliação dos custos de oportunidade relacionados com a diminuição do desmatamento: calculamos o quanto nós deveríamos pagar a um produtor para ele não fazer a derrubada e manter a floresta”, afirma Paulo Moutinho, coordenador de pesquisa do Ipam.
O desmatamento contribui significativamente para a emissão de gases de efeito estufa porque, com a derrubada, o gás carbônico (CO2) estocado nos tecidos das árvores é liberado na atmosfera. Se o desmatamento foi feito por queimadas, além de gás carbônico, são liberados outros gases de efeito estufa, como o metano, cerca de 20 vezes mais prejudicial para o aquecimento global que o CO2.
Dados da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, mostram que 75% das emissões brasileiras de CO2 são oriundas da mudança no uso da terra, majoritariamente pela conversão de florestas em atividades de agricultura e pecuária.
Segundo Moutinho, considerando-se o preço médio de US$ 5 (cerca de R$ 9) por tonelada de carbono que deixaria de ser lançada na atmosfera, a compensação seria mais atrativa para os agricultores que a derrubada da floresta para pastagens e até para plantação de soja, em regiões em que a produtividade do grão é baixa. O dinheiro, segundo o pesquisador, viria do chamado mercado de carbono e de financiamentos de países ricos que se comprometeriam no âmbito da Convenção da ONU.
“Esse mecanismo vai dar um valor que hoje não existe para a floresta. Desmata-se muito em grande parte porque a floresta não tem valor em pé. É comum ouvir na Amazônia que “floresta boa é floresta derrubada”, comenta.
O mecanismo dos pesquisadores do Ipam, definido como redução compensada de desmatamento, é semelhante à proposta brasileira apresentada na última reunião das partes em 2006 (COP-12 em Nairóbi, no Quênia) e que deve ser retomada no próximo encontro da ONU. Em linhas gerais, a proposta sugere o financiamento de medidas de redução de emissões de gases do efeito estufa em países em desenvolvimento, principalmente ligadas à diminuição comprovada do desmatamento.
Na avaliação de Moutinho, o tema deverá ganhar mais espaço na reunião da ONU este ano. “Ao discutir emissões por uso da terra, principalmente por desmatamento, você cria uma situação em que países em desenvolvimento que têm grandes extensões de florestas contribuam mais para reduzir o problema do aquecimento global”, analisa.
Fonte: Agência Brasil
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