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Notícias
01
nov
2007
(SETOR FLORESTAL)
A economia florestal na pauta de empresários do setor madeireiro
Fonte de recursos para investimentos não é problema para o setor florestal, mas a ausência de um clima de investimentos adequado para melhorar o desempenho e a competitividade no mercado. “O mercado é a principal fonte de recursos para o manejo florestal”, argumentou Marcos Tuoto, da STCP Engenharia, durante palestra sobre os “Novos modelos econômicos para o financiamento do manejo e plantações florestais”, no VIII Congresso Internacional de Compensado e Madeira Tropical, na última sexta-feira (26), no Hangar. O congresso foi o evento técnico da VII Feira de Máquinas, Móveis e Produtos do Setor Madeireiro.
Segundo ele, novos mecanismos de financiamento de manejo florestal ganharão importância nos próximos anos. Dentre as tendências e perspectivas, Tuoto citou o maior envolvimento de pequenos produtores, as crescentes preocupações ambientais, desaparecimento de subsídios diretos e desmobilização dos ativos florestais – os empresários passarão a se concentrar no seu negócio principal, que é a indústria, como já ocorre com a celulose. E os investimentos em florestas têm vantagens e desvantagens.
“Nas primeiras, podemos dizer da baixa correlação com outros tipos de investimentos, a preservação do capital, a adequabilidade do fluxo de caixa, ganhos em termos de crescimento biológico e apreciação do valor da terra, e as excelentes perspectivas do mercado de produtos florestas. Nas segundas. Devido ao longo período de maturação das florestas, as incertezas políticas e insegurança jurídica impedem a captação de investimentos. Os investidores não querem enfrentar alto grau de risco”, avaliou Tuoto.
Fernando Castanheira, do Fórum Nacional da Atividade de Base Florestal discordou do palestrante no debate sobre os subsídios. Para ele, os subsídios tradicionais usados na década de 60 não cabem mais para o setor florestal, mas este pode se beneficiar de renúncia fiscal proporcionalmente ao valor agregado á sua produção. Essa modalidade acontece nas indústrias de calçados e têxtil, por exemplo. “A renúncia fiscal a esses setores foi concedida quando da baixa do dólar. Para alguns setores, como o florestal é um mecanismo necessário”, afirmou.
TIMOS – De acordo Tuoto, um mecanismo inovador para financiamento de florestas (nativas ou plantadas) são os TIMOS, gestores individuais ou fundos de pensão (públicos ou privados). Os cinco principais TIMOS possuem um total de ativos de 20 bilhões de dólares. No Brasil, eles se encontram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Na região amazônica, o único foi liquidado no Amazonas. “Os investimentos dos TIMOS se concentram em plantações já estabelecidas”, acrescentou.
Crédito de carbono – O representante da STCP Engenharia também abordou os caminhos para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Um possível é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), mas, segundo ele, não avançou. “A propaganda sobre crédito de carbono gerou uma falsa expectativa. Há fatores limitantes à flexibilização da produção para alcançar as metas de redução de emissão estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, como o cash gerado de plantações florestais, que é muito baixo. O que ainda se consegue é reduzir a emissão de gases de efeito estufa, mas seqüestrar carbono não”, ponderou.
Jeanicolau Simone de Lacerda, do Instituto Totum, também palestrante do congresso, acredita no atrativo “celeridade” dos projetos de redução de emissão. Ele explicou que o processo é menos burocrático que um licenciamento ambiental para reflorestamento. “Hoje, no mundo, existem 819 projetos registrados, sendo 110 no Brasil, ou seja, 13,43%, a maioria no mercado voluntário que paga menos por tonelada que o mercado oficial. Além disso, se gasta muito com propaganda e pouco com as ações do projeto”, completou.
Segundo ele, novos mecanismos de financiamento de manejo florestal ganharão importância nos próximos anos. Dentre as tendências e perspectivas, Tuoto citou o maior envolvimento de pequenos produtores, as crescentes preocupações ambientais, desaparecimento de subsídios diretos e desmobilização dos ativos florestais – os empresários passarão a se concentrar no seu negócio principal, que é a indústria, como já ocorre com a celulose. E os investimentos em florestas têm vantagens e desvantagens.
“Nas primeiras, podemos dizer da baixa correlação com outros tipos de investimentos, a preservação do capital, a adequabilidade do fluxo de caixa, ganhos em termos de crescimento biológico e apreciação do valor da terra, e as excelentes perspectivas do mercado de produtos florestas. Nas segundas. Devido ao longo período de maturação das florestas, as incertezas políticas e insegurança jurídica impedem a captação de investimentos. Os investidores não querem enfrentar alto grau de risco”, avaliou Tuoto.
Fernando Castanheira, do Fórum Nacional da Atividade de Base Florestal discordou do palestrante no debate sobre os subsídios. Para ele, os subsídios tradicionais usados na década de 60 não cabem mais para o setor florestal, mas este pode se beneficiar de renúncia fiscal proporcionalmente ao valor agregado á sua produção. Essa modalidade acontece nas indústrias de calçados e têxtil, por exemplo. “A renúncia fiscal a esses setores foi concedida quando da baixa do dólar. Para alguns setores, como o florestal é um mecanismo necessário”, afirmou.
TIMOS – De acordo Tuoto, um mecanismo inovador para financiamento de florestas (nativas ou plantadas) são os TIMOS, gestores individuais ou fundos de pensão (públicos ou privados). Os cinco principais TIMOS possuem um total de ativos de 20 bilhões de dólares. No Brasil, eles se encontram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Na região amazônica, o único foi liquidado no Amazonas. “Os investimentos dos TIMOS se concentram em plantações já estabelecidas”, acrescentou.
Crédito de carbono – O representante da STCP Engenharia também abordou os caminhos para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Um possível é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), mas, segundo ele, não avançou. “A propaganda sobre crédito de carbono gerou uma falsa expectativa. Há fatores limitantes à flexibilização da produção para alcançar as metas de redução de emissão estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, como o cash gerado de plantações florestais, que é muito baixo. O que ainda se consegue é reduzir a emissão de gases de efeito estufa, mas seqüestrar carbono não”, ponderou.
Jeanicolau Simone de Lacerda, do Instituto Totum, também palestrante do congresso, acredita no atrativo “celeridade” dos projetos de redução de emissão. Ele explicou que o processo é menos burocrático que um licenciamento ambiental para reflorestamento. “Hoje, no mundo, existem 819 projetos registrados, sendo 110 no Brasil, ou seja, 13,43%, a maioria no mercado voluntário que paga menos por tonelada que o mercado oficial. Além disso, se gasta muito com propaganda e pouco com as ações do projeto”, completou.
Fonte: Assessoria de Comunicação Aimex
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