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Notícias
27
out
2007
(INDÚSTRIA)
Mercosul fecha proposta para industriais
O Mercosul conseguiu enfim quarta-feira (24) à noite uma proposta a ser apresentada nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). O bloco vai pedir flexibilidade até 50% maior (de 10% para 15% das linhas tarifárias) para proteger mais setores industriais do bloco, como condição para aceitar um acordo da Rodada Doha.
Negociadores do Brasil e Argentina conseguiram o apoio do do Paraguai e do Uruguai para o bloco negociar também a eliminação de outra trava no texto industrial em discussão, para dar mais margem para proteger o setor. Essa segunda trava está relacionada ao volume de comércio. "Ficou tudo acertado no nível técnico, agora as decisões passarão pelo crivo dos ministros nesta quinta-feira", comentou um negociador. A proposta do Mercosul será mais ampla do que a Índia chegou a sugerir recentemente e que provocou forte rejeição dos Estados Unidos e União Européia (UE) e acusações de que o Brasil, a própria Índia, Argentina e África do Sul ameaçavam destruir a negociação global.
Enquanto o Mercosul negociava em Montevidéu, o embaixador brasileiro na OMC, Clodoaldo Hugueney, reagiu em Genebra contra americanos e europeus. "O perigoso é a tentativa de isolar certos países, quando se deveria chegar a reuniões de negociação com textos equilibrados em agricultura e indústria", afirmou.
Para o Brasil, isso passa pela revisão profunda do texto industrial que a OMC está usando como base da negociação final. Por esse texto, países em desenvolvimento podem fazer cortes menores em 10% das linhas tarifárias industriais, desde que não ultrapassem 10% do valor total importado. O que o Mercosul pedirá agora é a ampliação da proteção em 50% - de 10% para cerca de 15% das linhas tarifárias, que teriam corte de metade do que for acertado por uma fórmula suíça.
Além disso, o bloco quer usar a flexibilidade sem o o limite ao volume de importação, a exemplo do que ocorre na negociação agrícola. O bloco argumenta que países desenvolvidos vão poder cortar menos tarifas de importação para produtos agrícolas que consideram sensíveis, mas sem levar em conta o volume do comércio desses produtos, que justamente são de maior interesse do Mercosul, como carnes.
A proposta do Mercosul enfrentará resistência também de países como México, o próprio Chile, que é parceiro associado, Cingapura e de outros menores, como Costa Rica, que já tem tarifas baixíssimas. O próprio Mercosul estava dividido. Na semana passada, o Paraguai sequer apareceu para discutir a questão de flexibilidade adicional. Ontem, o Uruguai também manteve certa hesitação, mas prevaleceu no nível técnico o entendimento para manter as aparências no bloco.
A China, que desponta como o maior exportador mundial de mercadorias, chegou a apoiar demanda por mais proteção desejada pelo Brasil e Argentina, mas começou ontem a se distanciar desse tipo de proposta. Não apoiou nem uma proposta de seu próprio grupo (o RAMs, dos países que entraram mais recentemente na OMC), que ontem pediu igualmente para cortar em menos 15% as tarifas industriais. O grupo inclui Vietnã, Armênia, Croácia, Equador, Jordânia, Omã e Macedônia.
A China já tem tarifa industrial baixa, e é o país que mais tem a ganhar na negociação industrial, assim como o Brasil será o maior ganhador numa liberalização agrícola. O maior temor da maioria dos países emergentes não é com os EUA e a UE, mas com os produtos baratos chineses. Para o embaixador Hugueney, a dificuldade que os mediadores agrícola e industrial enfrentam para revisar seus textos até meados de novembro ocorre pela dificuldade criada com o desequilíbrio do que foi proposto por eles nos textos de julho.
Negociadores do Brasil e Argentina conseguiram o apoio do do Paraguai e do Uruguai para o bloco negociar também a eliminação de outra trava no texto industrial em discussão, para dar mais margem para proteger o setor. Essa segunda trava está relacionada ao volume de comércio. "Ficou tudo acertado no nível técnico, agora as decisões passarão pelo crivo dos ministros nesta quinta-feira", comentou um negociador. A proposta do Mercosul será mais ampla do que a Índia chegou a sugerir recentemente e que provocou forte rejeição dos Estados Unidos e União Européia (UE) e acusações de que o Brasil, a própria Índia, Argentina e África do Sul ameaçavam destruir a negociação global.
Enquanto o Mercosul negociava em Montevidéu, o embaixador brasileiro na OMC, Clodoaldo Hugueney, reagiu em Genebra contra americanos e europeus. "O perigoso é a tentativa de isolar certos países, quando se deveria chegar a reuniões de negociação com textos equilibrados em agricultura e indústria", afirmou.
Para o Brasil, isso passa pela revisão profunda do texto industrial que a OMC está usando como base da negociação final. Por esse texto, países em desenvolvimento podem fazer cortes menores em 10% das linhas tarifárias industriais, desde que não ultrapassem 10% do valor total importado. O que o Mercosul pedirá agora é a ampliação da proteção em 50% - de 10% para cerca de 15% das linhas tarifárias, que teriam corte de metade do que for acertado por uma fórmula suíça.
Além disso, o bloco quer usar a flexibilidade sem o o limite ao volume de importação, a exemplo do que ocorre na negociação agrícola. O bloco argumenta que países desenvolvidos vão poder cortar menos tarifas de importação para produtos agrícolas que consideram sensíveis, mas sem levar em conta o volume do comércio desses produtos, que justamente são de maior interesse do Mercosul, como carnes.
A proposta do Mercosul enfrentará resistência também de países como México, o próprio Chile, que é parceiro associado, Cingapura e de outros menores, como Costa Rica, que já tem tarifas baixíssimas. O próprio Mercosul estava dividido. Na semana passada, o Paraguai sequer apareceu para discutir a questão de flexibilidade adicional. Ontem, o Uruguai também manteve certa hesitação, mas prevaleceu no nível técnico o entendimento para manter as aparências no bloco.
A China, que desponta como o maior exportador mundial de mercadorias, chegou a apoiar demanda por mais proteção desejada pelo Brasil e Argentina, mas começou ontem a se distanciar desse tipo de proposta. Não apoiou nem uma proposta de seu próprio grupo (o RAMs, dos países que entraram mais recentemente na OMC), que ontem pediu igualmente para cortar em menos 15% as tarifas industriais. O grupo inclui Vietnã, Armênia, Croácia, Equador, Jordânia, Omã e Macedônia.
A China já tem tarifa industrial baixa, e é o país que mais tem a ganhar na negociação industrial, assim como o Brasil será o maior ganhador numa liberalização agrícola. O maior temor da maioria dos países emergentes não é com os EUA e a UE, mas com os produtos baratos chineses. Para o embaixador Hugueney, a dificuldade que os mediadores agrícola e industrial enfrentam para revisar seus textos até meados de novembro ocorre pela dificuldade criada com o desequilíbrio do que foi proposto por eles nos textos de julho.
Fonte: Valor Online
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