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25
out
2007
(DESMATAMENTO)
Amazônia terá teste de fogo em 2008, diz Marina Silva
As eleições municipais do ano que vem e o aquecimento da economia serão um "duplo teste de fogo" para a continuidade do combate ao desmatamento na Amazônia, avaliou na terça-feira (23) a ministra Marina Silva (Meio Ambiente).
Medidas adicionais de controle do problema serão discutidas na sexta-feira (26) com representantes dos ministérios da Defesa, da Justiça, do Desenvolvimento Agrário e da Casa Civil, anunciou a ministra, sem adiantar detalhes de futuras "intervenções", sobretudo em Rondônia. O desmatamento no Estado cresceu 602% no mês passado, em comparação com setembro de 2006, segundo dados do Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgados na semana passada.
"A dinâmica em curso nos deixa em estado de alerta", avaliou a ministra. Ela insiste, porém, em atenuar o significado do aumento em 8% no desmatamento da Amazônia entre junho e setembro, apontado recentemente pelo sistema Deter, do Inpe, que monitora o desmatamento em tempo real usando imagens de satélite.
"Não há nenhuma situação de descontrole", disse, mais preocupada com a interpretação dada aos números e a suposta interrupção no processo de queda do ritmo de desmatamento da floresta. "As coisas não estão fora de controle", repetiu algumas vezes durante a entrevista à Folha. Os meses de julho, agosto e setembro são tradicionalmente mais difíceis para o trabalho de combate, argumentou a ministra.
Marina Silva previu que o desmatamento em 2007 não irá superar a expectativa oficial de 9,6 mil quilômetros quadrados. Esse resultado representará uma redução de 65% em relação aos números de 2004, o pior ano da década, quando foi criado o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento, que passa agora por revisão.
Três anos atrás, foram devastados 27 mil quilômetros quadrados de mata. O ritmo vem se reduzindo desde então: 18,9 mil quilômetros quadrados em 2005 e 14,1 mil quilômetros quadrados de matas abatidas na Amazônia no ano passado.
Os números são contabilizados entre os meses de agosto de um ano e julho do ano seguinte, período que compõe o chamado "ano fiscal do desmatamento". O aumento do desmatamento registrado em agosto e setembro, portanto, ficará fora do balanço de 2007.
A revisão do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento é coordenada pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Marina defende "ajustes" no plano, com prioridade a projetos de desenvolvimento sustentável na floresta.
Pressões - Marina Silva evitou associar o aumento do desmatamento a causas específicas, como os preparativos para a construção de duas usinas hidrelétricas no rio Madeira, em Rondônia. "Seria precipitado", esquivou-se. A primeira usina, de Santo Antônio, deverá começar a operar em 2013, segundo os planos do governo federal.
Estimativas feitas pelo Imazon - Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia indicam que o aquecimento dos preços dos grãos e da carne é o principal motor da retomada do desmatamento.
A ministra previu, no entanto, que os esforços do governo no momento deverão se concentrar em Rondônia, que registrou 602% de aumento na área desmatada em setembro. "É um Estado complicado, com baixa governança ambiental."
Sem dados oficiais sobre o eventual aumento de plantio de cana-de-açúcar na Amazônia, Marina Silva disse esperar pela edição de uma portaria pelo colega Reinhold Stephanes (Agricultura) para proibir esse tipo de cultivo destinado à produção do álcool na região. "Amazônia é Amazônia, desmatada ou não desmatada; a Amazônia deve ser preservada para preservar o próprio etanol", disse, sobre uma das bandeiras do governo Lula.
A portaria com que Marina conta, segundo o Ministério da Agricultura, é o zoneamento agrícola, que deverá ser divulgado apenas no segundo semestre de 2008. A pergunta da Folha foi sobre o que poderia ser feito para conter um eventual avanço da área de cana na Amazônia antes do anúncio do zoneamento.
Medidas adicionais de controle do problema serão discutidas na sexta-feira (26) com representantes dos ministérios da Defesa, da Justiça, do Desenvolvimento Agrário e da Casa Civil, anunciou a ministra, sem adiantar detalhes de futuras "intervenções", sobretudo em Rondônia. O desmatamento no Estado cresceu 602% no mês passado, em comparação com setembro de 2006, segundo dados do Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgados na semana passada.
"A dinâmica em curso nos deixa em estado de alerta", avaliou a ministra. Ela insiste, porém, em atenuar o significado do aumento em 8% no desmatamento da Amazônia entre junho e setembro, apontado recentemente pelo sistema Deter, do Inpe, que monitora o desmatamento em tempo real usando imagens de satélite.
"Não há nenhuma situação de descontrole", disse, mais preocupada com a interpretação dada aos números e a suposta interrupção no processo de queda do ritmo de desmatamento da floresta. "As coisas não estão fora de controle", repetiu algumas vezes durante a entrevista à Folha. Os meses de julho, agosto e setembro são tradicionalmente mais difíceis para o trabalho de combate, argumentou a ministra.
Marina Silva previu que o desmatamento em 2007 não irá superar a expectativa oficial de 9,6 mil quilômetros quadrados. Esse resultado representará uma redução de 65% em relação aos números de 2004, o pior ano da década, quando foi criado o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento, que passa agora por revisão.
Três anos atrás, foram devastados 27 mil quilômetros quadrados de mata. O ritmo vem se reduzindo desde então: 18,9 mil quilômetros quadrados em 2005 e 14,1 mil quilômetros quadrados de matas abatidas na Amazônia no ano passado.
Os números são contabilizados entre os meses de agosto de um ano e julho do ano seguinte, período que compõe o chamado "ano fiscal do desmatamento". O aumento do desmatamento registrado em agosto e setembro, portanto, ficará fora do balanço de 2007.
A revisão do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento é coordenada pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Marina defende "ajustes" no plano, com prioridade a projetos de desenvolvimento sustentável na floresta.
Pressões - Marina Silva evitou associar o aumento do desmatamento a causas específicas, como os preparativos para a construção de duas usinas hidrelétricas no rio Madeira, em Rondônia. "Seria precipitado", esquivou-se. A primeira usina, de Santo Antônio, deverá começar a operar em 2013, segundo os planos do governo federal.
Estimativas feitas pelo Imazon - Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia indicam que o aquecimento dos preços dos grãos e da carne é o principal motor da retomada do desmatamento.
A ministra previu, no entanto, que os esforços do governo no momento deverão se concentrar em Rondônia, que registrou 602% de aumento na área desmatada em setembro. "É um Estado complicado, com baixa governança ambiental."
Sem dados oficiais sobre o eventual aumento de plantio de cana-de-açúcar na Amazônia, Marina Silva disse esperar pela edição de uma portaria pelo colega Reinhold Stephanes (Agricultura) para proibir esse tipo de cultivo destinado à produção do álcool na região. "Amazônia é Amazônia, desmatada ou não desmatada; a Amazônia deve ser preservada para preservar o próprio etanol", disse, sobre uma das bandeiras do governo Lula.
A portaria com que Marina conta, segundo o Ministério da Agricultura, é o zoneamento agrícola, que deverá ser divulgado apenas no segundo semestre de 2008. A pergunta da Folha foi sobre o que poderia ser feito para conter um eventual avanço da área de cana na Amazônia antes do anúncio do zoneamento.
Fonte: Folha Online
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