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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Fiepa defende florestas públicas.
O presidente do Conselho de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Justiniano de Queiroz Netto, defendeu esta semana a criação de florestas públicas de produção nas áreas dos municípios de Porto de Moz e Terra do Meio, no sudeste do Estado, como forma de dar soluções aos conflitos envolvendo a exploração de madeira nessas regiões.
Ele contestou o relatório divulgado pelo Greenpeace, denunciando que 60% da produção de madeira no Estado é ilegal e responsabilizando a exploração madeireira por criar um clima de guerra nas áreas florestais do Estado.
Justiniano atribuiu as denúncias à disposição da ONG de criar Reservas Extrativistas (Resex) nestas duas áreas, o que ele considera uma maneira simplista de resolver a questão do desmatamento. "A solução para o desmatamento não é a criação de Resex. Não precisamos transformar o Pará em um santuário ecológico. Existem técnicas que permitem o uso racional da floresta, gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento do Estado", observou.
Ele propõe a aplicação do manejo nas áreas de floresta pública. "A renda da floresta o governo aplicaria nas comunidades tradicionais", sugeriu.
Justiniano questiona as causas que levam os madeireiros a atuarem na ilegalidade. E responsabilizou as normas rígidas e a burocracia do Ibama para apreciar planos de manejo florestal. Segundo ele, um projeto de manejo florestal leva em média seis meses para ser aprovado no Ibama. "A culpa nem é do Ibama, mas da falta de políticas definidas para o setor madeireiro", disse.
O relatório do Greenpeace aponta Porto de Moz e a Terra do Meio, no sudeste do Estado, como os locais com os maiores conflitos relacionados ao desmatamento.
Justiniano defende que as denúncias do Greenpeace sejam apuradas, mas duvida da veracidade das posições da ONG. "Quero saber se existem dados oficiais do Ibama sobre isso", indagou.
Segundo ele, há cerca de 1.500 empresas madeireiras legalizadas no Estado, 92% delas são micro e pequenas empresas. "Não acredito que estas pessoas sejam bandidas. O que acontece é que a realidade do interior é outra. O cara lá está lutando pelo ganha-pão dele", disse. "Além do mais, os desmatamentos não são causados somente pelo setor madeireiro, mas também por fazendeiros, pequenos colonos, indústrias madeireiras que fazem extração sem manejo", completou, acrescentando que o Greenpeace cumpre com o papel dele de denunciar. "A entidade arrecada dinheiro no mundo inteiro para isso. Mas me pergunto até que ponto isso contribui para que se chegue ao desenvolvimento sustentável para o Estado", questionou.
Contraste - Com relação aos conflitos em Porto de Moz e Terra do Meio, Justiniano disse que o clima de tensão em determinadas áreas do Estado ocorre por causa da ocupação desordenada. "E vão continuar acontecendo enquanto não se organizar a estrutura fundiária, florestal e produtiva do Pará", afirma.
Segundo ele, os dados do Greenpeace contrastam com o relatório de 2002 da ONG Amigos da Terra, demonstrando que 80% da extração de madeira na Amazônia é feita de maneira legal, mas de forma não-sustentável. "Nós defendemos o uso sustentável da floresta. Somos contra o desmatamento", disse.
Fonte: Gazeta de Santarém
08/nov/03
Ele contestou o relatório divulgado pelo Greenpeace, denunciando que 60% da produção de madeira no Estado é ilegal e responsabilizando a exploração madeireira por criar um clima de guerra nas áreas florestais do Estado.
Justiniano atribuiu as denúncias à disposição da ONG de criar Reservas Extrativistas (Resex) nestas duas áreas, o que ele considera uma maneira simplista de resolver a questão do desmatamento. "A solução para o desmatamento não é a criação de Resex. Não precisamos transformar o Pará em um santuário ecológico. Existem técnicas que permitem o uso racional da floresta, gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento do Estado", observou.
Ele propõe a aplicação do manejo nas áreas de floresta pública. "A renda da floresta o governo aplicaria nas comunidades tradicionais", sugeriu.
Justiniano questiona as causas que levam os madeireiros a atuarem na ilegalidade. E responsabilizou as normas rígidas e a burocracia do Ibama para apreciar planos de manejo florestal. Segundo ele, um projeto de manejo florestal leva em média seis meses para ser aprovado no Ibama. "A culpa nem é do Ibama, mas da falta de políticas definidas para o setor madeireiro", disse.
O relatório do Greenpeace aponta Porto de Moz e a Terra do Meio, no sudeste do Estado, como os locais com os maiores conflitos relacionados ao desmatamento.
Justiniano defende que as denúncias do Greenpeace sejam apuradas, mas duvida da veracidade das posições da ONG. "Quero saber se existem dados oficiais do Ibama sobre isso", indagou.
Segundo ele, há cerca de 1.500 empresas madeireiras legalizadas no Estado, 92% delas são micro e pequenas empresas. "Não acredito que estas pessoas sejam bandidas. O que acontece é que a realidade do interior é outra. O cara lá está lutando pelo ganha-pão dele", disse. "Além do mais, os desmatamentos não são causados somente pelo setor madeireiro, mas também por fazendeiros, pequenos colonos, indústrias madeireiras que fazem extração sem manejo", completou, acrescentando que o Greenpeace cumpre com o papel dele de denunciar. "A entidade arrecada dinheiro no mundo inteiro para isso. Mas me pergunto até que ponto isso contribui para que se chegue ao desenvolvimento sustentável para o Estado", questionou.
Contraste - Com relação aos conflitos em Porto de Moz e Terra do Meio, Justiniano disse que o clima de tensão em determinadas áreas do Estado ocorre por causa da ocupação desordenada. "E vão continuar acontecendo enquanto não se organizar a estrutura fundiária, florestal e produtiva do Pará", afirma.
Segundo ele, os dados do Greenpeace contrastam com o relatório de 2002 da ONG Amigos da Terra, demonstrando que 80% da extração de madeira na Amazônia é feita de maneira legal, mas de forma não-sustentável. "Nós defendemos o uso sustentável da floresta. Somos contra o desmatamento", disse.
Fonte: Gazeta de Santarém
08/nov/03
Fonte:
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