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Notícias
23
out
2007
(ECONOMIA)
Economia se espalha, mas população segue concentrada
A população brasileira não está acompanhando, ao menos não no mesmo ritmo, o movimento de desconcentração da economia dos grandes centros urbanos em direção a cidades menores, revela um trabalho do Observatório das Metrópoles, centro de estudos ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Dados do IBGE analisados no estudo indicaram que, entre 1999 e 2004, os Grandes Espaços Urbanos Brasileiros (GEUBs) "aumentaram sua participação na população total e perderam participação no PIB".
Entre 38 conglomerados urbanos analisados, 28 apresentaram aumento na população nesses cinco anos, mas apenas 23 ampliaram a sua participação na produção nacional. Segundo os autores do trabalho, Ricardo Machado Ruiz e Fernando Batista Pereira, ambos ligados ao Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), isso pode indicar que o processo de expansão das GEUBs "está se exaurindo, pelo menos no que tange as motivações econômicas".
O primeiro fato a ser notado no que se refere às mudanças no período 1999 a 2004 é que não houve um acirrado movimento de desindustrialização no conjunto dos GEUBs combinado com uma terceirização progressiva, como esperado por muitos", diz o estudo.
De acordo com os dados apresentados, esse processo de desconcentração da economia não se resume à transferência de atividades produtivas de grandes centros urbanos para cidades menores, ele também beneficia determinados GEUBs, como Campinas e Palmas, por exemplo. "A dispersão é muito assimétrica. Umas metrópoles ganham, outras perdem", diz o economista Ricardo Machado Ruiz, um dos autores.
Dessa forma, Florianópolis e Baixada Santista, exemplos de GEUBs que vêm perdendo participação no PIB, não conseguem exercer uma influência significativa para além dos seus limites. Já Porto Velho, Londrina e Maringá "polarizam áreas significativamente maiores do que a sua própria escala de riqueza e população".
Apesar dessas variações, porém, o saldo, diz Ruiz, mostra uma perda da importância econômica dos GEUBs, que não é acompanhada por uma queda populacional significativa. E nesse processo, São Paulo e Rio de Janeiro são perdedores inegáveis.
Segundo dados do IBGE reproduzidos no estudo, em 1999 São Paulo concentrava 10,54% da população nacional e 18,58% do PIB do país. Em 2004, a cidade mantinha praticamente a mesma proporção de brasileiros (10,53%), mas a sua fatia no PIB havia se reduzido a 15,57%. Da mesma forma, o Rio de Janeiro teve uma ligeira queda populacional (de 6,37% para 6,14%) nesses cinco anos, mas seu peso no PIB caiu de 8,21% para 6,78%.
Com a diminuição do PIB e a manutenção ou aumento da população, vem caindo também a renda per capita dos grandes centros prejudicados no processo. "A população continua migrando para as grandes regiões metropolitanas, mas a riqueza não está crescendo na mesma taxa da população. É mais gente chegando, menos riqueza sendo criada. Isso tem um limite", diz Ruiz.
Em São Paulo, a renda per capita passou de era 76% acima da média nacional, em 1999, para 48% acima, em 2004. O caso do Rio de Janeiro é ainda mais intenso: de 29% acima da média nacional, em 1999, para apenas 10%, em 2004.
Segundo Ricardo Ruiz, as atividades que mais migram são indústria, comércio e serviços, nessa ordem. Apesar da perda da importância relativa dos grandes centros urbanos, o grau de concentração de renda ainda é alto, entre outros fatores, pela grande capacidade tecnológica que detêm - 70% de toda a capacidade nacional, segundo os pesquisadores.
De acordo com o estudo, as cerca de 76 milhões de pessoas (45% da população) que vivem nos grandes aglomeramentos urbanos geravam em 2000 uma renda mensal de R$ 31 bilhões (61% da renda nacional). Por outro lado, os 93 milhões (55%) que estão fora dos chamados GEUBs geraram R$ 19 bilhões (39%).
Dados do IBGE analisados no estudo indicaram que, entre 1999 e 2004, os Grandes Espaços Urbanos Brasileiros (GEUBs) "aumentaram sua participação na população total e perderam participação no PIB".
Entre 38 conglomerados urbanos analisados, 28 apresentaram aumento na população nesses cinco anos, mas apenas 23 ampliaram a sua participação na produção nacional. Segundo os autores do trabalho, Ricardo Machado Ruiz e Fernando Batista Pereira, ambos ligados ao Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), isso pode indicar que o processo de expansão das GEUBs "está se exaurindo, pelo menos no que tange as motivações econômicas".
O primeiro fato a ser notado no que se refere às mudanças no período 1999 a 2004 é que não houve um acirrado movimento de desindustrialização no conjunto dos GEUBs combinado com uma terceirização progressiva, como esperado por muitos", diz o estudo.
De acordo com os dados apresentados, esse processo de desconcentração da economia não se resume à transferência de atividades produtivas de grandes centros urbanos para cidades menores, ele também beneficia determinados GEUBs, como Campinas e Palmas, por exemplo. "A dispersão é muito assimétrica. Umas metrópoles ganham, outras perdem", diz o economista Ricardo Machado Ruiz, um dos autores.
Dessa forma, Florianópolis e Baixada Santista, exemplos de GEUBs que vêm perdendo participação no PIB, não conseguem exercer uma influência significativa para além dos seus limites. Já Porto Velho, Londrina e Maringá "polarizam áreas significativamente maiores do que a sua própria escala de riqueza e população".
Apesar dessas variações, porém, o saldo, diz Ruiz, mostra uma perda da importância econômica dos GEUBs, que não é acompanhada por uma queda populacional significativa. E nesse processo, São Paulo e Rio de Janeiro são perdedores inegáveis.
Segundo dados do IBGE reproduzidos no estudo, em 1999 São Paulo concentrava 10,54% da população nacional e 18,58% do PIB do país. Em 2004, a cidade mantinha praticamente a mesma proporção de brasileiros (10,53%), mas a sua fatia no PIB havia se reduzido a 15,57%. Da mesma forma, o Rio de Janeiro teve uma ligeira queda populacional (de 6,37% para 6,14%) nesses cinco anos, mas seu peso no PIB caiu de 8,21% para 6,78%.
Com a diminuição do PIB e a manutenção ou aumento da população, vem caindo também a renda per capita dos grandes centros prejudicados no processo. "A população continua migrando para as grandes regiões metropolitanas, mas a riqueza não está crescendo na mesma taxa da população. É mais gente chegando, menos riqueza sendo criada. Isso tem um limite", diz Ruiz.
Em São Paulo, a renda per capita passou de era 76% acima da média nacional, em 1999, para 48% acima, em 2004. O caso do Rio de Janeiro é ainda mais intenso: de 29% acima da média nacional, em 1999, para apenas 10%, em 2004.
Segundo Ricardo Ruiz, as atividades que mais migram são indústria, comércio e serviços, nessa ordem. Apesar da perda da importância relativa dos grandes centros urbanos, o grau de concentração de renda ainda é alto, entre outros fatores, pela grande capacidade tecnológica que detêm - 70% de toda a capacidade nacional, segundo os pesquisadores.
De acordo com o estudo, as cerca de 76 milhões de pessoas (45% da população) que vivem nos grandes aglomeramentos urbanos geravam em 2000 uma renda mensal de R$ 31 bilhões (61% da renda nacional). Por outro lado, os 93 milhões (55%) que estão fora dos chamados GEUBs geraram R$ 19 bilhões (39%).
Fonte: BBC Brasil
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