Voltar
Notícias
17
out
2007
(COMÉRCIO EXTERIOR)
País já exporta mais manufaturados para UE do que para EUA
As exportações de produtos manufaturados para a União Européia ultrapassaram as vendas para os Estados Unidos, tradicional cliente do país nessa categoria. Com a desaceleração da economia americana e a valorização do real, os exportadores brasileiros buscam alternativas e aumentam os embarques para clientes europeus, latino-americanos, árabes e africanos.
De janeiro a setembro deste ano, em comparação com igual período de 2006, as vendas de produtos industrializados para os europeus atingiram US$ 11,984 bilhões, pouco acima dos US$ 11,859 bilhões embarcados para os americanos, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). As vendas recuaram 6% para os EUA e subiram 29% para a UE no período.
É a primeira vez que o Brasil vende mais manufaturados para a União Européia do que para os Estados Unidos nos últimos 20 anos. Desde 1987 - período mais antigo disponível na base de dados da Secex - isso não ocorria. Em 2006, o país embarcou US$ 16,6 bilhões de produtos industrializados para os americanos, acima dos US$ 12,9 bilhões vendidos aos europeus. Em comparação com 2005, as vendas para os EUA cresceram 3,8%, enquanto as exportações para a Europa avançaram 19%.
Em setembro, o Brasil embarcou para a Holanda uma plataforma de petróleo, o que significou acréscimo de US$ 657 milhões às exportações. Excluída essa movimentação atípica, as vendas de manufaturados para a UE atingiriam US$ 11,3 bilhões, com alta de 22,8%. Ainda assim, o valor está muito próximo das vendas para os EUA e o ritmo de crescimento é expressivo.
De acordo com Fernando Ribeiro, economista da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), os exportadores de manufaturados estão redirecionando produtos dos Estados Unidos para a União Européia. Dois motivos contribuem para essa tendência: a valorização do câmbio e o crescimento da economia dessas regiões. "O aumento das exportações para a UE é uma combinação de efeito cambial com mercado importador aquecido", diz Ribeiro.
Desde o fim de 2005 até quinta-feira passada, o real se valorizou 30% ante o dólar, mas apenas 9% em relação ao euro, o que significa que os produtos brasileiros perderam mais competitividade nos EUA do que na UE. A União Européia também está com mais apetite para compras do que os Estados Unidos. De janeiro a julho, em comparação com igual período de 2006 os americanos aumentaram suas importações totais em 4,4%, enquanto os europeus compraram 11,4% a mais do mundo, revela levantamento da Funcex com base nos dados divulgados pelas regiões.
"Estamos diante de uma desaceleração dos Estados Unidos, mas outras regiões do mundo não enfrentam o mesmo processo", diz Luiz Rabi, economista da MCM Consultores. Na sua avaliação, a expansão do mercado importador é capaz de dinamizar mais as exportações do que a variação do câmbio. Estimativas da consultoria, com base em dados internacionais, apontam que os países da zona do euro devem crescer 2,6% em 2007, depois de um período de estagnação. As economias da Alemanha e da Espanha, por exemplo, podem avançar 2,6% e 3,6%. Já os EUA devem crescer 1,9% este ano.
Nas vendas de manufaturados para a Europa, destaque para os setores automotivo, móveis e têxtil, entre outros. De janeiro a setembro em relação a igual período de 2006, o Brasil elevou a exportação de automóveis com motor a diesel para a Alemanha de insignificantes US$ 9 mil para US$ 52,3 milhões, segundo a Secex. As vendas de amortecedores de suspensão para o mercado alemão cresceram 71% no período. Para a Espanha, o Brasil aumentou em 32% as vendas de móveis para quarto de dormir, de janeiro a setembro. Na mesma comparação, Portugal comprou 28% mais biquinis e maiôs brasileiros.
José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), ressalta, no entanto, que a pauta de exportação para a Europa é muito influenciada por produtos classificados como manufaturados, mas que são comercializados como commodities. É o caso de aço, suco de laranja e álcool, cujas vendas para a UE também cresceram significativamente.
De janeiro a setembro deste ano, em comparação com igual período de 2006, as vendas de produtos industrializados para os europeus atingiram US$ 11,984 bilhões, pouco acima dos US$ 11,859 bilhões embarcados para os americanos, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). As vendas recuaram 6% para os EUA e subiram 29% para a UE no período.
É a primeira vez que o Brasil vende mais manufaturados para a União Européia do que para os Estados Unidos nos últimos 20 anos. Desde 1987 - período mais antigo disponível na base de dados da Secex - isso não ocorria. Em 2006, o país embarcou US$ 16,6 bilhões de produtos industrializados para os americanos, acima dos US$ 12,9 bilhões vendidos aos europeus. Em comparação com 2005, as vendas para os EUA cresceram 3,8%, enquanto as exportações para a Europa avançaram 19%.
Em setembro, o Brasil embarcou para a Holanda uma plataforma de petróleo, o que significou acréscimo de US$ 657 milhões às exportações. Excluída essa movimentação atípica, as vendas de manufaturados para a UE atingiriam US$ 11,3 bilhões, com alta de 22,8%. Ainda assim, o valor está muito próximo das vendas para os EUA e o ritmo de crescimento é expressivo.
De acordo com Fernando Ribeiro, economista da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), os exportadores de manufaturados estão redirecionando produtos dos Estados Unidos para a União Européia. Dois motivos contribuem para essa tendência: a valorização do câmbio e o crescimento da economia dessas regiões. "O aumento das exportações para a UE é uma combinação de efeito cambial com mercado importador aquecido", diz Ribeiro.
Desde o fim de 2005 até quinta-feira passada, o real se valorizou 30% ante o dólar, mas apenas 9% em relação ao euro, o que significa que os produtos brasileiros perderam mais competitividade nos EUA do que na UE. A União Européia também está com mais apetite para compras do que os Estados Unidos. De janeiro a julho, em comparação com igual período de 2006 os americanos aumentaram suas importações totais em 4,4%, enquanto os europeus compraram 11,4% a mais do mundo, revela levantamento da Funcex com base nos dados divulgados pelas regiões.
"Estamos diante de uma desaceleração dos Estados Unidos, mas outras regiões do mundo não enfrentam o mesmo processo", diz Luiz Rabi, economista da MCM Consultores. Na sua avaliação, a expansão do mercado importador é capaz de dinamizar mais as exportações do que a variação do câmbio. Estimativas da consultoria, com base em dados internacionais, apontam que os países da zona do euro devem crescer 2,6% em 2007, depois de um período de estagnação. As economias da Alemanha e da Espanha, por exemplo, podem avançar 2,6% e 3,6%. Já os EUA devem crescer 1,9% este ano.
Nas vendas de manufaturados para a Europa, destaque para os setores automotivo, móveis e têxtil, entre outros. De janeiro a setembro em relação a igual período de 2006, o Brasil elevou a exportação de automóveis com motor a diesel para a Alemanha de insignificantes US$ 9 mil para US$ 52,3 milhões, segundo a Secex. As vendas de amortecedores de suspensão para o mercado alemão cresceram 71% no período. Para a Espanha, o Brasil aumentou em 32% as vendas de móveis para quarto de dormir, de janeiro a setembro. Na mesma comparação, Portugal comprou 28% mais biquinis e maiôs brasileiros.
José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), ressalta, no entanto, que a pauta de exportação para a Europa é muito influenciada por produtos classificados como manufaturados, mas que são comercializados como commodities. É o caso de aço, suco de laranja e álcool, cujas vendas para a UE também cresceram significativamente.
Fonte: Valor Online
Notícias em destaque
Webinar da WMCO explorará mercados e recursos alternativos para exportação de produtos de madeira.
O Cluster de Fabricação de Madeira de Ontário apresentará um webinar intitulado “Mercados e Recursos...
(EVENTOS)
Só marretadas e encaixes “macho e fêmea”, nada de pregos ou fixadores metálicos
Só marretadas e encaixes “macho e fêmea”, nada de pregos ou fixadores metálicos: como são feitas as casas...
(CONSTRUÇÃO CIVIL)
Pará pode aumentar exportações em até 50 por cento com novas rotas para o Pacífico, indicam economistas
Infraestrutura logística inédita deve reduzir custos, acelerar o acesso ao mercado asiático e impulsionar setores como...
(MERCADO)
Pinheiro-americano ameaça biodiversidade e recursos hídricos na Serra do Cipó
Pesquisadores da UFMG alertam para o avanço de espécie invasora que aumenta risco de incêndios e prejudica a...
(GERAL)
Com estrutura totalmente de madeira encaixada, ponte histórica atravessa um rio sem usar aço, concreto, pregos ou qualquer argamassa
Com estrutura totalmente de madeira encaixada, cinco arcos consecutivos e quase 200 metros de extensão, esta ponte histórica...
(MADEIRA E PRODUTOS)
Erva-mate fatura mais de R$ 1 bi e pode ter novo ciclo de crescimento no Paraná
Estado pretende implantar ações voltadas à rastreabilidade e ao padrão de qualidade do produto
A erva-mate...
(AGRO)














