Voltar
Notícias
04
out
2007
(DESMATAMENTO)
Plano de integração sul-americana ameaça Amazônia
A Iniciativa para a Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), o ambicioso programa para desenvolver e conectar economias da América do Sul através de projetos de transporte, energia e telecomunicações, poderia causar a destruição da Amazônia em até 40 anos, alerta um relatório da ONG Conservação Internacional.
O relatório, intitulado Uma tempestade perfeita na Selva Amazônica: Desenvolvimento e Conservação no contexto da IIRSA, alerta que caso os impactos ambientais do programa não sejam avaliados devidamente, a humanidade poderá testemunhar "os piores cenários, como o desmatamento generalizado e o eventual desaparecimento da floresta amazônica em três ou quatro décadas".
A IIRSA, criada em uma reunião de cúpula de presidentes da América do Sul em 2000 e financiada com recursos do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, da CAF - Corporação Andina de Fomento e do BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento, reúne 12 países e prevê investimentos para integrar malhas rodoviárias, hidrovias, represas de usinas hidrelétricas e redes de telecomunicações em todo o continente.
Segundo o autor do relatório da Conservação Internacional, Tim Killeen, que trabalhou na região amazônica durante 25 anos, "a falta de percepção do pleno impacto dos investimentos da IIRSA, especialmente no contexto da mudança climática e de mercados globais, poderá produzir uma tempestade perfeita de destruição ambiental".
"A maior área floresta tropical do planeta e os múltiplos benefícios que ela proporciona estão em xeque", afirma.
O corte e a queimada da floresta poderiam prejudicar seriamente a selva amazônica, que regula o clima continental produzindo a precipitação que irriga "a multibilionária indústria agrícola do rio da Prata".
Créditos de carbono - A destruição da Amazônia também poderia aniquilar vários ecossistemas e formas de vida terrestre e aquática e acelerar o aquecimento global através da liberação de toneladas de carbono na atmosfera.
O estudo aponta, todavia, que este cenário pode ser evitado se forem tomadas medidas para conciliar as expectativas de desenvolvimento com a necessidade de conservar o ecossistema amazônico.
O cientista sugere que os cultivos para biocombustíveis, tais como a cana-de-açúcar, poderão ser plantados "nos 65 milhões de hectares de terras já desflorestadas, ao invés de causarem a destruição de mais florestas para novas plantações".
"Uma iniciativa visionária como a IIRSA deveria ser visionária em todas as suas dimensões, e incorporar medidas que garantam que os recursos naturais renováveis da região sejam conservados e suas comunidades tradicionais sejam fortalecidas," escreveu Killeen.
O pesquisador ainda observa que a floresta amazônica intacta poderá gerar bilhões de dólares em créditos de carbono no sistema de mercado que está sendo negociado em sucessão ao Protocolo de Kyoto.
O relatório, intitulado Uma tempestade perfeita na Selva Amazônica: Desenvolvimento e Conservação no contexto da IIRSA, alerta que caso os impactos ambientais do programa não sejam avaliados devidamente, a humanidade poderá testemunhar "os piores cenários, como o desmatamento generalizado e o eventual desaparecimento da floresta amazônica em três ou quatro décadas".
A IIRSA, criada em uma reunião de cúpula de presidentes da América do Sul em 2000 e financiada com recursos do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, da CAF - Corporação Andina de Fomento e do BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento, reúne 12 países e prevê investimentos para integrar malhas rodoviárias, hidrovias, represas de usinas hidrelétricas e redes de telecomunicações em todo o continente.
Segundo o autor do relatório da Conservação Internacional, Tim Killeen, que trabalhou na região amazônica durante 25 anos, "a falta de percepção do pleno impacto dos investimentos da IIRSA, especialmente no contexto da mudança climática e de mercados globais, poderá produzir uma tempestade perfeita de destruição ambiental".
"A maior área floresta tropical do planeta e os múltiplos benefícios que ela proporciona estão em xeque", afirma.
O corte e a queimada da floresta poderiam prejudicar seriamente a selva amazônica, que regula o clima continental produzindo a precipitação que irriga "a multibilionária indústria agrícola do rio da Prata".
Créditos de carbono - A destruição da Amazônia também poderia aniquilar vários ecossistemas e formas de vida terrestre e aquática e acelerar o aquecimento global através da liberação de toneladas de carbono na atmosfera.
O estudo aponta, todavia, que este cenário pode ser evitado se forem tomadas medidas para conciliar as expectativas de desenvolvimento com a necessidade de conservar o ecossistema amazônico.
O cientista sugere que os cultivos para biocombustíveis, tais como a cana-de-açúcar, poderão ser plantados "nos 65 milhões de hectares de terras já desflorestadas, ao invés de causarem a destruição de mais florestas para novas plantações".
"Uma iniciativa visionária como a IIRSA deveria ser visionária em todas as suas dimensões, e incorporar medidas que garantam que os recursos naturais renováveis da região sejam conservados e suas comunidades tradicionais sejam fortalecidas," escreveu Killeen.
O pesquisador ainda observa que a floresta amazônica intacta poderá gerar bilhões de dólares em créditos de carbono no sistema de mercado que está sendo negociado em sucessão ao Protocolo de Kyoto.
Fonte: Estadão Online
Notícias em destaque
Webinar da WMCO explorará mercados e recursos alternativos para exportação de produtos de madeira.
O Cluster de Fabricação de Madeira de Ontário apresentará um webinar intitulado “Mercados e Recursos...
(EVENTOS)
Só marretadas e encaixes “macho e fêmea”, nada de pregos ou fixadores metálicos
Só marretadas e encaixes “macho e fêmea”, nada de pregos ou fixadores metálicos: como são feitas as casas...
(CONSTRUÇÃO CIVIL)
Pará pode aumentar exportações em até 50 por cento com novas rotas para o Pacífico, indicam economistas
Infraestrutura logística inédita deve reduzir custos, acelerar o acesso ao mercado asiático e impulsionar setores como...
(MERCADO)
Pinheiro-americano ameaça biodiversidade e recursos hídricos na Serra do Cipó
Pesquisadores da UFMG alertam para o avanço de espécie invasora que aumenta risco de incêndios e prejudica a...
(GERAL)
Com estrutura totalmente de madeira encaixada, ponte histórica atravessa um rio sem usar aço, concreto, pregos ou qualquer argamassa
Com estrutura totalmente de madeira encaixada, cinco arcos consecutivos e quase 200 metros de extensão, esta ponte histórica...
(MADEIRA E PRODUTOS)
Erva-mate fatura mais de R$ 1 bi e pode ter novo ciclo de crescimento no Paraná
Estado pretende implantar ações voltadas à rastreabilidade e ao padrão de qualidade do produto
A erva-mate...
(AGRO)














