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Notícias
30
set
2007
(MÓVEIS)
Fortalecimento do mercado imobiliário produz efeito positivo sobre fabricantes de móveis
Estudo da FGV Projetos estima que o setor imobiliário crescerá entre 7,9% e 9,3% em 2007, contra os 4,6% apurados em 2006. Justificam as projeções as informações apuradas sobre a recuperação da construção civil, cujos efeitos positivos se refletem em setores direta ou indiretamente ligados à moradia, como os de materiais de construção, móveis e eletrodomésticos.
Entre 1995 e 2005, observa o economista Fernando Garcia, da FGV, o PIB cresceu, em média, 2,38% ao ano e a participação da construção civil foi de 0,2 ponto porcentual - índice que a partir deste ano deverá triplicar, atingindo 0,6 ponto porcentual, semelhante ao que foi observado entre 1975 e 1985 e compatível com o de outros países emergentes, como a Coréia.
Além de estimular as transações com terrenos para edificação, as atividades de escritórios de arquitetura e projetos, empresas de comercialização e, principalmente, as contratações de operários num segmento de mão-de-obra intensiva, as incorporações imobiliárias demandam materiais em grande escala.
As vendas de vergalhões, insumo básico para a construção, avançaram 9,3% entre os primeiros semestres de 2006 e 2007. O consumo aparente de cimento cresceu 15,1% no período de janeiro a julho de 2007, em relação aos mesmos meses de 2006. Nesta mesma base de comparação, o faturamento total da indústria de material de construção cresceu 7,5% e o emprego, 7%.
Outro estudo da FGV, encomendado por uma associação de classe, mostrou o impacto positivo da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em dezenas de itens de materiais de construção, estimada em mais de R$ 500 milhões, valor que acaba retornando aos cofres públicos em decorrência do aumento da atividade, ou seja, da incidência de um tributo com alíquota menor sobre um volume muito maior de bens comercializados.
Ao mesmo tempo, a oferta de crédito imobiliário alcança níveis próximos aos do início dos anos 80, quando mais de 200 mil imóveis eram financiados por ano pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que capta recursos via cadernetas de poupança.
Em 2007, até agosto, 117 mil unidades foram financiadas pelo SBPE. Mantido o ritmo mensal de 17 mil a 18 mil unidades financiadas, que foi o do último bimestre, os financiamentos deste ano poderão superar a casa dos 185 mil, número inferior apenas aos do triênio 1980/1982. Para isso não faltam recursos, pois a captação líquida via cadernetas atingiu R$ 11 bilhões nos primeiros oito meses do ano. Nos últimos 12 meses, até agosto, o saldo dos depósitos de poupança aumentou R$ 33 bilhões, 24,5% acima dos 12 meses anteriores.
O fortalecimento do mercado imobiliário produz efeito positivo sobre fabricantes de móveis, geladeiras e fogões, que registram taxas de crescimento anual elevadas, entre 10% e 30%. A indústria de mobiliário, em especial, está reagindo depois de ter sido fortemente atingida pelo crescimento das importações, estimuladas pela desvalorização do dólar. E, a partir deste ano, uma prática comum em mercados imobiliários desenvolvidos está chegando ao País: mediante acordos feitos antes da conclusão do imóvel entre construtoras e fornecedores de armários embutidos e equipamentos básicos, é possível a entrega de unidades semimobiliadas, quase prontas para serem habitadas.
A expansão do setor imobiliário deve-se ao aumento da renda das famílias, à diminuição do desemprego e a um conjunto de medidas legais adotadas nos últimos anos, que reduziram os custos de transação, ampliaram a segurança jurídica dos contratos de financiamento e diminuíram a tributação incidente sobre as operações de compra e venda e os materiais de construção.
O crescimento da construção civil tem tudo para ser sustentável. Ainda que as condições macroeconômicas viessem a se tornar menos favoráveis, o nível de endividamento com habitação das famílias é moderado e o governo tem espaço para estimular a oferta de crédito, favorecendo, por exemplo, o segmento de securitização das dívidas imobiliárias, ampliando o mercado secundário de recebíveis imobiliários e criando, assim, um mercado adicional de oferta de crédito à moradia.
Entre 1995 e 2005, observa o economista Fernando Garcia, da FGV, o PIB cresceu, em média, 2,38% ao ano e a participação da construção civil foi de 0,2 ponto porcentual - índice que a partir deste ano deverá triplicar, atingindo 0,6 ponto porcentual, semelhante ao que foi observado entre 1975 e 1985 e compatível com o de outros países emergentes, como a Coréia.
Além de estimular as transações com terrenos para edificação, as atividades de escritórios de arquitetura e projetos, empresas de comercialização e, principalmente, as contratações de operários num segmento de mão-de-obra intensiva, as incorporações imobiliárias demandam materiais em grande escala.
As vendas de vergalhões, insumo básico para a construção, avançaram 9,3% entre os primeiros semestres de 2006 e 2007. O consumo aparente de cimento cresceu 15,1% no período de janeiro a julho de 2007, em relação aos mesmos meses de 2006. Nesta mesma base de comparação, o faturamento total da indústria de material de construção cresceu 7,5% e o emprego, 7%.
Outro estudo da FGV, encomendado por uma associação de classe, mostrou o impacto positivo da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em dezenas de itens de materiais de construção, estimada em mais de R$ 500 milhões, valor que acaba retornando aos cofres públicos em decorrência do aumento da atividade, ou seja, da incidência de um tributo com alíquota menor sobre um volume muito maior de bens comercializados.
Ao mesmo tempo, a oferta de crédito imobiliário alcança níveis próximos aos do início dos anos 80, quando mais de 200 mil imóveis eram financiados por ano pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que capta recursos via cadernetas de poupança.
Em 2007, até agosto, 117 mil unidades foram financiadas pelo SBPE. Mantido o ritmo mensal de 17 mil a 18 mil unidades financiadas, que foi o do último bimestre, os financiamentos deste ano poderão superar a casa dos 185 mil, número inferior apenas aos do triênio 1980/1982. Para isso não faltam recursos, pois a captação líquida via cadernetas atingiu R$ 11 bilhões nos primeiros oito meses do ano. Nos últimos 12 meses, até agosto, o saldo dos depósitos de poupança aumentou R$ 33 bilhões, 24,5% acima dos 12 meses anteriores.
O fortalecimento do mercado imobiliário produz efeito positivo sobre fabricantes de móveis, geladeiras e fogões, que registram taxas de crescimento anual elevadas, entre 10% e 30%. A indústria de mobiliário, em especial, está reagindo depois de ter sido fortemente atingida pelo crescimento das importações, estimuladas pela desvalorização do dólar. E, a partir deste ano, uma prática comum em mercados imobiliários desenvolvidos está chegando ao País: mediante acordos feitos antes da conclusão do imóvel entre construtoras e fornecedores de armários embutidos e equipamentos básicos, é possível a entrega de unidades semimobiliadas, quase prontas para serem habitadas.
A expansão do setor imobiliário deve-se ao aumento da renda das famílias, à diminuição do desemprego e a um conjunto de medidas legais adotadas nos últimos anos, que reduziram os custos de transação, ampliaram a segurança jurídica dos contratos de financiamento e diminuíram a tributação incidente sobre as operações de compra e venda e os materiais de construção.
O crescimento da construção civil tem tudo para ser sustentável. Ainda que as condições macroeconômicas viessem a se tornar menos favoráveis, o nível de endividamento com habitação das famílias é moderado e o governo tem espaço para estimular a oferta de crédito, favorecendo, por exemplo, o segmento de securitização das dívidas imobiliárias, ampliando o mercado secundário de recebíveis imobiliários e criando, assim, um mercado adicional de oferta de crédito à moradia.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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