Voltar
Notícias
29
ago
2007
(BIOENERGIA)
País busca etanol a partir da celulose
Interessados em manter a liderança no mercado mundial de agroenergia, Brasil e Estados Unidos poderão unir forças para acelerar as pesquisas que permitam a produção economicamente viável de etanol a partir da celulose.
O processo garante o reaproveitamento de materiais até agora descartados para a produção do biocombustível, como resíduos de madeira e bagaço de cana. Em setembro, cientistas brasileiros que fazem parte de cinco grupos de pesquisa vão viajar para os Estados Unidos para tentar costurar um protocolo de intenções nessa área com os americanos.
“O etanol produzido a partir da celulose é a grande bandeira, mas vamos buscar parcerias para algumas ações nas áreas agrícolas que têm gargalos científicos e tecnológicos”, explicou o chefe-geral da unidade de Agroenergia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Frederico Durães.
O encontro de setembro será o quarto para tentar dar viabilidade ao acordo.
A produção de etanol a partir de celulose no Brasil ainda é experimental e não tem viabilidade econômica, já que os custos são altos. Mas a corrida para dominar a tecnologia já começou. E cada país aposta em caminhos próprios, até porque, para “quebrar” a molécula da celulose, cada matéria-prima exige uma enzima específica. No Brasil, as pesquisas se voltam, principalmente, para o desenvolvimento de enzimas que permitam extrair a celulose do bagaço da cana. Nos Estados Unidos, o foco está em outras matérias-primas, como o milho. Segundo o diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, com a produção de etanol a partir da celulose extraída do bagaço da cana, a produção de álcool por hectare pode saltar dos atuais 6 mil a 7 mil litros para algo em torno de 10 mil a 12 mil litros.
“Usando o bagaço, temos a vantagem de já termos a matéria-prima processada, colhida e estocada ao lado de uma unidade industrial”, disse Dornelles. Trata-se, porém, de um processo demorado, segundo a pesquisadora Sônia Couri, responsável pelo laboratório de Processos Fermentativos da Embrapa Agroindústria de Alimentos.
“Por acaso, você pode até obter um material ideal, mas é preciso fazer um melhoramento genético e de linhagem para tentar aprimorá-lo”, explica.
Já os americanos estão mais otimistas e acreditam que terão a tecnologia para produzir etanol a partir de matérias-primas como a switchgrass, um tipo de gramínea típica da pradaria, em menos de cinco anos.
No entanto, o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Mike Johanns, já disse que vai levar até duas vezes mais tempo para que se construa toda a infra-estrutura logística e de produção necessária para operar esse combustível.
A Petrobrás também está apostando nessa nova tecnologia. A empresa está desenvolvendo uma técnica própria em seu Centro de Pesquisas (Cenpes) e, até fim do ano, deverá colocar para funcionar uma planta-piloto.
O processo garante o reaproveitamento de materiais até agora descartados para a produção do biocombustível, como resíduos de madeira e bagaço de cana. Em setembro, cientistas brasileiros que fazem parte de cinco grupos de pesquisa vão viajar para os Estados Unidos para tentar costurar um protocolo de intenções nessa área com os americanos.
“O etanol produzido a partir da celulose é a grande bandeira, mas vamos buscar parcerias para algumas ações nas áreas agrícolas que têm gargalos científicos e tecnológicos”, explicou o chefe-geral da unidade de Agroenergia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Frederico Durães.
O encontro de setembro será o quarto para tentar dar viabilidade ao acordo.
A produção de etanol a partir de celulose no Brasil ainda é experimental e não tem viabilidade econômica, já que os custos são altos. Mas a corrida para dominar a tecnologia já começou. E cada país aposta em caminhos próprios, até porque, para “quebrar” a molécula da celulose, cada matéria-prima exige uma enzima específica. No Brasil, as pesquisas se voltam, principalmente, para o desenvolvimento de enzimas que permitam extrair a celulose do bagaço da cana. Nos Estados Unidos, o foco está em outras matérias-primas, como o milho. Segundo o diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, com a produção de etanol a partir da celulose extraída do bagaço da cana, a produção de álcool por hectare pode saltar dos atuais 6 mil a 7 mil litros para algo em torno de 10 mil a 12 mil litros.
“Usando o bagaço, temos a vantagem de já termos a matéria-prima processada, colhida e estocada ao lado de uma unidade industrial”, disse Dornelles. Trata-se, porém, de um processo demorado, segundo a pesquisadora Sônia Couri, responsável pelo laboratório de Processos Fermentativos da Embrapa Agroindústria de Alimentos.
“Por acaso, você pode até obter um material ideal, mas é preciso fazer um melhoramento genético e de linhagem para tentar aprimorá-lo”, explica.
Já os americanos estão mais otimistas e acreditam que terão a tecnologia para produzir etanol a partir de matérias-primas como a switchgrass, um tipo de gramínea típica da pradaria, em menos de cinco anos.
No entanto, o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Mike Johanns, já disse que vai levar até duas vezes mais tempo para que se construa toda a infra-estrutura logística e de produção necessária para operar esse combustível.
A Petrobrás também está apostando nessa nova tecnologia. A empresa está desenvolvendo uma técnica própria em seu Centro de Pesquisas (Cenpes) e, até fim do ano, deverá colocar para funcionar uma planta-piloto.
Fonte: Por O Estado de São Paulo
Notícias em destaque

Desmatamento na Mata Atlântica caiu 14 por cento em 2024
Apesar da redução, perda das matas maduras – com maior biodiversidade e estoque de carbono – é extremamente...
(DESMATAMENTO)

Casas com Pergolado de Madeira na Fachada
Quem nunca sonhou em ter uma casa que refletisse seu estilo? A sensação de chegar em casa e ser recebido por uma fachada linda...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Fitossanidade nas florestas plantadas de São Paulo
Um dos grandes desafios do setor florestal paulista, e do Brasil, para manter a produtividade, é o controle de pragas. O pesquisador...
(GERAL)

Mais aperitivos da feira LIGNA 2025
Florestas vitais como garantidoras de madeira ecologicamente correta: a indústria florestal orienta os visitantes da LIGNA 2025 em...
(EVENTOS)

Indústrias buscam produtividade na atividade de colheita florestal
O tempo gasto durante a afiação de correntes é um dos gargalos na indústria da colheita florestal que afeta...
(TECNOLOGIA)

Protagonismo no design global: Brasil entre as maiores delegações no Salão do Móvel de Milão 2025
Expectativa de negócios entre empresas brasileiras e compradores de diversas partes do mundo giram em torno de US$ 111,8...
(EVENTOS)