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Notícias
07
ago
2007
(DESMATAMENTO)
IBGE prevê expansão da soja em MT
A soja vai ter uma nova expansão no Mato Grosso, usando principalmente áreas que já têm ocupação humana. A previsão é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registrou safra recorde do grão este ano no país, apesar da redução na área plantada. O estado responde por mais de um quarto da produção nacional.
“Temos levantamento sobre aquisição de adubos dizendo que os produtores adquiriram quantidade maior que na safra anterior”, comenta o supervisor de Estatística Agropecuária do IBGE no estado, Fernando Marques de Figueiredo, em entrevista à Agência Brasil. “É cedo para saber quanto vai crescer a produção, mas deve ser no máximo 10%.”
O supervisor, que é engenheiro agrônomo, aponta uma recuperação da cotação do produto na Bolsa de Chicago como compensação, para os exportadores, ao baixo valor do dólar em relação ao real. Ele prevê que o avanço da sojicultura se concentrará em áreas colocadas em descanso, locais com produtividade menor ou pastagens, ou ainda em substituição a outras lavouras – em geral, arroz. Por isso, conclui, não há um novo risco para o Parque Indígena do Xingu.
Para Figueiredo, quando houver desmatamento, será principalmente de trechos de cerrado, inclusive por uma questão financeira. “Os produtores que normalmente atuam nessas áreas são paranaenses e gaúchos, que por tradição preferem derrubar o cerrado, a um custo muito menor”, diz. “E estão no vermelho [com prejuízo], são castigados com doenças na lavoura e menor cotação há três safras.”
É diferente a avaliação do coordenador do Programa Xingu do Instituto Socioambiental (ISA), André Villas-Bôas. Ele diz que o entorno do parque indígena reúne características muito atraentes ao agronegócio, que o impulso dos biocombustíveis deve aquecer o mercado de terras na região e que ao menos parte da expansão produtiva será em novos locais.
Fernando Marques de Figueiredo, do IBGE, diz que a a situação ao redor do parque está “meio estabilizada”. “Hoje existem restrições para a derrubada de mata, impostas pelo Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e pela Fema [Fundação Estadual de Meio Ambiente]”, justifica. “Normalmente são os madeireiros que agem primeiro, e depois entram os produtores para terminar a derrubada e implantar a lavoura. Como os madeireiros estão sendo cerceados em inúmeras irregularidades, está sendo reduzida essa influência no entorno.”
O engenheiro agrônomo pondera que pode haver mais ocupação de áreas hoje preservadas mais ao sul do estado, onde está parte dos rios que formam o Xingu. “Lá já está mais aberto, com mais lavoura, a quantidade de pesticidas e inseticidas é maior, e eles são carreados para os rios”, comenta. Ele opina que pesquisas a partir de peixes consumidos podem trazer dados esclarecedores.
Figueiredo destaca também a ampliação do plantio de cana-de-açúcar em alguns municípios, mas diz que ela se dá em áreas que já vinham sendo plantadas com soja, num sistema de rotação de culturas.
“Temos levantamento sobre aquisição de adubos dizendo que os produtores adquiriram quantidade maior que na safra anterior”, comenta o supervisor de Estatística Agropecuária do IBGE no estado, Fernando Marques de Figueiredo, em entrevista à Agência Brasil. “É cedo para saber quanto vai crescer a produção, mas deve ser no máximo 10%.”
O supervisor, que é engenheiro agrônomo, aponta uma recuperação da cotação do produto na Bolsa de Chicago como compensação, para os exportadores, ao baixo valor do dólar em relação ao real. Ele prevê que o avanço da sojicultura se concentrará em áreas colocadas em descanso, locais com produtividade menor ou pastagens, ou ainda em substituição a outras lavouras – em geral, arroz. Por isso, conclui, não há um novo risco para o Parque Indígena do Xingu.
Para Figueiredo, quando houver desmatamento, será principalmente de trechos de cerrado, inclusive por uma questão financeira. “Os produtores que normalmente atuam nessas áreas são paranaenses e gaúchos, que por tradição preferem derrubar o cerrado, a um custo muito menor”, diz. “E estão no vermelho [com prejuízo], são castigados com doenças na lavoura e menor cotação há três safras.”
É diferente a avaliação do coordenador do Programa Xingu do Instituto Socioambiental (ISA), André Villas-Bôas. Ele diz que o entorno do parque indígena reúne características muito atraentes ao agronegócio, que o impulso dos biocombustíveis deve aquecer o mercado de terras na região e que ao menos parte da expansão produtiva será em novos locais.
Fernando Marques de Figueiredo, do IBGE, diz que a a situação ao redor do parque está “meio estabilizada”. “Hoje existem restrições para a derrubada de mata, impostas pelo Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e pela Fema [Fundação Estadual de Meio Ambiente]”, justifica. “Normalmente são os madeireiros que agem primeiro, e depois entram os produtores para terminar a derrubada e implantar a lavoura. Como os madeireiros estão sendo cerceados em inúmeras irregularidades, está sendo reduzida essa influência no entorno.”
O engenheiro agrônomo pondera que pode haver mais ocupação de áreas hoje preservadas mais ao sul do estado, onde está parte dos rios que formam o Xingu. “Lá já está mais aberto, com mais lavoura, a quantidade de pesticidas e inseticidas é maior, e eles são carreados para os rios”, comenta. Ele opina que pesquisas a partir de peixes consumidos podem trazer dados esclarecedores.
Figueiredo destaca também a ampliação do plantio de cana-de-açúcar em alguns municípios, mas diz que ela se dá em áreas que já vinham sendo plantadas com soja, num sistema de rotação de culturas.
Fonte: 24 Horas News
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