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Notícias
28
jul
2007
(GERAL)
Demanda por recursos do BNDES é cada vez maior
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou R$ 323 milhões em projetos sociais de empresas nos últimos dez anos, de 1996 a 2006. Os recursos visam estimular a responsabilidade social entre as empresas, com empréstimos em condições atraentes. Os empréstimos podem beneficiar empregados, fornecedores e comunidades.
Os desembolsos para as empresas investirem em comunidades no entorno de novas unidades industriais têm como justificativa o fato de muitas dessas instalações serem realizadas em pequenos municípios, provocando fortes impactos na região. Se os projetos são positivos para as cidades, com geração de empregos e tributos, também demandam mais serviços públicos como saúde, educação e saneamento. Isso exige investimentos maiores para que a população local não seja prejudicada. O valor dos financiamentos para beneficiar as comunidades é de 100%, com Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP) e spread zero. Já os programas destinados aos empregados e fornecedores são financiados até 80%, com TJLP e juro de 1%.
"As perspectivas de demanda desses financiamentos são crescentes pela quantidade de perguntas que as empresas estão fazendo quando vão solicitar na área operacional do banco empréstimos para expansão dos negócios", afirma Teresa Consentino, diretora do departamento de operações sociais do BNDES.
A executiva esclarece que essa linha de crédito é totalmente independente das oferecidas para construção ou expansão das atividades econômicas, com as empresas assinando contratos separados. Os empréstimos para a área social não são obrigatórios, mas o banco procura mostrar os ganhos para empresas e sociedade com os investimentos nessa área.
Empresas de diversos segmentos têm se interessado por esses financiamentos, entre eles indústrias extrativistas, de produtos químicos, de telecomunicações e do comércio. A diretora do BNDES destaca o setor de papel e celulose, que tem grandes empresas que competem nos mercados interno e externo. A Suzano Papel e Celulose, com receitas líquidas de R$ 3,1 bilhões em 2006, está investindo R$ R$ 3,5 bilhões entre 2006 e 2008, dos quais R$ 2,4 bilhões são financiados pelo BNDES, em sua unidade de Mucuri, no sul da Bahia, que aumentará sua capacidade instalada para 1,1 milhão de toneladas de celulose.
O financiamento para a Suzano na área social é de R$ 21,5 milhões, que serão aplicados em nove municípios, entre eles, Mucuri, Itabatã, Nova Viçosa e Posto da Mata, no sul da Bahia. Na área de saúde, foi firmado convênio entre a empresa e o governo estadual. A Suzano entrou com R$ 5 milhões para reformas e equipamentos de hospitais e o governo estadual com R$ 2,5 milhões e as prefeituras com R$ 1 milhão cada uma. "Foram feitos diagnósticos das necessidades com a Secretaria de Saúde da Bahia, prefeituras e comunidade", afirma Ernesto Pousada, diretor do projeto Mucuri.
Segundo ele, também foram reformadas dez escolas rurais, feitas obras e fornecidos equipamentos para delegacias. Foi criada uma delegacia móvel e a Secretaria de Segurança da Bahia providenciou um contingente maior de policiais. Outra ação, em parceria com o Senai, foi a qualificação de 3.000 pedreiros, eletricistas, pintores e outros profissionais. Parte deles foi absorvida pela empresa e outros foram para o mercado de trabalho. O centro construído pela empresa para o treinamento desses profissionais será doado para criação de uma escola de ensino fundamental, uma técnica e também para deficientes físicos.
A Klabin, maior exportadora de papéis do Brasil, que financiou R$ 1,3 bilhão do BNDES para aumentar a produção da unidade de Telêmaco Borba, no Paraná, de 700 mil toneladas para 1,1 milhão de toneladas por ano, investirá R$ 18 milhões em projetos sociais. A empresa desenvolve vários programas, entre eles, um para jovens em 15 municípios de Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Por esse projeto, diz ela, são diagnosticadas as vocações econômicas locais, com treinamento de jovens e criação de associação que geram trabalho e renda para os participantes. A Klabin prefere não se manifestar sobre os projetos, porque ainda estão sendo implantados.
Já a Veracel, uma joint venture formada pela brasileira Aracruz Celulose e pela sueco-finlandesa Stora Enso, financiou R$ 21 milhões para investimentos sociais em nove municípios no extremo sul da Bahia, entre eles Eunápolis e Belmonte, onde a empresa investe US$ 1,25 bilhão para produzir 900 mil toneladas por ano de celulose branqueada de eucalipto. Os recursos sociais serão aplicados em obras de saneamento ambiental (redes de água, esgoto, drenagem e melhoria de sistemas de coleta e tratamento de resíduos, melhoria de equipamentos hospitalares e dos postos de atendimento, reforma e ampliação de creches e escolas, construção de casas populares, pavimentação de ruas e arborização.
Os desembolsos para as empresas investirem em comunidades no entorno de novas unidades industriais têm como justificativa o fato de muitas dessas instalações serem realizadas em pequenos municípios, provocando fortes impactos na região. Se os projetos são positivos para as cidades, com geração de empregos e tributos, também demandam mais serviços públicos como saúde, educação e saneamento. Isso exige investimentos maiores para que a população local não seja prejudicada. O valor dos financiamentos para beneficiar as comunidades é de 100%, com Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP) e spread zero. Já os programas destinados aos empregados e fornecedores são financiados até 80%, com TJLP e juro de 1%.
"As perspectivas de demanda desses financiamentos são crescentes pela quantidade de perguntas que as empresas estão fazendo quando vão solicitar na área operacional do banco empréstimos para expansão dos negócios", afirma Teresa Consentino, diretora do departamento de operações sociais do BNDES.
A executiva esclarece que essa linha de crédito é totalmente independente das oferecidas para construção ou expansão das atividades econômicas, com as empresas assinando contratos separados. Os empréstimos para a área social não são obrigatórios, mas o banco procura mostrar os ganhos para empresas e sociedade com os investimentos nessa área.
Empresas de diversos segmentos têm se interessado por esses financiamentos, entre eles indústrias extrativistas, de produtos químicos, de telecomunicações e do comércio. A diretora do BNDES destaca o setor de papel e celulose, que tem grandes empresas que competem nos mercados interno e externo. A Suzano Papel e Celulose, com receitas líquidas de R$ 3,1 bilhões em 2006, está investindo R$ R$ 3,5 bilhões entre 2006 e 2008, dos quais R$ 2,4 bilhões são financiados pelo BNDES, em sua unidade de Mucuri, no sul da Bahia, que aumentará sua capacidade instalada para 1,1 milhão de toneladas de celulose.
O financiamento para a Suzano na área social é de R$ 21,5 milhões, que serão aplicados em nove municípios, entre eles, Mucuri, Itabatã, Nova Viçosa e Posto da Mata, no sul da Bahia. Na área de saúde, foi firmado convênio entre a empresa e o governo estadual. A Suzano entrou com R$ 5 milhões para reformas e equipamentos de hospitais e o governo estadual com R$ 2,5 milhões e as prefeituras com R$ 1 milhão cada uma. "Foram feitos diagnósticos das necessidades com a Secretaria de Saúde da Bahia, prefeituras e comunidade", afirma Ernesto Pousada, diretor do projeto Mucuri.
Segundo ele, também foram reformadas dez escolas rurais, feitas obras e fornecidos equipamentos para delegacias. Foi criada uma delegacia móvel e a Secretaria de Segurança da Bahia providenciou um contingente maior de policiais. Outra ação, em parceria com o Senai, foi a qualificação de 3.000 pedreiros, eletricistas, pintores e outros profissionais. Parte deles foi absorvida pela empresa e outros foram para o mercado de trabalho. O centro construído pela empresa para o treinamento desses profissionais será doado para criação de uma escola de ensino fundamental, uma técnica e também para deficientes físicos.
A Klabin, maior exportadora de papéis do Brasil, que financiou R$ 1,3 bilhão do BNDES para aumentar a produção da unidade de Telêmaco Borba, no Paraná, de 700 mil toneladas para 1,1 milhão de toneladas por ano, investirá R$ 18 milhões em projetos sociais. A empresa desenvolve vários programas, entre eles, um para jovens em 15 municípios de Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Por esse projeto, diz ela, são diagnosticadas as vocações econômicas locais, com treinamento de jovens e criação de associação que geram trabalho e renda para os participantes. A Klabin prefere não se manifestar sobre os projetos, porque ainda estão sendo implantados.
Já a Veracel, uma joint venture formada pela brasileira Aracruz Celulose e pela sueco-finlandesa Stora Enso, financiou R$ 21 milhões para investimentos sociais em nove municípios no extremo sul da Bahia, entre eles Eunápolis e Belmonte, onde a empresa investe US$ 1,25 bilhão para produzir 900 mil toneladas por ano de celulose branqueada de eucalipto. Os recursos sociais serão aplicados em obras de saneamento ambiental (redes de água, esgoto, drenagem e melhoria de sistemas de coleta e tratamento de resíduos, melhoria de equipamentos hospitalares e dos postos de atendimento, reforma e ampliação de creches e escolas, construção de casas populares, pavimentação de ruas e arborização.
Fonte: Maria Cândida Vieira - Valor Econômico
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