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Notícias
23
jul
2007
(MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS)
Indústria de máquinas tem alta de 10%
As importações continuam crescendo, assim como as reclamações contra a política cambial do governo, mas a indústria de máquinas e equipamentos se recuperou do resultado frustrante de 2006, quando houve uma redução do faturamento do setor nos seis primeiros meses do ano, e finalizou o primeiro semestre deste ano com receitas de R$ 28,8 bilhões, alta de 10,1%, ante igual período de 2006, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
"Essa recuperação é resultado, em grande parte, da recuperação do setor agrícola, principalmente pelas altas das cotações da soja, do milho e do algodão na bolsa de Chicago, o que fez com que o setor voltasse a ser lucrativo", explicou o presidente da Abimaq, Newton de Mello, em sua última entrevista como presidente da entidade. O executivo, que também está a frente da Mello S.A. Máquinas e Equipamentos, passa o cargo para Luiz Aubert Neto na próxima segunda-feira.
Além de máquinas agrícolas, que cresceu 32,6% em relação ao mesmo período de 2006, o segmento com o maior crescimento no semestre foi o de máquinas para madeiras, com alta de 74,3%. Segundo Mello, o aumento do número de habitações populares, impulsionado pelo maior poder aquisitivo da população de baixa renda, foi determinante para esse aumento. "Houve uma demanda muito grande por móveis de madeira", disse o executivo.
A faturamento das fabricantes de válvulas industriais também registrou alta, de 35,4%, fato que o presidente da Abimaq atribuiu ao crescente volume de investimentos da Petrobras em todo o Brasil.
Outros segmentos que registraram crescimento no faturamento foram os de bombas e motobombas, com alta de 15,8%; bens sob encomenda, 14,6%; e o de equipamentos hidráulicos e pneumáticos, com alta de 14%. No entanto, os fabricantes de máquinas para o setor têxtil, cujo comércio têm sentido forte impacto das mercadorias chinesas, registraram queda de 16% nas receitas.
"Com a entrada dos produtos chineses, as produtoras não estão investindo na ampliação da capacidade, por exemplo", explicou Mello.
Importações
Além do mercado chinês, outro ponto que tem atrapalhado o desempenho das indústrias de máquinas é a valorização do real em relação ao dólar. Em virtude disso, o consumo aparente, que representa o faturamento, descontadas as exportações e somadas as importações, o que Mello considerou a soma do que é absorvido pelo mercado brasileiro de máquinas e equipamentos, registrou crescimento de 13,7% no semestre, atingindo R$ 33 bilhões. Segundo Mello, foram registradas altas nas taxas nos últimos 12 meses.
No último semestre, 42,2% das máquinas compradas no Brasil foram importadas. Até junho de 2006, esse índice era de 39,3%. Assim, o déficit da balança comercial, que fechou o semestre em US$ 1,3 bilhão há um ano, atingiu US$ 2,1 bilhões nos seis primeiros meses de 2007. "Isso é explicado pelo câmbio. Ficou menos estimulante exportar", disse Mello.
Entre os países que mais exportaram máquinas do Brasil até junho estão os Estados Unidos, com US$ 1,1 bilhão dos US$ 4,7 bilhões exportados no total; a Argentina, com US$ 508 milhões; e Cingapura, com US$ 270 milhões. As exportações cresceram 21% e as importações, que atingiram US$ 6,8 bilhões, tiveram alta de 31% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
Análise
O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) divulgou ontem relatório em que aponta o desempenho das indústrias de máquinas e equipamentos como um sinal positivo para a economia geral.
Segundo o documento, "na categoria de bens de capital, que liderou o aumento da produção industrial brasileira no primeiro semestre, o segmento de máquinas e equipamentos, de maior peso nessa categoria e que desempenha um papel fundamental na ampliação da capacidade produtiva da economia, encontra-se numa forte trajetória de aceleração".
Além disso, o segmento de máquinas e equipamentos mostra sinais de uma trajetória de aceleração mais forte: as taxas acumuladas no ano até março, abril e maio, foram, respectivamente, de 13,1%, 15,2% e 17,4%. Segundo o IEDI, a indústria brasileira, que em maio cresceu 1,3% em relação a abril, aumentou 4,9% frente ao mesmo mês do ano anterior e acumula variação no ano de 4,4%.
"Essa recuperação é resultado, em grande parte, da recuperação do setor agrícola, principalmente pelas altas das cotações da soja, do milho e do algodão na bolsa de Chicago, o que fez com que o setor voltasse a ser lucrativo", explicou o presidente da Abimaq, Newton de Mello, em sua última entrevista como presidente da entidade. O executivo, que também está a frente da Mello S.A. Máquinas e Equipamentos, passa o cargo para Luiz Aubert Neto na próxima segunda-feira.
Além de máquinas agrícolas, que cresceu 32,6% em relação ao mesmo período de 2006, o segmento com o maior crescimento no semestre foi o de máquinas para madeiras, com alta de 74,3%. Segundo Mello, o aumento do número de habitações populares, impulsionado pelo maior poder aquisitivo da população de baixa renda, foi determinante para esse aumento. "Houve uma demanda muito grande por móveis de madeira", disse o executivo.
A faturamento das fabricantes de válvulas industriais também registrou alta, de 35,4%, fato que o presidente da Abimaq atribuiu ao crescente volume de investimentos da Petrobras em todo o Brasil.
Outros segmentos que registraram crescimento no faturamento foram os de bombas e motobombas, com alta de 15,8%; bens sob encomenda, 14,6%; e o de equipamentos hidráulicos e pneumáticos, com alta de 14%. No entanto, os fabricantes de máquinas para o setor têxtil, cujo comércio têm sentido forte impacto das mercadorias chinesas, registraram queda de 16% nas receitas.
"Com a entrada dos produtos chineses, as produtoras não estão investindo na ampliação da capacidade, por exemplo", explicou Mello.
Importações
Além do mercado chinês, outro ponto que tem atrapalhado o desempenho das indústrias de máquinas é a valorização do real em relação ao dólar. Em virtude disso, o consumo aparente, que representa o faturamento, descontadas as exportações e somadas as importações, o que Mello considerou a soma do que é absorvido pelo mercado brasileiro de máquinas e equipamentos, registrou crescimento de 13,7% no semestre, atingindo R$ 33 bilhões. Segundo Mello, foram registradas altas nas taxas nos últimos 12 meses.
No último semestre, 42,2% das máquinas compradas no Brasil foram importadas. Até junho de 2006, esse índice era de 39,3%. Assim, o déficit da balança comercial, que fechou o semestre em US$ 1,3 bilhão há um ano, atingiu US$ 2,1 bilhões nos seis primeiros meses de 2007. "Isso é explicado pelo câmbio. Ficou menos estimulante exportar", disse Mello.
Entre os países que mais exportaram máquinas do Brasil até junho estão os Estados Unidos, com US$ 1,1 bilhão dos US$ 4,7 bilhões exportados no total; a Argentina, com US$ 508 milhões; e Cingapura, com US$ 270 milhões. As exportações cresceram 21% e as importações, que atingiram US$ 6,8 bilhões, tiveram alta de 31% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
Análise
O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) divulgou ontem relatório em que aponta o desempenho das indústrias de máquinas e equipamentos como um sinal positivo para a economia geral.
Segundo o documento, "na categoria de bens de capital, que liderou o aumento da produção industrial brasileira no primeiro semestre, o segmento de máquinas e equipamentos, de maior peso nessa categoria e que desempenha um papel fundamental na ampliação da capacidade produtiva da economia, encontra-se numa forte trajetória de aceleração".
Além disso, o segmento de máquinas e equipamentos mostra sinais de uma trajetória de aceleração mais forte: as taxas acumuladas no ano até março, abril e maio, foram, respectivamente, de 13,1%, 15,2% e 17,4%. Segundo o IEDI, a indústria brasileira, que em maio cresceu 1,3% em relação a abril, aumentou 4,9% frente ao mesmo mês do ano anterior e acumula variação no ano de 4,4%.
Fonte: Gazeta Mercantil
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