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Notícias
23
jul
2007
(EXPORTAÇÃO)
As empresas brasileiras precisam investir mais no México
As empresas brasileiras precisam investir mais no México porque "há um considerável desequilíbrio entre os investimentos mexicanos no Brasil e os investimentos brasileiros no nosso país". A reclamação partiu do secretário de economia do México, Eduardo Soho, que participou hoje (20) do Encontro Empresarial Brasil - México organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Para Soho, "enquanto os mexicanos, desde 2002, já investiram US$ 15 bilhões no Brasil, os brasileiros investiram apenas US$ 700 milhões no México". Trata-se de um desequilíbrio de investimentos que tem diversas boas razões para ser corrigido. O secretário entende que as empresas brasileiras não estão explorando as grandes oportunidades que o México apresenta. "Além de ser um grande mercado consumidor que cada vez mais se expande, o país é uma ponte para exportar a 44 países que possuem 75% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, incluindo os Estados Unidos (EUA), com tarifas reduzidas ou nulas, propiciadas por acordos de comércio preferencial e de livre-comércio".
Soho disse ainda que há cinco outras boas razões para se investir no México, a estabilidade econômica (o que garante retorno seguro aos investimentos), a demografia (o país apresenta uma população bastante jovem - média de 28 anos - e, portanto, em condições de trabalhar), a localização geográfica (faz fronteira com os EUA, está bem perto do Canadá, razoavelmente próximo da União Européia e tem saída aos dois oceanos, Pacífico e Atlântico, sendo que o primeiro garante acesso ao mercado asiático), o desenvolvimento tecnológico-industrial e a visão de futuro voltada ao desenvolvimento (estas duas últimas condições encontradas na América Latina apenas no Brasil).
O Secretário lembrou ainda que "há também disparidade na balança comercial entre os dois países, favorecendo novamente o Brasil". Mas, concorda com o governo brasileiro, em intensificar as relações comerciais, duplicando as trocas em valores financeiros até 2010. Lembrou que o Brasil "já é o principal parceiro mexicano na América Latina", mas que "é possível melhorar o comércio bilateral, ampliando os acordos existentes nos próximos quatro anos".
Soho disse, inclusive, que seu governo fez um estudo econômico, considerando as exportações de Brasil e México para todo o mundo, e verificou que 361 produtos não são atualmente comercializados entre si e poderiam complementar muito bem as economias dos dois países. Quando questionado pela imprensa, o secretário disse que estes produtos estão agrupados, principalmente, nos setores automotriz, de eletroeletrônicos e de tecnologia de informação.
Finalmente, Soho declarou que "o México quer diversificar seu comércio internacional, dando prioridade à América Latina. Quer, portanto, ampliar suas relações com o Brasil, a principal economia da sub-região, e com os demais países através de acordos bilaterais de comércio preferencial e de livre-comércio, quando possível". Lembrou que "serão ampliados ou estabelecidos acordos de comércio com o Brasil, com a Argentina, com o Peru, com o Chile e com a Colômbia". Questionado novamente pelos jornalistas, disse que "os EUA não tem como interferir nas metas mexicanas porque o México é soberano e pode negociar com qualquer país"e que "o México não pode negociar diretamente com o Mercosul porque a legislação interna do bloco não permite" (não especificando se estava referindo-se ao bloco sul-americano ou ao Nafta - Acordo de Livre-comércio da América do Norte da qual os mexicanos fazem parte).
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, concordou com o secretário mexicano dizendo que "as empresas brasileiras deveriam realmente investir mais no México". Jorge ainda disse que iria reunir-se com Soho porque "uma das funções do ministério que comanda é ajudar na internacionalização das empresas brasileiras, especialmente quando diz respeito a investir num país que possue acordos preferenciais de comércio com 44 países que, juntos, representam atualmente 90% das pautas do comércio internacional do Brasil". O ministro brasileiro lembrou que "é preciso estimular as empresas brasileiras a investir também no Chile, outro país que possue acordos comerciais preferenciais com 50 países importantes, sendo assim, uma preciosa ponte de negócios para o Brasil".
Quanto ao desequilíbrio na balança comercial do Brasil com o México, Jorge lembrou que "com a valorização cambial, o problema vem sendo aos poucos reduzido". Ressaltou que "até o fim de junho deste ano (2007), as exportações brasileiras ao México foram de US$ 1,9 bilhão enquanto que as importações foram de US$ 868 milhões, números bem mais próximos se comparados ao mesmo período do ano anterior (2006)".
Para Soho, "enquanto os mexicanos, desde 2002, já investiram US$ 15 bilhões no Brasil, os brasileiros investiram apenas US$ 700 milhões no México". Trata-se de um desequilíbrio de investimentos que tem diversas boas razões para ser corrigido. O secretário entende que as empresas brasileiras não estão explorando as grandes oportunidades que o México apresenta. "Além de ser um grande mercado consumidor que cada vez mais se expande, o país é uma ponte para exportar a 44 países que possuem 75% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, incluindo os Estados Unidos (EUA), com tarifas reduzidas ou nulas, propiciadas por acordos de comércio preferencial e de livre-comércio".
Soho disse ainda que há cinco outras boas razões para se investir no México, a estabilidade econômica (o que garante retorno seguro aos investimentos), a demografia (o país apresenta uma população bastante jovem - média de 28 anos - e, portanto, em condições de trabalhar), a localização geográfica (faz fronteira com os EUA, está bem perto do Canadá, razoavelmente próximo da União Européia e tem saída aos dois oceanos, Pacífico e Atlântico, sendo que o primeiro garante acesso ao mercado asiático), o desenvolvimento tecnológico-industrial e a visão de futuro voltada ao desenvolvimento (estas duas últimas condições encontradas na América Latina apenas no Brasil).
O Secretário lembrou ainda que "há também disparidade na balança comercial entre os dois países, favorecendo novamente o Brasil". Mas, concorda com o governo brasileiro, em intensificar as relações comerciais, duplicando as trocas em valores financeiros até 2010. Lembrou que o Brasil "já é o principal parceiro mexicano na América Latina", mas que "é possível melhorar o comércio bilateral, ampliando os acordos existentes nos próximos quatro anos".
Soho disse, inclusive, que seu governo fez um estudo econômico, considerando as exportações de Brasil e México para todo o mundo, e verificou que 361 produtos não são atualmente comercializados entre si e poderiam complementar muito bem as economias dos dois países. Quando questionado pela imprensa, o secretário disse que estes produtos estão agrupados, principalmente, nos setores automotriz, de eletroeletrônicos e de tecnologia de informação.
Finalmente, Soho declarou que "o México quer diversificar seu comércio internacional, dando prioridade à América Latina. Quer, portanto, ampliar suas relações com o Brasil, a principal economia da sub-região, e com os demais países através de acordos bilaterais de comércio preferencial e de livre-comércio, quando possível". Lembrou que "serão ampliados ou estabelecidos acordos de comércio com o Brasil, com a Argentina, com o Peru, com o Chile e com a Colômbia". Questionado novamente pelos jornalistas, disse que "os EUA não tem como interferir nas metas mexicanas porque o México é soberano e pode negociar com qualquer país"e que "o México não pode negociar diretamente com o Mercosul porque a legislação interna do bloco não permite" (não especificando se estava referindo-se ao bloco sul-americano ou ao Nafta - Acordo de Livre-comércio da América do Norte da qual os mexicanos fazem parte).
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, concordou com o secretário mexicano dizendo que "as empresas brasileiras deveriam realmente investir mais no México". Jorge ainda disse que iria reunir-se com Soho porque "uma das funções do ministério que comanda é ajudar na internacionalização das empresas brasileiras, especialmente quando diz respeito a investir num país que possue acordos preferenciais de comércio com 44 países que, juntos, representam atualmente 90% das pautas do comércio internacional do Brasil". O ministro brasileiro lembrou que "é preciso estimular as empresas brasileiras a investir também no Chile, outro país que possue acordos comerciais preferenciais com 50 países importantes, sendo assim, uma preciosa ponte de negócios para o Brasil".
Quanto ao desequilíbrio na balança comercial do Brasil com o México, Jorge lembrou que "com a valorização cambial, o problema vem sendo aos poucos reduzido". Ressaltou que "até o fim de junho deste ano (2007), as exportações brasileiras ao México foram de US$ 1,9 bilhão enquanto que as importações foram de US$ 868 milhões, números bem mais próximos se comparados ao mesmo período do ano anterior (2006)".
Fonte: Rodrigo Lima - Panoramabrasil
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