Voltar
Notícias
19
jul
2007
(MÓVEIS)
Importação de móveis aumenta 45%
As exportações brasileiras de móveis estão perdendo fôlego: entre janeiro e abril o crescimento foi de 6,5% sobre igual período do ano passado; até maio, a taxa diminuiu para 5,6% e no fechamento do primeiro semestre a alta foi de 4,7%, totalizando US$ 474,4 milhões, ante US$ 453,2 milhões sobre o mesmo semestre de 2006. A política cambial que está tirando a competitividade lá fora é a mesma que facilita as importações: nos seis primeiros meses deste ano foi registrada a entrada de US$ 132,6 milhões em móveis comprados no exterior, recorde para o período. Este montante corresponde a um aumento de 45% sobre o mesmo intervalo de 2006.
"Embora a base de comparação seja um pouco baixa, a tendência é de que os volumes importados continuem crescentes", disse o diretor do Instituto de Estudos e marketing Industrial (Iemi), Marcelo Prado. Pelos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o crescimento médio anual das importações brasileiras nos últimos três anos foi de 25%. Se for mantida a regra. O Brasil poderá fechar o ano com importações ao redor de US$ 280 milhões. As exportações deverão ficar abaixo de US$ 1 bilhão, próximas de 2006, quando registrou US$ 970 milhões.
De acordo com Prado, dois segmentos estão liderando as compras lá fora, o de móveis de decoração direcionados para faixa de público com elevado poder aquisitivo, e também móveis para as classes C e D, que devem aparecer nas grandes redes do País em breve.
Quanto a exportação, a economista Maristela Longhi, futura presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs) o setor enfrenta dois obstáculos: a desvalorização cambial e o aumento de preço de matérias-primas, como chapas de madeira, MDP e MDF cujo peso médio no custo de produção gira ao redor de 60%. Estes dois vilões são responsáveis pela queda da rentabilidade (negócios são feitos com margens negativas) e a perda de competitividade.
O custo do MDF de 15mm em 2001, por exemplo, era de R$ 7,16 o m³. Hoje é de R$ 13,13, reajuste de 83,73%. "O importador não quer saber se houve aumento de custo aqui dentro. Os empresários trabalham com margens negativas acreditando que esta situação vai passar", disse Maristela. A compensação tem vindo com as vendas para o mercado interno, mas mesmo assim a rentabilidade caiu nos últimos três anos.
O economista Hélio Henkin, responsável pela elaboração do Cenário Moveleiro - Análise Econômica para Decisões Empresariais, estudo apoiado pelo Centro Gestor de Inovação Moveleira e Finep informou que desde o início dos anos 2000 o setor moveleiro apresenta forte evolução em termos de capacidade competitiva para a inserção no mercado externo.
Os Estados Unidos são os líderes nas compras brasileiras, mas no primeiro semestre de 2001, o Brasil exportou US$ 71,1 milhões de móveis para os EUA e manteve curva ascendente até 2005 quando atingiu o pico de US$ 201,7 milhões. Nos dois anos seguintes, entretanto, os volumes vêm caindo significativamente, para US$ 149,5 milhões ano passado e US$ 126,7 milhões no primeiro semestre de 2007. Para Henkin, o mercado americano é amplo e segmentado. O Brasil poderá continuar explorando os segmentos em que o preço não seja a variável determinante da escolha e onde criatividade, design e qualidade se combinam com o preço, permitindo a conquista de nichos.
Para o economista, será difícil para o País manter as vendas no segmento de móveis que estão na linha da combinação de preço baixo e menor grau de diferenciação e qualidade. Sobre a China, principal concorrente do Brasil nos EUA, Henkin disse que poderá enfrentar dificuldades, mas em termos relativos é provável que as condições competitivas e a de outros países asiáticos se deteriorem menos do que as brasileiras.
"É bom lembrar que os maiores exportadores de móveis para os EUA incluem Canadá, México, Malásia e Vietnã, cujas vantagens competitivas não estão sendo reduzidas, ao menos, não no mesmo ritmo dos problemas da indústria brasileira", disse. Mesmo com queda de 15% no comparativo do primeiro semestre de 2007 com 2006, os EUA responderam por 26,5% de tudo o que é exportado.
As pequenas e médias fábricas brasileira devem explorar os diferentes canais de distribuição e comercialização, mas de forma coerente com as suas escolhas estratégicas de produtos, mercados-alvo e segmentos, disse Henkin.
"Embora a base de comparação seja um pouco baixa, a tendência é de que os volumes importados continuem crescentes", disse o diretor do Instituto de Estudos e marketing Industrial (Iemi), Marcelo Prado. Pelos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o crescimento médio anual das importações brasileiras nos últimos três anos foi de 25%. Se for mantida a regra. O Brasil poderá fechar o ano com importações ao redor de US$ 280 milhões. As exportações deverão ficar abaixo de US$ 1 bilhão, próximas de 2006, quando registrou US$ 970 milhões.
De acordo com Prado, dois segmentos estão liderando as compras lá fora, o de móveis de decoração direcionados para faixa de público com elevado poder aquisitivo, e também móveis para as classes C e D, que devem aparecer nas grandes redes do País em breve.
Quanto a exportação, a economista Maristela Longhi, futura presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs) o setor enfrenta dois obstáculos: a desvalorização cambial e o aumento de preço de matérias-primas, como chapas de madeira, MDP e MDF cujo peso médio no custo de produção gira ao redor de 60%. Estes dois vilões são responsáveis pela queda da rentabilidade (negócios são feitos com margens negativas) e a perda de competitividade.
O custo do MDF de 15mm em 2001, por exemplo, era de R$ 7,16 o m³. Hoje é de R$ 13,13, reajuste de 83,73%. "O importador não quer saber se houve aumento de custo aqui dentro. Os empresários trabalham com margens negativas acreditando que esta situação vai passar", disse Maristela. A compensação tem vindo com as vendas para o mercado interno, mas mesmo assim a rentabilidade caiu nos últimos três anos.
O economista Hélio Henkin, responsável pela elaboração do Cenário Moveleiro - Análise Econômica para Decisões Empresariais, estudo apoiado pelo Centro Gestor de Inovação Moveleira e Finep informou que desde o início dos anos 2000 o setor moveleiro apresenta forte evolução em termos de capacidade competitiva para a inserção no mercado externo.
Os Estados Unidos são os líderes nas compras brasileiras, mas no primeiro semestre de 2001, o Brasil exportou US$ 71,1 milhões de móveis para os EUA e manteve curva ascendente até 2005 quando atingiu o pico de US$ 201,7 milhões. Nos dois anos seguintes, entretanto, os volumes vêm caindo significativamente, para US$ 149,5 milhões ano passado e US$ 126,7 milhões no primeiro semestre de 2007. Para Henkin, o mercado americano é amplo e segmentado. O Brasil poderá continuar explorando os segmentos em que o preço não seja a variável determinante da escolha e onde criatividade, design e qualidade se combinam com o preço, permitindo a conquista de nichos.
Para o economista, será difícil para o País manter as vendas no segmento de móveis que estão na linha da combinação de preço baixo e menor grau de diferenciação e qualidade. Sobre a China, principal concorrente do Brasil nos EUA, Henkin disse que poderá enfrentar dificuldades, mas em termos relativos é provável que as condições competitivas e a de outros países asiáticos se deteriorem menos do que as brasileiras.
"É bom lembrar que os maiores exportadores de móveis para os EUA incluem Canadá, México, Malásia e Vietnã, cujas vantagens competitivas não estão sendo reduzidas, ao menos, não no mesmo ritmo dos problemas da indústria brasileira", disse. Mesmo com queda de 15% no comparativo do primeiro semestre de 2007 com 2006, os EUA responderam por 26,5% de tudo o que é exportado.
As pequenas e médias fábricas brasileira devem explorar os diferentes canais de distribuição e comercialização, mas de forma coerente com as suas escolhas estratégicas de produtos, mercados-alvo e segmentos, disse Henkin.
Fonte: Gazeta Mercantil
Notícias em destaque

Veracel celebra uma década de transporte de celulose 100 por cento marítimo e a redução de mais de 100 mil toneladas de emissões de CO2
Veracel celebra uma década de transporte de celulose 100 por cento marítimo e a redução de mais de 100 mil toneladas...
(LOGÍSTICA)

AkzoNobel anuncia as Cores do Ano de 2026
As Cores do Ano de 2026 da AkzoNobel trazem o Ritmo do Blues para o mercado de acabamentos de madeira, com um trio de cores versáteis que...
(INTERNACIONAL)

Ibá relança Manual do Setor de Árvores Cultivadas na reta final do Prêmio de Jornalismo
Material tem por objetivo apresentar setor para jornalistas e auxiliar na apuração de pautas e reportagens; inscrições...
(EVENTOS)

Celulose brasileira fica totalmente isenta de tarifaço de Trump
Insumo usado na fabricação de papéis, fraldas e absorventes já estava na lista de exceções da sobretaxa...
(PAPEL E CELULOSE)

Com "Abrace este Projeto", Arauco e SENAI-MS transformam vidas e qualificam mão de obra para a indústria de celulose
Iniciativa visa capacitar mão de obra e fortalecer a economia regional com cursos técnicos em áreas estratégicas e...
(GERAL)

400 associações de produtos florestais assinam carta conjunta a Trump
Mais de 400 associações, empresas e proprietários de terras que representam o setor de produtos florestais assinaram...
(INTERNACIONAL)