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Notícias
19
jul
2007
(MEIO AMBIENTE)
Relatório de ONG diz que indústria chinesa ameaça florestas
O grande crescimento industrial da China e sua capacidade de absorver papel reciclado em alternativa à celulose salvaram muitas florestas do mundo da destruição, afirma um estudo divulgado nesta sexta-feira pela organização Forest Trends, que faz pesquisas florestais.
Mas as grandes importações de papel reciclado não suprem a crescente demanda do país mais populoso do mundo e sua necessidade de celulose é agora uma maldição para nações em desenvolvimento que lutam para combater o corte ilegal de árvores, indica o estudo.
A pesquisa foi divulgada em uma conjuntura na qual parece ter aumentado a preocupação de organizações ambientalistas em relação à influência chinesa no mercado mundial de papel e madeira.
O estudo indica que cerca de 60% da fibra usada na fabricação de papel e produtos semelhantes na China provém de papel reciclado, boa parte importado de Estados Unidos, Europa e Japão.
Nos últimos dez anos, estas importações aumentaram em mais de 500%, de 3,1 milhões de toneladas métricas em 1996 até 19,6 milhões de toneladas métricas em 2006.
Mas a China, que neste intervalo de tempo se tornou uma das maiores economias emergentes do mundo, precisa de muito mais do que isso para atender à sua demanda interna.
Como resultado, e também para suprir suas necessidades de exportação, a indústria chinesa focou seu interesse na aquisição de celulose proveniente da Indonésia e do leste da Rússia, onde o corte ilegal de árvores foi generalizado.
- A China é, de longe, o maior consumidor de papel reciclável. Isto é bom. Só nos últimos quatro anos, isto impediu que 65 milhões de toneladas deste tipo de papel chegassem aos lixões de EUA, Japão e Europa - afirmou Brian Stafford, analista da indústria de celulose e autor do estudo.
Especificamente no ano passado, o uso de papel reciclado na China em substituição aos provenientes de árvores para fabricar produtos de papel provavelmente impediu que 54 milhões de toneladas de madeira se transformassem em celulose, ressaltou Stafford.
Por outro lado, o analista disse que em sua pressa para atender à demanda interna e internacional de papel, principalmente de alta qualidade, os empresários chineses buscam celulose em países nos quais não se pode assegurar o que qualificou de “uma boa administração florestal”.
- O maior desafio é impedir que a maior demanda provoque uma destruição maior das florestas em lugares como Indonésia e leste da Rússia - disse Stafford.
- Existe a legítima preocupação de que o futuro crescimento da indústria do papel na China ocorra às custas de florestas naturais que já estão ameaçadas nos trópicos - acrescentou.
Grupos de ambientalistas compartilham desta inquietação, denunciando que a indústria chinesa atende à sua crescente demanda aumentando as importações de madeira e de polpa sem levar em conta sua origem.
Segundo o relatório, das 7,4 milhões de toneladas métricas de papel de alta qualidade para impressoras produzidas por empresas chinesas em 2005, apenas 64% podem ter sido originadas de “recursos madeireiros administrados de forma sustentável”.
O crescimento da indústria chinesa da celulose também teve impacto entre os produtores americanos, que se queixam de que as empresas do país asiático têm a vantagem desleal de contar com subsídios governamentais.
De acordo com o relatório, o crescimento da indústria chinesa de papel começou a ter uma grande influência na viabilidade dos programas de reciclagem nos Estados Unidos, na Europa e no Japão.
Em 2006, os Estados Unidos venderam à China 8,6 milhões de toneladas métricas de papel residual, o que representou o maior peso em volume de exportações americanas para o país asiático.
Segundo o relatório, já é comum que os navios que chegam carregados aos portos americanos com produtos chineses zarpem de volta cheios de papel reciclado.
Mas as grandes importações de papel reciclado não suprem a crescente demanda do país mais populoso do mundo e sua necessidade de celulose é agora uma maldição para nações em desenvolvimento que lutam para combater o corte ilegal de árvores, indica o estudo.
A pesquisa foi divulgada em uma conjuntura na qual parece ter aumentado a preocupação de organizações ambientalistas em relação à influência chinesa no mercado mundial de papel e madeira.
O estudo indica que cerca de 60% da fibra usada na fabricação de papel e produtos semelhantes na China provém de papel reciclado, boa parte importado de Estados Unidos, Europa e Japão.
Nos últimos dez anos, estas importações aumentaram em mais de 500%, de 3,1 milhões de toneladas métricas em 1996 até 19,6 milhões de toneladas métricas em 2006.
Mas a China, que neste intervalo de tempo se tornou uma das maiores economias emergentes do mundo, precisa de muito mais do que isso para atender à sua demanda interna.
Como resultado, e também para suprir suas necessidades de exportação, a indústria chinesa focou seu interesse na aquisição de celulose proveniente da Indonésia e do leste da Rússia, onde o corte ilegal de árvores foi generalizado.
- A China é, de longe, o maior consumidor de papel reciclável. Isto é bom. Só nos últimos quatro anos, isto impediu que 65 milhões de toneladas deste tipo de papel chegassem aos lixões de EUA, Japão e Europa - afirmou Brian Stafford, analista da indústria de celulose e autor do estudo.
Especificamente no ano passado, o uso de papel reciclado na China em substituição aos provenientes de árvores para fabricar produtos de papel provavelmente impediu que 54 milhões de toneladas de madeira se transformassem em celulose, ressaltou Stafford.
Por outro lado, o analista disse que em sua pressa para atender à demanda interna e internacional de papel, principalmente de alta qualidade, os empresários chineses buscam celulose em países nos quais não se pode assegurar o que qualificou de “uma boa administração florestal”.
- O maior desafio é impedir que a maior demanda provoque uma destruição maior das florestas em lugares como Indonésia e leste da Rússia - disse Stafford.
- Existe a legítima preocupação de que o futuro crescimento da indústria do papel na China ocorra às custas de florestas naturais que já estão ameaçadas nos trópicos - acrescentou.
Grupos de ambientalistas compartilham desta inquietação, denunciando que a indústria chinesa atende à sua crescente demanda aumentando as importações de madeira e de polpa sem levar em conta sua origem.
Segundo o relatório, das 7,4 milhões de toneladas métricas de papel de alta qualidade para impressoras produzidas por empresas chinesas em 2005, apenas 64% podem ter sido originadas de “recursos madeireiros administrados de forma sustentável”.
O crescimento da indústria chinesa da celulose também teve impacto entre os produtores americanos, que se queixam de que as empresas do país asiático têm a vantagem desleal de contar com subsídios governamentais.
De acordo com o relatório, o crescimento da indústria chinesa de papel começou a ter uma grande influência na viabilidade dos programas de reciclagem nos Estados Unidos, na Europa e no Japão.
Em 2006, os Estados Unidos venderam à China 8,6 milhões de toneladas métricas de papel residual, o que representou o maior peso em volume de exportações americanas para o país asiático.
Segundo o relatório, já é comum que os navios que chegam carregados aos portos americanos com produtos chineses zarpem de volta cheios de papel reciclado.
Fonte: Agencia EFE
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