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Notícias
10
jul
2007
(MADEIRA E PRODUTOS)
Informação pode ajudar madeira
Além da cotação do dólar, a falta de informação detalhada sobre a madeira brasileira é outra barreira para quem pretende exportar. O Serviço Florestal Brasileiro informa que houve muitos estudos sobre as características das madeiras brasileiras nos anos setenta e noventa e que o SBF e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) mantêm laboratórios de produtos florestais para este fim. Mas a dificuldade em se conseguir detalhes sobre a madeira brasileira na internet, ou junto a órgãos oficiais, mostra certa fragilidade no marketing do produto nacional. Segundo o coordenador do curso de engenharia florestal da Universidade Federal do Paraná, Dartagnan Baggio Emerenciano, "faltam investimentos em estudos para se compor os pacotes tecnológicos, que é a apuração das características técnicas e indicação das aplicações mais adequadas de cada espécie de madeira".
Enquanto faltam investimentos em pesquisa para se definir as propriedades físicas e mecânicas das madeiras comerciais brasileiras, o Conselho de Exportação de Madeira Dura Americana (AHEC), que reúne a maior parte dos produtores de madeira dura dos Estados Unidos, por exemplo, mantém um banco de dados com farta informação sobre seus produtos. De qualquer lugar do mundo é possível ter acesso a informações abundantes sobre a madeira estadunidense, tais como o grau de dificuldade ao cerrá-la, fixá-la com pregos, parafusos ou cola, além do resultado possível no acabamento de cada espécie. Outras informações técnicas, como a dureza da madeira, seu peso médio, gravidade específica e encolhimento volumétrico médio podem ser úteis, dependendo da destinação do material. Sobre o sicômoro americano, por exemplo, é possível saber, através de catálogos impressos, CD-ROM ou internet, que se trata de uma madeira que exige serra elétrica de alta velocidade para evitar lascas ao cortá-la. O carvalho vermelho americano, muitíssimo consumido nos Estados Unidos e bem aceito no mercado internacional, é boa madeira para o trabalho mecânico, simples de aparafusar e pregar. Por sua vez, o maple, muito usado na fabricação de guitarras, dá bons resultados ao passar pelo processo de curvatura a vapor.
"As únicas que têm pacotes tecnológicos no Brasil são as madeiras de cerne (parte central do tronco) da Amazônia", afirma Emerenciano, da UFPR. "O alburno (parte periférica do tronco) dessas árvores não é aproveitado, de modo que é preciso cortar 2,4 árvores comerciais para se obter o volume de uma", revela o engenheiro florestal.
De acordo com um estudo independente elaborado pelo International Institute for Environment and Development, em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a falta de informação é uma das principais barreiras no fornecimento de produtos madeireiros do Brasil. O documento mostra a opinião de importadores descontentes com informações prestadas por fornecedores brasileiros. "O quadro complica-se pela falta de informação sobre empresas, espécies (resistência, teor de umidade, etc.), tempo de entrega, problemas sazonais no fornecimento, etc. Devido à falta de informações claras, as propriedades das madeiras brasileiras são em grande parte determinadas por boatos e rumores", diz a pesquisa. Em outra parte do texto consta a observação "alguns importadores reclamam que as informações brasileiras são tão pobres que eles acabam assumindo o fardo de promover o marketing para o Brasil". Contudo, a pesquisa ressalva pontos positivos, como a observação de que " os produtores do Reino Unido observaram que estavam ocorrendo avanços com a introdução de informações básicas e padrões sobre produtos como compensado (por instituições como a ABIMCI – Associação Brasileira da Indústria da Madeira Processada Mecanicamente)".
Porthus Comunicação
Fabio Riesemberg
Jornalista – MTB 2802/11/21
(41)3072-3111 ou 9225-5230
Enquanto faltam investimentos em pesquisa para se definir as propriedades físicas e mecânicas das madeiras comerciais brasileiras, o Conselho de Exportação de Madeira Dura Americana (AHEC), que reúne a maior parte dos produtores de madeira dura dos Estados Unidos, por exemplo, mantém um banco de dados com farta informação sobre seus produtos. De qualquer lugar do mundo é possível ter acesso a informações abundantes sobre a madeira estadunidense, tais como o grau de dificuldade ao cerrá-la, fixá-la com pregos, parafusos ou cola, além do resultado possível no acabamento de cada espécie. Outras informações técnicas, como a dureza da madeira, seu peso médio, gravidade específica e encolhimento volumétrico médio podem ser úteis, dependendo da destinação do material. Sobre o sicômoro americano, por exemplo, é possível saber, através de catálogos impressos, CD-ROM ou internet, que se trata de uma madeira que exige serra elétrica de alta velocidade para evitar lascas ao cortá-la. O carvalho vermelho americano, muitíssimo consumido nos Estados Unidos e bem aceito no mercado internacional, é boa madeira para o trabalho mecânico, simples de aparafusar e pregar. Por sua vez, o maple, muito usado na fabricação de guitarras, dá bons resultados ao passar pelo processo de curvatura a vapor.
"As únicas que têm pacotes tecnológicos no Brasil são as madeiras de cerne (parte central do tronco) da Amazônia", afirma Emerenciano, da UFPR. "O alburno (parte periférica do tronco) dessas árvores não é aproveitado, de modo que é preciso cortar 2,4 árvores comerciais para se obter o volume de uma", revela o engenheiro florestal.
De acordo com um estudo independente elaborado pelo International Institute for Environment and Development, em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a falta de informação é uma das principais barreiras no fornecimento de produtos madeireiros do Brasil. O documento mostra a opinião de importadores descontentes com informações prestadas por fornecedores brasileiros. "O quadro complica-se pela falta de informação sobre empresas, espécies (resistência, teor de umidade, etc.), tempo de entrega, problemas sazonais no fornecimento, etc. Devido à falta de informações claras, as propriedades das madeiras brasileiras são em grande parte determinadas por boatos e rumores", diz a pesquisa. Em outra parte do texto consta a observação "alguns importadores reclamam que as informações brasileiras são tão pobres que eles acabam assumindo o fardo de promover o marketing para o Brasil". Contudo, a pesquisa ressalva pontos positivos, como a observação de que " os produtores do Reino Unido observaram que estavam ocorrendo avanços com a introdução de informações básicas e padrões sobre produtos como compensado (por instituições como a ABIMCI – Associação Brasileira da Indústria da Madeira Processada Mecanicamente)".
Porthus Comunicação
Fabio Riesemberg
Jornalista – MTB 2802/11/21
(41)3072-3111 ou 9225-5230
Fonte: Fabio Riesemberg - Porthus Comunicação
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