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Notícias

26
jun
2007
(EXPORTAÇÃO)
Recordes históricos nos fluxos comerciais de maio
No mês de maio, tanto as exportações quanto as importações atingiram seus maiores valores históricos, registrando desempenhos excepcionais em relação ao mesmo mês do ano passado. As exportações registraram alta de 32,8% em relação a maio de 2006, registrando o montante recorde de US$ 13,6 bilhões. Já as importações apresentaram crescimento de 34,3%, atingindo o recorde de US$ 9,8 bilhões em compras. Com isto, o saldo da balança comercial registrou alta de 29,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando o montante de US$ 3,9 bilhões em maio.

No acumulado nos cinco primeiros meses do ano, as exportações apresentam um crescimento de 21,5% em relação ao acumulado nos cinco primeiros meses de 2006, totalizando US$ 60,1 bilhões em vendas. As importações acumulam alta de 26,7% no ano, totalizando US$ 43,3 bilhões em compras. Como resultado, o saldo acumulado no ano apresentou um aumento significativo de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, registrando US$ 16,8 bilhões.

Verifica-se que tanto as exportações quanto as importações apresentam aceleração do ritmo de crescimento, mas o desempenho das importações é ainda significativamente superior, com alta de 25,9% contra apenas 19,1% de crescimento das exportações. Por sua vez, o saldo comercial acumula US$ 47,6 bilhões nos 12 meses encerrados em maio, apresentando alta de 7,1% em relação aos 12 meses anteriores.

Entre as classes de produtos de exportação, o maior destaque em termos de crescimento no mês de maio foram os produtos básicos, que registraram alta de 49,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na verdade, esta classe de produto apresenta-se como destaque em termos de taxa crescimento mensal desde fevereiro deste ano. Em seguida, com taxas de crescimento também muito significativas encontram-se os produtos semimanufaturados, com alta de 46,9% em relação a maio de 2006, e os manufaturados, com taxa de 22,5% para a mesma variação. No acumulado no ano, o crescimento dos básicos e dos semimanufaturados continuam bem superiores ao dos produtos manufaturados, com altas respectivas de 33,8%, 26,7% e 15,3%, revelando um desempenho bem mais positivo das commodities.

Nas variações acumuladas em 12 meses, os semimanufaturados se destacam, registrando até maio um crescimento significativo de 31,5%. A alta desses produtos está sendo comandada pelo bom desempenho das vendas de açúcar de cana (61,4%), couros e peles (36,6%), alumínio e suas ligas (34,1%) e produtos semimanufaturados de ferro ou aço (24,9%). Os básicos também apresentam bom desempenho, com alta de 22,4%, ao passo que os manufaturados vêm tendo o desempenho mais modesto, com crescimento de 15,3%.

Entre as categorias de uso de importação, a maior alta no mês foi registrada, mais uma vez, pelos bens de consumo duráveis, com alta de 45,2%. Em seguida, encontram-se os bens de capital e os bens intermediários, que registraram altas de 38% e 37,8%, respectivamente. Os bens de consumo não-duráveis também tiveram alta expressiva, de 33,7%, e os combustíveis tiveram desempenho mais moderado, com variação de 17,6% em relação a maio do ano passado. Nas variações acumuladas, os bens de consumo duráveis também são o principal destaque, apresentando 47% de variação no acumulado no ano e 69,4% em 12 meses. Em seguida, com variações expressivas, encontram-se os bens de consumo não-duráveis (37,5% no ano e 33,7% em 12 meses) e os bens de capital (29,3% no ano e 25,8% em 12 meses), ao passo que os bens intermediários (26,3% no ano e 23,4% em 12 meses) e os combustíveis (18,1% no ano e 24,7% em 12 meses) apresentaram variações mais moderadas.

NÚMEROS PRELIMINARES DE JUNHO

No mês de junho, a balança comercial brasileira até a terceira semana do mês registrou uma média diária de US$ 646,2 milhões para as exportações e de US$ 473,7 milhões para as importações. Mantidos estes números, as exportações fechariam o mês em torno de US$ 12,9 bilhões, com alta de 13% em relação a junho de 2006 e um crescimento acumulado no ano em torno de 20%. Por sua vez, as importações, alcançariam cerca de US$ 9,5 bilhões em junho, registrando um crescimento de 28,6% em relação ao mesmo mês do ano passado e uma alta acumulada de 27% no ano. Com isto, o saldo comercial encerraria o mês de junho em US$ 3,5 bilhões, com queda de 15,1% em relação a junho de 2006, e US$ 47 bilhões no saldo acumulado em 12 meses.

Estes números permitem manter as estimativas feitas no Boletim anterior. As exportações devem ficar próximas de US$ 157 bilhões, o que significaria uma alta de 14,2% em relação ao ano passado. As importações, por sua vez, ficariam em torno de US$ 114 bilhões, com alta de 24,7%. O saldo comercial fecharia o ano em US$ 43 bilhões.

VARIAÇÃO DO QUANTUM DE EXPORTAÇÃO EM MAIO FOI NOVAMENTE SUPERIOR A DOS PREÇOS

Pelo segundo mês consecutivo, o crescimento do valor exportado foi mais fortemente influenciado pelo aumento das quantidades. Em maio, o quantum registrou alta de 21,3% em relação ao mesmo mês do ano passado contra 9,6% de crescimento nos preços (Tabela 1). No acumulado nos cinco primeiros meses do ano, o desempenho do quantum já superou o dos preços, registrando alta de 10,9% contra variação acumulada de 9,4% nos preços.de exportação, em relação ao mesmo período do ano passado.

No que se refere ao desempenho das taxas de crescimento em 12 meses dos índices de preço e quantum exportado, o desempenho dos preços mantém-se em desaceleração desde outubro de 2006. Já o quantum registra forte recuperação nos últimos dois meses. Mesmo assim, o desempenho dos preços ainda é superior ao do quantum, que, nos 12 meses encerrados em maio, registrou alta de 6,8%, contra 11,3% de crescimento nos preços.

Quanto às classes de produtos, os semimanufaturados mantiveram-se como o principal destaque em termos de preços exportados no mês, registrando alta de 14,1% em relação a maio de 2006. Em seguida destacam-se os produtos básicos e os manufaturados, que registraram crescimento de, respectivamente, 12% e 7,4% na mesma comparação. Em termos de variações acumuladas, os semimanufaturados também apresentam as maiores altas, atingindo 17,5% de crescimento nos cinco primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, e cerca de 22% nos 12 meses encerrados em maio. Por sua vez, os produtos básicos (9,2% no ano e 7,4% em 12 meses) e os manufaturados (8,4 no ano e 11,1% em 12 meses) apresentaram variações acumuladas mais moderadas.

Em termos de quantum exportado, os produtos básicos apresentam-se como o principal destaque, em todas as variações acumuladas, registrando alta de 34,1% no mês, 22,5% no acumulado no ano e 13,6% no acumulado em 12 meses. Este desempenho vem sendo impulsionado pelo aumento das exportações de milho em grão (alta de 518,8% em 12 meses) e óleos brutos de petróleo (37,8% em 12 meses). Já os semimanufaturados e os manufaturados apresentaram uma significativa melhora dos seus desempenhos em maio, registrando altas de 28,3% e 14%, respectivamente, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No entanto, nas variações acumuladas, tanto os semimanufaturados (7,4% no ano e 7,7% em 12 meses) quanto os manufaturados (6,5% no ano e 3,7% em 12 meses) apresentaram desempenhos bem mais moderados.

Entre as categorias de uso das exportações, os resultados foram bem menos representativos entre os preços, destacando-se com as maiores altas no mês de maio os bens intermediários (13% em relação a maio de 2006), os bens de consumo não-duráveis (9% na mesma comparação), os bens de consumo duráveis (4%) e os bens de capital (1,5%), enquanto os combustíveis foram responsáveis pela única queda no mês (−0,3%).

No acumulado em 12 meses também ocorre o mesmo, com as variações mais significativas de preços sendo registradas pelos bens intermediários (13,6% nos 12 meses até maio), os bens de consumo não-duráveis (11,6% em 12 meses), os combustíveis (9,6% em 12 meses) e os bens de consumo duráveis (8,6% em 12 meses). Em seguida, com a menor variação acumulada até maio, encontram-se os bens de capital (3,5%).

Já em termos de quantum exportado, os melhores desempenhos entre as categorias de uso no mês de maio foram registrados pelos combustíveis (alta de 96,6% em relação a maio do ano passado), seguidos pelos bens de consumo não-duráveis (20%), os bens intermediários (18,4%) e os bens de capital (14,1%), ao passo que os bens de consumo duráveis apresentaram retração de 2% no quantum exportado. No acumulado em 12 meses, o mesmo comportamento se repete, com as maiores variações sendo observadas entre os combustíveis (23,2% em 12 meses), os bens intermediários (7,2% em 12 meses), os bens de consumo não-duráveis (6,3% em 12 meses) e os bens de capital (1,8% em 12 meses), ao passo que os bens de consumo não-duráveis apresentam-se em queda (−10% em 12 meses).

O desempenho dos preços dos combustíveis encontra-se em queda gradativa desde março de 2006, podendo atingir taxas negativas nos próximos meses.

QUANTUM COMANDA O DESEMPENHO DAS IMPORTAÇÕES EM MAIO

Mais uma vez o bom desempenho das importações no mês deveu-se ao aumento das quantidades importadas, tal que o quantum importado registrou crescimento de 28,8% em relação a maio do ano passado, contra alta de apenas 3,9% nos preços. No acumulado nos cinco primeiros meses do ano o quantum também tem desempenho superior, registrando crescimento de 23,1%, contra 2,6% de variação nos preços.

No desempenho dos índices de preço e quantum das importações em termos de variações acumuladas em 12 meses, verifica-se que o crescimento do quantum importado continua em ligeira ascensão, registrando alta de 20,3% até maio, contra variação de 4,7% nos preços, que permanecem em desaceleração.

No mês de maio, o desempenho do quantum importado foi altamente significativo para praticamente todas as categorias de uso. Os bens de consumo duráveis foram o principal destaque em termos de crescimento em relação ao mesmo mês do ano passado, registrando alta de 46,7% em maio, seguidos pelos bens de capital (37,5% no mês), os bens intermediários (32,4%), os combustíveis (14,1%) e os bens de consumo não-duráveis (11,1%).

Nas variações acumuladas, os melhores desempenhos foram registrados pelos bens de consumo duráveis (49,1% no ano e 65,1% em 12 meses), os bens de capital (31,7% no ano e 26,7% em 12 meses), os bens de consumo não-duráveis (23,7% no ano e 20,1% em 12 meses) e os bens intermediários (22,3% no ano e 19,4% em 12 meses), ao passo que os combustíveis apresentaram crescimento moderado (15% no ano e 11,6% em 12 meses).

Por sua vez, a maior alta nos preços de importação entre as categorias de uso foi registrada pelos bens de consumo não-duráveis, que apresentaram variação de 20,1% em maio em relação ao mesmo mês do ano passado. Em seguida, com desempenhos menos expressivos, encontram-se os bens intermediários (alta de 4,1% no mês), os combustíveis (3% em maio), os bens de consumo duráveis (0,3% no mês) e os bens de capital (0,1% no mês).

No acumulado nos cinco primeiros meses do ano, as maiores altas continuam sendo registradas pelos bens de consumo não-duráveis (11,2% em relação ao mesmo período do ano passado), os bens intermediários (3,4% no ano) e os combustíveis (3% no ano), visto as demais categorias terem apresentado novamente retração nos preços de importação, de cerca de −0,4% para os bens de consumo duráveis e −2,2% para os bens de capital, na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado. No acumulado em 12 meses, as maiores variações foram registradas pelos combustíveis (11,9%) e pelos bens de consumo não-duráveis (11,3%). Em seguida, com altas moderadas, encontram-se os bens de consumo duráveis (3,5% no acumulado em 12 meses) e os bens intermediários (3,3%) ao passo que os bens de capital mantém-se em queda (−0,9% no acumulado em 12 meses).

Fonte: Funcex

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