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Notícias
22
mai
2007
(ECONOMIA)
Alerta vermelho a empresários
"Fundo do poço" e "situação desesperadora" foram alguns dos argumentos utilizados por representantes do setor moveleiro durante audiência realizada na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados. Apesar de haver outros fatores que vêm desfavorecendo o setor, o câmbio é apontado como o principal algoz dos exportadores.
Cerca de 40 representantes da cadeia produtiva de móveis do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina estiveram em Brasília durante a audiência. Na opinião do vice-presidente da Associação dos Fabricantes de Móveis do RS (Movergs), Jorge Mattiello, caso o governo não interfira no cenário atual, os fabricante de móveis terão de repensar o posicionamento no mercado. Entre as saídas está o remanejamento dos produtos para o mercado interno. Ele alerta, porém, que não há espaço para todos atuarem:
- O setor não suporta o dólar a R$ 1,90. A grande maioria não tem como sobreviver. A produção exportada corresponde a cerca de 20% da produção nacional. Vai ser uma guerra, desabafa.
No Estado, foram fechados 7 mil postos de trabalho nos últimos três anos. O setor mantém 28 mil empregos. O presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário da Região das Hortênsias (Sindmobil), Lauro Lovato, conta que há três anos a região possuía 20 empresas com vendas para o Exterior. Hoje, são apenas duas, ainda assim os percentuais são mínimos.
- Já estamos fora do mercado.
As queixas
Entre as demandas apresentadas pelos moveleiros ontem estão devolução dos créditos de impostos como PIS, Cofins e IPI, criação de um dólar exportação, fixado em R$ 2,35, desoneração da folha de pagamento para exportadores, isenção de tributos para importação de maquinário.
Em princípio, a desoneração da folha é a única medida estudada pelo governo. A Movergs diz que o impacto da medida seria pequeno, de apenas 2% nos custos das empresas.
Quem ganha
Consumidor: a concorrência dos produtos importados faz os preços caírem, com reflexo positivo na inflação.
Importadores: o barateamento de matérias-primas importadas favorece alguns setores da indústria.
Viagens: os gastos dos brasileiros com viagens externas atingiram recorde de US$ 6 bilhões em 12 meses terminados em fevereiro.
Quem perde
Indústrias exportadoras: a exportação de industrializados perde competitividade com o dólar desvalorizado ante o real.
Balança comercial: nos 12 meses terminados em março, o saldo comercial teve a primeira queda desde 2001.
Empregos: pressionados pela concorrência internacional, tanto no mercado doméstico quanto no de exportação, setores intensivos em mão de obra, como a indústria têxtil e de confecção e calçados, têm reduzido custos, o que inclui corte de pessoal.
Por que o dólar cai
Sem crises internacionais e com juros baixos nos EUA, Europa e Ásia, há muito dinheiro no mundo.
A estabilidade da economia brasileira atrai dinheiro ao país. Quanto mais entram dólares, mais cai a cotação.
As altas taxas de juros atraem investimentos estrangeiros
Amparo
O secretário estadual de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Nelson Proença, anunciou que, em junho, será lançado o Programa de Amparo aos Exportadores, para incentivar empresas por meio da promoção comercial e inovação tecnológica.
Cerca de 40 representantes da cadeia produtiva de móveis do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina estiveram em Brasília durante a audiência. Na opinião do vice-presidente da Associação dos Fabricantes de Móveis do RS (Movergs), Jorge Mattiello, caso o governo não interfira no cenário atual, os fabricante de móveis terão de repensar o posicionamento no mercado. Entre as saídas está o remanejamento dos produtos para o mercado interno. Ele alerta, porém, que não há espaço para todos atuarem:
- O setor não suporta o dólar a R$ 1,90. A grande maioria não tem como sobreviver. A produção exportada corresponde a cerca de 20% da produção nacional. Vai ser uma guerra, desabafa.
No Estado, foram fechados 7 mil postos de trabalho nos últimos três anos. O setor mantém 28 mil empregos. O presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário da Região das Hortênsias (Sindmobil), Lauro Lovato, conta que há três anos a região possuía 20 empresas com vendas para o Exterior. Hoje, são apenas duas, ainda assim os percentuais são mínimos.
- Já estamos fora do mercado.
As queixas
Entre as demandas apresentadas pelos moveleiros ontem estão devolução dos créditos de impostos como PIS, Cofins e IPI, criação de um dólar exportação, fixado em R$ 2,35, desoneração da folha de pagamento para exportadores, isenção de tributos para importação de maquinário.
Em princípio, a desoneração da folha é a única medida estudada pelo governo. A Movergs diz que o impacto da medida seria pequeno, de apenas 2% nos custos das empresas.
Quem ganha
Consumidor: a concorrência dos produtos importados faz os preços caírem, com reflexo positivo na inflação.
Importadores: o barateamento de matérias-primas importadas favorece alguns setores da indústria.
Viagens: os gastos dos brasileiros com viagens externas atingiram recorde de US$ 6 bilhões em 12 meses terminados em fevereiro.
Quem perde
Indústrias exportadoras: a exportação de industrializados perde competitividade com o dólar desvalorizado ante o real.
Balança comercial: nos 12 meses terminados em março, o saldo comercial teve a primeira queda desde 2001.
Empregos: pressionados pela concorrência internacional, tanto no mercado doméstico quanto no de exportação, setores intensivos em mão de obra, como a indústria têxtil e de confecção e calçados, têm reduzido custos, o que inclui corte de pessoal.
Por que o dólar cai
Sem crises internacionais e com juros baixos nos EUA, Europa e Ásia, há muito dinheiro no mundo.
A estabilidade da economia brasileira atrai dinheiro ao país. Quanto mais entram dólares, mais cai a cotação.
As altas taxas de juros atraem investimentos estrangeiros
Amparo
O secretário estadual de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Nelson Proença, anunciou que, em junho, será lançado o Programa de Amparo aos Exportadores, para incentivar empresas por meio da promoção comercial e inovação tecnológica.
Fonte: Click RBS
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