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Notícias
20
mai
2007
(EXPORTAÇÃO)
Corrientes venderá madeira a Fray Bentos via Brasil
O Governador de Corrientes, Arturo Colombi, disse que está disposto a que, a partir de sua província se venda madeira a Botnia através do trânsito pelas rotas brasileiras, para evitar os piquetes na fronteira argentino-uruguaia.
É a primeira baixa importante que sofrem os ambientalistas de Gualeguaychú desde que começou o conflito bilateral, já que o internaliza e abre uma frente de batalha que tende a dividir suas “tropas”. Colombi prognosticou que, em 2030, haverá mais de 10 novas empresas de papel e celulose instaladas na região, e que seu país não deveria ficar de fora: “Não se deve dizer ‘não’ às industrias do papel (papeleras), é preciso dizer ‘sim’ com o menor impacto possível”, argumenta.
Recorrendo à estratégia do professor de Entre Rios, especialista em marketing, José María Blanco - de cuja insólita teoria sobre as semelhanças entre a guerra do Vietnã e a luta dos ambientalistas de Gualeguaychú contra Botnia recentemente observamos -, a atitude de Colombi deveria ser interpretada quase como um ato de traição à pátria argentina. Entretanto, de fato não é a primeira vez que o Governador de Corrientes demonstra seu apoio à indústria florestal como um todo. De fato, em Corrientes, existem pelo menos três projetos de instalação de indústria de papel e celulose sobre o rio Paraná, e se encontra bastante avançada outra iniciativa de capitais suecos - com um investimento que chega a quase 500 milhões de dólares- para construir uma fábrica de biocombustível sobre o rio Uruguai.
Colombi fez as polêmicas declarações ao Diario Junio de Entre Ríos, logo após participar da inauguração do “INTA Expone NEA 2007”, uma feira temática realizada em Corrientes. Se, por um lado, o Governador apoiou a reivindicação dos ambientalistas e do governo argentino no que diz respeito à questão de o “Uruguai ter violado o Tratado do Rio Uruguai”, ao aprovar a presença da Botnia, afirmou que se tratava de “um problema pontual”. Entretanto, a atitude tomada obviamente não coincide “com a frase ‘Não às papeleras’, porque ela é integral a todas as regiões argentinas. E nas que temos desenvolvimento florestal o fazemos pensando numa industrialização final, como Entre Rios também o fez”.
Assim, Colombi lembra tacitamente o apoio que o seu colega de Entre Rios, Jorge Busti, certa vez deu à indústria de base florestal. O Governador de Corrientes convidou-o a não perder a perspectiva e pediu para ele planificar políticas de médio e longo prazo: “É necessário situar-se no ano 2030 e ver a realidade”.
O que se vê é que a demanda por papel aumenta exponencialmente e a zona que pode chegar a fornecê-lo está formada por Brasil, Uruguai e a Mesopotâmia Argentina”, sinalizou. O mandatário prognosticou que para este ano haverá “dez ou doze indústrias” instaladas na zona, e perguntou: “Onde vão se instalar? Como? Vão contaminar ou não?”. Para responder: “As respostas deveriam servir para marcos regulatórios e organismos como o Mercosul”.
É a primeira baixa importante que sofrem os ambientalistas de Gualeguaychú desde que começou o conflito bilateral, já que o internaliza e abre uma frente de batalha que tende a dividir suas “tropas”. Colombi prognosticou que, em 2030, haverá mais de 10 novas empresas de papel e celulose instaladas na região, e que seu país não deveria ficar de fora: “Não se deve dizer ‘não’ às industrias do papel (papeleras), é preciso dizer ‘sim’ com o menor impacto possível”, argumenta.
Recorrendo à estratégia do professor de Entre Rios, especialista em marketing, José María Blanco - de cuja insólita teoria sobre as semelhanças entre a guerra do Vietnã e a luta dos ambientalistas de Gualeguaychú contra Botnia recentemente observamos -, a atitude de Colombi deveria ser interpretada quase como um ato de traição à pátria argentina. Entretanto, de fato não é a primeira vez que o Governador de Corrientes demonstra seu apoio à indústria florestal como um todo. De fato, em Corrientes, existem pelo menos três projetos de instalação de indústria de papel e celulose sobre o rio Paraná, e se encontra bastante avançada outra iniciativa de capitais suecos - com um investimento que chega a quase 500 milhões de dólares- para construir uma fábrica de biocombustível sobre o rio Uruguai.
Colombi fez as polêmicas declarações ao Diario Junio de Entre Ríos, logo após participar da inauguração do “INTA Expone NEA 2007”, uma feira temática realizada em Corrientes. Se, por um lado, o Governador apoiou a reivindicação dos ambientalistas e do governo argentino no que diz respeito à questão de o “Uruguai ter violado o Tratado do Rio Uruguai”, ao aprovar a presença da Botnia, afirmou que se tratava de “um problema pontual”. Entretanto, a atitude tomada obviamente não coincide “com a frase ‘Não às papeleras’, porque ela é integral a todas as regiões argentinas. E nas que temos desenvolvimento florestal o fazemos pensando numa industrialização final, como Entre Rios também o fez”.
Assim, Colombi lembra tacitamente o apoio que o seu colega de Entre Rios, Jorge Busti, certa vez deu à indústria de base florestal. O Governador de Corrientes convidou-o a não perder a perspectiva e pediu para ele planificar políticas de médio e longo prazo: “É necessário situar-se no ano 2030 e ver a realidade”.
O que se vê é que a demanda por papel aumenta exponencialmente e a zona que pode chegar a fornecê-lo está formada por Brasil, Uruguai e a Mesopotâmia Argentina”, sinalizou. O mandatário prognosticou que para este ano haverá “dez ou doze indústrias” instaladas na zona, e perguntou: “Onde vão se instalar? Como? Vão contaminar ou não?”. Para responder: “As respostas deveriam servir para marcos regulatórios e organismos como o Mercosul”.
Fonte: Uruguai - La Diária
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