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Notícias
09
mai
2007
(CARBONO)
Árvore que retém mais carbono é o eucalipto
A árvore "campeã" no combate aos poluentes a quem são atribuídas as alterações climatéricas é, em Portugal, o eucalipto, de acordo com estudos realizados em três tipos diferentes de coberto vegetal.
De acordo com dados do professor universitário de Ecologia Florestal João Santos Pereira, medições que vêm sendo realizadas numa plantação de eucaliptos perto de Pegões, concelho de Palmela, indicam que aquela árvore de crescimento rápido é a que retém da atmosfera mais dióxido de carbono, considerado o principal responsável pelo aquecimento global da atmosfera.
Elementos recolhidos pelos cientistas indicam que naquele eucaliptal a retenção de carbono variou entre as 7,45 toneladas de carbono por hectare e por ano, em 2003, e 4,77 toneladas em 2006.
Em comparação, valores obtidos num montado de sobreiros perto de Évora indicaram que a retenção de carbono por aquelas árvores foi de 0,47 toneladas por hectare/ano de área arborizada em 2003 e de 1,8 toneladas no ano passado.
A explicação para esta diferença está, segundo os cientistas, no facto de as árvores que crescem mais rapidamente terem uma capacidade superior para reter o dióxido de carbono, que através da fotossíntese das folhas transformam depois em oxigênio.
O resultado efectivo da retenção é obtido através da subtracção ao total de dióxido de carbono absorvido durante o dia, quando exposta à luz solar, da chamada respiração, que a árvore realiza durante a noite, com a ausência de luz, em que devolve à atmosfera parte do gás poluente retido com a iluminação natural.
Em declarações à agência Lusa, João Santos Pereira, presidente do Conselho Científico do Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, acrescentou que os resultados obtidos nas pastagens indicam valores de sequestro de carbono pelas ervas semelhantes aos do montado, cerca de 1,97 toneladas por hectare/ano em 2006, no caso de outra herdade dos arredores de Évora. Dados reunidos pelo investigador indicam que nos restantes países europeus os números são semelhantes: média de 1,5 toneladas de carbono por hectare/ano nas pastagens, enquanto nas florestas esses valores sobem para entre cinco a seis toneladas por hectare.
As estimativas, acrescenta João Santos Pereira, indicam que as florestas da União Europeia retiveram sete a 12% do carbono emitido em 1995 pela queima de combustíveis fósseis - petróleo, gás e carvão. Em Portugal não foram ainda feitas medições referentes a áreas florestadas com pinheiro bravo, mas no Sul de França foram atingidos valores na ordem das seis toneladas por hectare/ano.
Embora sem se conhecerem cálculos sobre o total de carbono retido pela floresta portuguesa, admitindo que cada um dos 700 mil hectares de montado existentes no país retenha 1,8 toneladas de carbono ano, como sucedeu nas medições realizadas perto de Évora, no total conseguiriam retirar da atmosfera 1,26 milhões de toneladas de carbono.
Contudo estes cálculos pecarão sempre pela falta de rigor, dado o grande número de variantes a ter em conta, nomeadamente as características dos diferentes montados ou as distintas densidades de árvore por hectare, entre outras. Mesmo assim e para dar uma ideia do que está em causa, o valor calculado de 1,26 milhões de toneladas não chega a 2% das 88,44 milhões de toneladas de carbono libertadas para a atmosfera em Portugal no ano passado, de acordo com dados do Instituto do Ambiente.
De acordo com dados do professor universitário de Ecologia Florestal João Santos Pereira, medições que vêm sendo realizadas numa plantação de eucaliptos perto de Pegões, concelho de Palmela, indicam que aquela árvore de crescimento rápido é a que retém da atmosfera mais dióxido de carbono, considerado o principal responsável pelo aquecimento global da atmosfera.
Elementos recolhidos pelos cientistas indicam que naquele eucaliptal a retenção de carbono variou entre as 7,45 toneladas de carbono por hectare e por ano, em 2003, e 4,77 toneladas em 2006.
Em comparação, valores obtidos num montado de sobreiros perto de Évora indicaram que a retenção de carbono por aquelas árvores foi de 0,47 toneladas por hectare/ano de área arborizada em 2003 e de 1,8 toneladas no ano passado.
A explicação para esta diferença está, segundo os cientistas, no facto de as árvores que crescem mais rapidamente terem uma capacidade superior para reter o dióxido de carbono, que através da fotossíntese das folhas transformam depois em oxigênio.
O resultado efectivo da retenção é obtido através da subtracção ao total de dióxido de carbono absorvido durante o dia, quando exposta à luz solar, da chamada respiração, que a árvore realiza durante a noite, com a ausência de luz, em que devolve à atmosfera parte do gás poluente retido com a iluminação natural.
Em declarações à agência Lusa, João Santos Pereira, presidente do Conselho Científico do Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, acrescentou que os resultados obtidos nas pastagens indicam valores de sequestro de carbono pelas ervas semelhantes aos do montado, cerca de 1,97 toneladas por hectare/ano em 2006, no caso de outra herdade dos arredores de Évora. Dados reunidos pelo investigador indicam que nos restantes países europeus os números são semelhantes: média de 1,5 toneladas de carbono por hectare/ano nas pastagens, enquanto nas florestas esses valores sobem para entre cinco a seis toneladas por hectare.
As estimativas, acrescenta João Santos Pereira, indicam que as florestas da União Europeia retiveram sete a 12% do carbono emitido em 1995 pela queima de combustíveis fósseis - petróleo, gás e carvão. Em Portugal não foram ainda feitas medições referentes a áreas florestadas com pinheiro bravo, mas no Sul de França foram atingidos valores na ordem das seis toneladas por hectare/ano.
Embora sem se conhecerem cálculos sobre o total de carbono retido pela floresta portuguesa, admitindo que cada um dos 700 mil hectares de montado existentes no país retenha 1,8 toneladas de carbono ano, como sucedeu nas medições realizadas perto de Évora, no total conseguiriam retirar da atmosfera 1,26 milhões de toneladas de carbono.
Contudo estes cálculos pecarão sempre pela falta de rigor, dado o grande número de variantes a ter em conta, nomeadamente as características dos diferentes montados ou as distintas densidades de árvore por hectare, entre outras. Mesmo assim e para dar uma ideia do que está em causa, o valor calculado de 1,26 milhões de toneladas não chega a 2% das 88,44 milhões de toneladas de carbono libertadas para a atmosfera em Portugal no ano passado, de acordo com dados do Instituto do Ambiente.
Fonte: Diário dos Açores. Adaptado por Celulose Online.
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