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Notícias
08
mai
2007
(MEIO AMBIENTE)
Em debate criação do Distrito Florestal Sustentável do Carajás
O Serviço Florestal Brasileiro promoverá, de 14 a 18 de maio, audiências públicas em quatro municípios dos estados do Pará, Maranhão e Tocantins para debater a criação do Distrito Florestal Sustentável do Carajás. As audiências têm apoio da Casa Civil, de sete ministérios e dos três governos estaduais, e servirão para debater, com os principais interessados, propostas para a criação do Distrito.
Após as audiências, uma minuta de decreto presidencial será elaborada e encaminhada à Casa Civil da Presidência da República. A expectativa é que o decreto de criação do DFS do Carajás saia no segundo semestre deste ano. Todo o material com características da região e potencial do novo distrito estão disponíveis na página eletrônica do Serviço Florestal Brasileiro (www.servicoflorestal.gov.br ); informações poderão ser solicitadas pelo correio eletrônico: info@sfb.gov.br
Distritos Florestais Sustentáveis são áreas delimitadas territorialmente, onde são priorizadas políticas de fomento a atividades administrativas e econômicas sustentáveis. Essas áreas são beneficiárias de políticas fundiária, de infra-estrutura, de desenvolvimento indústrial, de gestão territorial, de assistência técnica e de educação.
A região do Pólo Siderúrgico do Carajás, na fronteira dos estados do Pará, Tocantins e Maranhão, é a maior produtora de minério de ferro do mundo. Ela concentra 14 indústrias processadoras de ferro-gusa, que, juntas, consomem anualmente cerca de 13 milhões de metros cúbicos de lenha, transformada em carvão vegetal para aquecimento dos fornos. Além da atividade de siderurgia, a região abriga 11 pólos madeireiros, que extraem cerca de 3,3 milhões de metros cúbicos de madeira em tora.
A região é também conhecida pela produtividade de carne bovina, abatendo 10 mil cabeças/dia. Dentre as atividades tradicionais, destaca-se a cultura do babaçu, cujo fruto, folhas e tronco possuem grande potencial econômico. A região de Carajás é uma das áreas de maior concentração de assentamentos no Brasil, distribuídos por três milhões de hectares.
Desmatamento - O desmatamento ilegal produziu grande passivo ambiental. A atividade atinge 40% da região e a madeira é explorada de forma predatória. Tanto assim que, de 2005 a 2006, foram apreendidos 200 mil metros cúbicos de carvão; os autos de infração lavrados nesse período resultaram em multas, somadas, no valor de R$ 500 milhões.
Para organizar e regularizar as atividades econômicas locais, o governo federal, liderado pela Casa Civil, e em parceria com os governos do Pará, Maranhão e Tocantins, decidiu estudar a criação de um distrito florestal sustentável na região.
Com foco no reflorestamento, que recuperaria a cobertura nativa, o distrito de Carajás abasteceria as indústrias siderúrgicas de modo sustentável, criando oportunidades de trabalho em 1,5 milhão de hectares de floresta, em 9,6 milhões hectares de área desmatada (para plantio) e mais 4,8 milhões (reserva legal a ser recuperada). Isto equivaleria a uma produção sustentável de madeira na ordem de 5 milhões metros cúbicos de toras para indústria e de 17 milhões de m3 para carvão vegetal.
Dentre as ações planejadas para a região, destaca-se um programa de difusão da silvicultura de espécies nativas, viabilizado por meio de uma parceria entre o Serviço Florestal Brasileiro e a Embrapa. Outros projetos incluiriam o zoneamento ecológico-econômico regional, programas de crédito florestal com compra antecipada, regularização fundiária, programas de desenvolvimento tecnológico de produtos florestais, programa de desenvolvimento regional sustentável.
Após as audiências, uma minuta de decreto presidencial será elaborada e encaminhada à Casa Civil da Presidência da República. A expectativa é que o decreto de criação do DFS do Carajás saia no segundo semestre deste ano. Todo o material com características da região e potencial do novo distrito estão disponíveis na página eletrônica do Serviço Florestal Brasileiro (www.servicoflorestal.gov.br ); informações poderão ser solicitadas pelo correio eletrônico: info@sfb.gov.br
Distritos Florestais Sustentáveis são áreas delimitadas territorialmente, onde são priorizadas políticas de fomento a atividades administrativas e econômicas sustentáveis. Essas áreas são beneficiárias de políticas fundiária, de infra-estrutura, de desenvolvimento indústrial, de gestão territorial, de assistência técnica e de educação.
A região do Pólo Siderúrgico do Carajás, na fronteira dos estados do Pará, Tocantins e Maranhão, é a maior produtora de minério de ferro do mundo. Ela concentra 14 indústrias processadoras de ferro-gusa, que, juntas, consomem anualmente cerca de 13 milhões de metros cúbicos de lenha, transformada em carvão vegetal para aquecimento dos fornos. Além da atividade de siderurgia, a região abriga 11 pólos madeireiros, que extraem cerca de 3,3 milhões de metros cúbicos de madeira em tora.
A região é também conhecida pela produtividade de carne bovina, abatendo 10 mil cabeças/dia. Dentre as atividades tradicionais, destaca-se a cultura do babaçu, cujo fruto, folhas e tronco possuem grande potencial econômico. A região de Carajás é uma das áreas de maior concentração de assentamentos no Brasil, distribuídos por três milhões de hectares.
Desmatamento - O desmatamento ilegal produziu grande passivo ambiental. A atividade atinge 40% da região e a madeira é explorada de forma predatória. Tanto assim que, de 2005 a 2006, foram apreendidos 200 mil metros cúbicos de carvão; os autos de infração lavrados nesse período resultaram em multas, somadas, no valor de R$ 500 milhões.
Para organizar e regularizar as atividades econômicas locais, o governo federal, liderado pela Casa Civil, e em parceria com os governos do Pará, Maranhão e Tocantins, decidiu estudar a criação de um distrito florestal sustentável na região.
Com foco no reflorestamento, que recuperaria a cobertura nativa, o distrito de Carajás abasteceria as indústrias siderúrgicas de modo sustentável, criando oportunidades de trabalho em 1,5 milhão de hectares de floresta, em 9,6 milhões hectares de área desmatada (para plantio) e mais 4,8 milhões (reserva legal a ser recuperada). Isto equivaleria a uma produção sustentável de madeira na ordem de 5 milhões metros cúbicos de toras para indústria e de 17 milhões de m3 para carvão vegetal.
Dentre as ações planejadas para a região, destaca-se um programa de difusão da silvicultura de espécies nativas, viabilizado por meio de uma parceria entre o Serviço Florestal Brasileiro e a Embrapa. Outros projetos incluiriam o zoneamento ecológico-econômico regional, programas de crédito florestal com compra antecipada, regularização fundiária, programas de desenvolvimento tecnológico de produtos florestais, programa de desenvolvimento regional sustentável.
Fonte: MMA
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