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Notícias
25
abr
2007
(MEIO AMBIENTE)
Ambientalistas criticam redução da Amazônia legal
Integrante da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o ex-ministro do Meio Ambiente José Sarney Filho (PV-MA) classificou ontem de “inoportuno e inadequado” o projeto do senador Jonas Pinheiro (DEM-MT) que exclui da Amazônia Legal os Estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. “É um projeto que está fora da realidade brasileira e global”, afirmou ele, que participa da Frente Parlamentar Ambientalista.
A proposta de Jonas Pinheiro, divulgada ontem pelo Estado, é também criticada pelo diretor de políticas públicas do Greenpeace, Sérgio Leitão. “Fundamentalmente, a motivação do projeto é reduzir a proteção ambiental”, avalia. Do ponto de vista concreto, ele considera que o projeto é errado, porque, no caso de Mato Grosso, as florestas atingidas pertencem claramente à vegetação amazônica. “Mas, se passarem a pertencer ao cerrado, a proporção de áreas protegidas cairá de 80% para 35%”, explica.
Já com parecer favorável da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, a proposta do senador Pinheiro, de acordo com Sarney Filho, “tem uma sinalização inversa, de que se pode desmatar a Amazônia”. Ele destaca que o projeto se contrapõe às crescentes preocupações mundiais com o aquecimento do planeta.
Mesmo assim, o deputado diz estar confiante de que os senadores vão rejeitar a proposta. Se isso não ocorrer, Sarney Filho acredita que a Câmara vai derrubá-la, “pois toda a Frente Ambientalista votará contra”.
O deputado entende que o próprio governo definirá posição contra a iniciativa. “A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, já se manifestou contra a idéia”, garante. Independentemente da posição que o governo possa adotar, Sarney Filho diz que os parlamentares ambientalistas poderão organizar um movimento e mobilizar a sociedade contra essa alteração. “Vamos nos movimentar e impedir a aprovação”, promete.
O diretor do Greenpeace partilha do otimismo de Sarney Filho: “Acredito que a idéia não passará no Congresso.” Ele adverte também para o falso dilemma entre preservar o meio ambiente ou expandir áreas para o cultivo de soja - ou, agora, de cana e outras lavouras para produzir biocombustíveis, como o etanol. “O País dispõe de áreas para expansão agrícola sem precisar reduzir as áreas sob proteção ambiental”, avisa.
Gustavo Freire
Colaborou Gabriel Manzano Filho
A proposta de Jonas Pinheiro, divulgada ontem pelo Estado, é também criticada pelo diretor de políticas públicas do Greenpeace, Sérgio Leitão. “Fundamentalmente, a motivação do projeto é reduzir a proteção ambiental”, avalia. Do ponto de vista concreto, ele considera que o projeto é errado, porque, no caso de Mato Grosso, as florestas atingidas pertencem claramente à vegetação amazônica. “Mas, se passarem a pertencer ao cerrado, a proporção de áreas protegidas cairá de 80% para 35%”, explica.
Já com parecer favorável da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, a proposta do senador Pinheiro, de acordo com Sarney Filho, “tem uma sinalização inversa, de que se pode desmatar a Amazônia”. Ele destaca que o projeto se contrapõe às crescentes preocupações mundiais com o aquecimento do planeta.
Mesmo assim, o deputado diz estar confiante de que os senadores vão rejeitar a proposta. Se isso não ocorrer, Sarney Filho acredita que a Câmara vai derrubá-la, “pois toda a Frente Ambientalista votará contra”.
O deputado entende que o próprio governo definirá posição contra a iniciativa. “A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, já se manifestou contra a idéia”, garante. Independentemente da posição que o governo possa adotar, Sarney Filho diz que os parlamentares ambientalistas poderão organizar um movimento e mobilizar a sociedade contra essa alteração. “Vamos nos movimentar e impedir a aprovação”, promete.
O diretor do Greenpeace partilha do otimismo de Sarney Filho: “Acredito que a idéia não passará no Congresso.” Ele adverte também para o falso dilemma entre preservar o meio ambiente ou expandir áreas para o cultivo de soja - ou, agora, de cana e outras lavouras para produzir biocombustíveis, como o etanol. “O País dispõe de áreas para expansão agrícola sem precisar reduzir as áreas sob proteção ambiental”, avisa.
Gustavo Freire
Colaborou Gabriel Manzano Filho
Fonte: O Estado de S.Paulo
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