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Notícias
20
abr
2007
(TECNOLOGIA)
Imazon ajudará governo a monitorar madeireiras
ONG fará controle paralelo de imagens de satélite em novo sistema cujo grande teste começa em maio, quando empresas ligam as motosserras
O monitoramento federal das concessões para exploração madeireira em áreas públicas da Amazônia será validado por uma ONG. O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), com experiência em observação da região, fará um controle paralelo ao do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“A idéia é manter o Imazon como um auditor independente”, diz Dalton Valeriano, coordenador do programa Amazônia do Inpe. Num primeiro momento, a ONG receberá imagens do satélite Landsat - que está em vias de parar de funcionar. O Inpe trabalhará com informações do satélite sino-brasileiro CBERS-2.
“Vamos fazer uma checagem dupla, mas no sentido de cooperação”, diz Adalberto Veríssimo, do Imazon. Além do Imazon, as informações serão trabalhadas por especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), do Museu Goeldi e do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
Todos participarão do novo sistema, chamado de Detecção de Exploração Seletiva (Detex). Ele passará pela prova final a partir de maio, quando começa o período de seca, ou “verão” amazônico, e as madeireiras ligam as motosserras.
Sua eficiência é essencial para viabilizar as concessões que o governo planeja lançar a partir de outubro. Além de acompanhar a atividade dentro dos planos de manejo aprovados, é preciso controlar o que acontece além deles. “Quando for observada a exploração fora (da área estipulada), a pessoa terá de provar que é dona da terra e que tem plano de manejo”, explica Valeriano.
Até porque, lembra, a atividade ilegal permite que o produto chegue ao mercado com um valor inferior. “O preço mais baixo inviabiliza o plano de concessões.” Contudo, o alcance do Detex ainda é limitado. Ele será aplicado inicialmente no distrito florestal da BR-163 (onde começa o plano de concessões) e no futuro distrito de Carajás.
Sob as folhas
Os sistemas atuais de monitoramento da Amazônia usados pelo governo permitem apenas a observação do desmatamento quando o solo fica exposto. Metodologia desenvolvida pelo pesquisador Carlos Souza Jr., do Imazon, permitiu que as mesmas imagens de satélite fossem usadas com segurança para enxergar além das copas da Amazônia e definir onde a floresta rareou, ou seja, perdeu apenas árvores de valor comercial.
Essa metodologia foi uma das fontes de onde o Inpe bebeu para criar o Detex. “O Imazon tem o estado da arte”, diz Valeriano.
O sistema permite que seja identificado não só o local onde a mata perdeu árvores como os pátios em que a madeira é depositada pelos tratores e as estradas vicinais por onde o material é transportado (veja as imagens acima). Explorações legais costumam seguir um padrão de disposição desses elementos, enquanto as ilegais, não.
“Precisamos saber, antes da primeira concessão, o que foi explorado e, depois, se foi mal feito”, diz o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo. Segundo ele, o Detex será aberto para consulta permanente, pública, pela internet.
Cristina Amorim
O monitoramento federal das concessões para exploração madeireira em áreas públicas da Amazônia será validado por uma ONG. O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), com experiência em observação da região, fará um controle paralelo ao do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“A idéia é manter o Imazon como um auditor independente”, diz Dalton Valeriano, coordenador do programa Amazônia do Inpe. Num primeiro momento, a ONG receberá imagens do satélite Landsat - que está em vias de parar de funcionar. O Inpe trabalhará com informações do satélite sino-brasileiro CBERS-2.
“Vamos fazer uma checagem dupla, mas no sentido de cooperação”, diz Adalberto Veríssimo, do Imazon. Além do Imazon, as informações serão trabalhadas por especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), do Museu Goeldi e do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
Todos participarão do novo sistema, chamado de Detecção de Exploração Seletiva (Detex). Ele passará pela prova final a partir de maio, quando começa o período de seca, ou “verão” amazônico, e as madeireiras ligam as motosserras.
Sua eficiência é essencial para viabilizar as concessões que o governo planeja lançar a partir de outubro. Além de acompanhar a atividade dentro dos planos de manejo aprovados, é preciso controlar o que acontece além deles. “Quando for observada a exploração fora (da área estipulada), a pessoa terá de provar que é dona da terra e que tem plano de manejo”, explica Valeriano.
Até porque, lembra, a atividade ilegal permite que o produto chegue ao mercado com um valor inferior. “O preço mais baixo inviabiliza o plano de concessões.” Contudo, o alcance do Detex ainda é limitado. Ele será aplicado inicialmente no distrito florestal da BR-163 (onde começa o plano de concessões) e no futuro distrito de Carajás.
Sob as folhas
Os sistemas atuais de monitoramento da Amazônia usados pelo governo permitem apenas a observação do desmatamento quando o solo fica exposto. Metodologia desenvolvida pelo pesquisador Carlos Souza Jr., do Imazon, permitiu que as mesmas imagens de satélite fossem usadas com segurança para enxergar além das copas da Amazônia e definir onde a floresta rareou, ou seja, perdeu apenas árvores de valor comercial.
Essa metodologia foi uma das fontes de onde o Inpe bebeu para criar o Detex. “O Imazon tem o estado da arte”, diz Valeriano.
O sistema permite que seja identificado não só o local onde a mata perdeu árvores como os pátios em que a madeira é depositada pelos tratores e as estradas vicinais por onde o material é transportado (veja as imagens acima). Explorações legais costumam seguir um padrão de disposição desses elementos, enquanto as ilegais, não.
“Precisamos saber, antes da primeira concessão, o que foi explorado e, depois, se foi mal feito”, diz o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo. Segundo ele, o Detex será aberto para consulta permanente, pública, pela internet.
Cristina Amorim
Fonte: O Estado de S.Paulo
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