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Notícias
18
abr
2007
(MEIO AMBIENTE)
Brasil vai propor ajuda de países desenvolvidos na manutenção das florestas
Proteger a floresta custa muito caro, garante diretor de Serviço Florestal Brasileiro
A conservação da Floresta Amazônica - conhecida mundialmente pela biodiversidade e importância no combate do efeito estufa - pode torna-se uma tarefa de várias nações daqui a alguns anos.
Uma as propostas que o Brasil apresentará na 7ª Sessão do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF) é que os países desenvolvidos contribuam financeiramente com o Brasil para o desenvolvendo programas de manejo sustentável na Amazônia.
A 7ª Sessão dos Fórum das Nações Unidas sobre Florestas começou no último sábado (14), em Nova Iorque (EUA) e se estende até o dia 29. A participação do Brasil no evento está prevista para a próxima semana. O diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, representa o país nos debates.
"Proteger as florestas custa muito caro e nós acreditamos que é muito importante protege-las, mas que também tem que existir algum mecanismo que faça com que o mundo ajude a pagar a conta de manter a floresta em pé e que serve e prestas serviços ao mundo inteiro", disse Azevedo.
Segundo ele, o Brasil reduziu em 50% a área desmatada nos últimos dois anos e isso de forma voluntária, já que não existe no país nenhuma meta a cumprir. "Nós acreditamos que isso é super importante, mas que também tem que haver incentivos, ou seja, é preciso recursos que venham do mundo para pagar pelo serviço prestado pelo Brasil".
Tasso Azevedo ressaltou que a proposta de parceria para conservação de florestas será novamente apresentada na reunião do G-8, o grupo do oito países mais ricos do mundo e a Rússia, em junho próximo.
Outras iniciativas também serão discutidas na reunião em Nova Iorque, como a redução da perda de florestas no mundo, o aumento do número e extensão das áreas protegidas, como reservas e parques nacionais, e o desenvolvimento e aplicação de formas de manejo sustentável para a exploração da floresta.
O diretor explicou que o uso sustentável da floresta consiste na aplicação de modelos que não privilegiam a derrubada da mata nativa, como por exemplo a criação de gado de modo extensivo ou agricultura em grande escala que vá de encontro a floresta, pois esses são modelos que degradam o meio ambiente. Em sua visão o primeiro ponto seria privilegiar modelos que possam desenvolver-se sem ser preciso a derrubada da floresta nativa.
O segundo aspecto importante para o desenvolvimento sustentável apontado por Tasso Azevedo é fazer com que a floresta tenha valor econômico em pé. Isso se daria pela exploração racional dos produtos oferecidos pela floresta ou pelo pagamento dos serviços prestados por moradores do local na proteção dessas áreas.
Tasso Azevedo disse que no encontro a proposta brasileira será que as discussões ocorram de forma objetivas, ou seja, de que na reunião sejam definidas as responsabilidades e as metas de cada país no processo. Em 2011, no próximo encontro, cada país apresente os resultados e em 2015 as metas sejam revistas.
Marcos Agostinho
A conservação da Floresta Amazônica - conhecida mundialmente pela biodiversidade e importância no combate do efeito estufa - pode torna-se uma tarefa de várias nações daqui a alguns anos.
Uma as propostas que o Brasil apresentará na 7ª Sessão do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF) é que os países desenvolvidos contribuam financeiramente com o Brasil para o desenvolvendo programas de manejo sustentável na Amazônia.
A 7ª Sessão dos Fórum das Nações Unidas sobre Florestas começou no último sábado (14), em Nova Iorque (EUA) e se estende até o dia 29. A participação do Brasil no evento está prevista para a próxima semana. O diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, representa o país nos debates.
"Proteger as florestas custa muito caro e nós acreditamos que é muito importante protege-las, mas que também tem que existir algum mecanismo que faça com que o mundo ajude a pagar a conta de manter a floresta em pé e que serve e prestas serviços ao mundo inteiro", disse Azevedo.
Segundo ele, o Brasil reduziu em 50% a área desmatada nos últimos dois anos e isso de forma voluntária, já que não existe no país nenhuma meta a cumprir. "Nós acreditamos que isso é super importante, mas que também tem que haver incentivos, ou seja, é preciso recursos que venham do mundo para pagar pelo serviço prestado pelo Brasil".
Tasso Azevedo ressaltou que a proposta de parceria para conservação de florestas será novamente apresentada na reunião do G-8, o grupo do oito países mais ricos do mundo e a Rússia, em junho próximo.
Outras iniciativas também serão discutidas na reunião em Nova Iorque, como a redução da perda de florestas no mundo, o aumento do número e extensão das áreas protegidas, como reservas e parques nacionais, e o desenvolvimento e aplicação de formas de manejo sustentável para a exploração da floresta.
O diretor explicou que o uso sustentável da floresta consiste na aplicação de modelos que não privilegiam a derrubada da mata nativa, como por exemplo a criação de gado de modo extensivo ou agricultura em grande escala que vá de encontro a floresta, pois esses são modelos que degradam o meio ambiente. Em sua visão o primeiro ponto seria privilegiar modelos que possam desenvolver-se sem ser preciso a derrubada da floresta nativa.
O segundo aspecto importante para o desenvolvimento sustentável apontado por Tasso Azevedo é fazer com que a floresta tenha valor econômico em pé. Isso se daria pela exploração racional dos produtos oferecidos pela floresta ou pelo pagamento dos serviços prestados por moradores do local na proteção dessas áreas.
Tasso Azevedo disse que no encontro a proposta brasileira será que as discussões ocorram de forma objetivas, ou seja, de que na reunião sejam definidas as responsabilidades e as metas de cada país no processo. Em 2011, no próximo encontro, cada país apresente os resultados e em 2015 as metas sejam revistas.
Marcos Agostinho
Fonte: Radiobrás
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