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Notícias
10
abr
2007
(TECNOLOGIA)
Plantio de eucalipto com gel reduz consumo de água
A Internacional Paper (IP), fabricante americana de papel para imprimir e escrever, desenvolveu uma nova técnica de plantio de mudas de árvores com gel, um polímero hidroretentor. Com ela, a empresa consegue reduzir o custo do plantio em 8% já no primeiro ano, um ganho substancial para um investimento que mobiliza grande somas de capital em extensas áreas de plantações de florestas. Ao longo de sete anos, período de corte da árvore para extração da celulose, a economia chega a 3%.
A International Paper possui mais de 85 mil hectares de florestas no Brasil, todas situadas em São Paulo. Anualmente, planta 10,5 mil hectares de florestas, todas elas por meio do gel. A empresa investe R$ 32 milhões em plantio de eucaliptos por ano. Com o gel, o consumo de água é reduzido em 60%, o que significa 50 mil metros cúbicos a menos por ano. A quantidade de água economizada pode chegar a 35 mil habitantes, se a técnica for usada em todos os plantios de eucaliptos.
O uso do gel também é feito nas florestas de Três Lagoas (MS) que pertenciam à IP e desde o início do ano estão nas mãos da Votorantim Celulose e Papel (VCP) devido ao acordo de troca de ativos formalizado por ambas as empresas. A IP também está adotando a prática nas fazendas aos arredores da fábrica de papel de Luiz Antonio (SP) herdada da Votorantim.
A idéia do uso do gel, que começou a ser desenvolvida em 2002 por um grupo de engenheiros agrônomos e florestais da IP, dá uma indicação clara do esforço da indústria de papel e celulose no Brasil de elevar a competitividade de suas florestas, cujos custos de produção da matéria-prima já são considerados um dos mais baixos do mundo.
A técnica pode ser empregada em qualquer tipo de solo, mas os resultados em terrenos arenosos aparecem mais principalmente nos período mais secos, como agora, ou em regiões com problemas com o abastecimento de água. O uso do gel se faz essencial sobretudo diante da possibilidade de cobrança pelo uso da água.
Numa fazenda própria da International Paper, próxima da fábrica da empresa em Mogi Guaçu, a 170 quilômetros de São Paulo, um trator rasga sulcos no solo, preparando o terreno com adubo para receber a muda de eucalipto. Em seguida, um caminhão transportando um tanque distribui por meio de mangueiras uma fórmula de gel misturado à água a sete plantadeiras manuais. Com o auxílio de dois gatilhos, trabalhadores plantam as mudas de eucaliptos ao mesmo tempo que aplicam a solução de gel que recobre a raiz da planta. Cada plantio dura só dois segundos.
Com o gel, a muda de eucalipto fica úmida no período mais crítico do desenvolvimento da planta. Isso elimina a exigência de irrigação imediata. Dependendo da condição do solo, a planta pode ficar de oito a 15 dias sem irrigação. Na média, o consumo de água cai de 6,5 litros por muda para 2,6 litros. Reduzindo o nível de mortalidade das plantas, a indústria também reduz o replantio. Pelo método anterior, a muda plantada manualmente era irrigada. A IP garante que o material usado, além de biodegradável, é atóxico.
A International Paper possui mais de 85 mil hectares de florestas no Brasil, todas situadas em São Paulo. Anualmente, planta 10,5 mil hectares de florestas, todas elas por meio do gel. A empresa investe R$ 32 milhões em plantio de eucaliptos por ano. Com o gel, o consumo de água é reduzido em 60%, o que significa 50 mil metros cúbicos a menos por ano. A quantidade de água economizada pode chegar a 35 mil habitantes, se a técnica for usada em todos os plantios de eucaliptos.
O uso do gel também é feito nas florestas de Três Lagoas (MS) que pertenciam à IP e desde o início do ano estão nas mãos da Votorantim Celulose e Papel (VCP) devido ao acordo de troca de ativos formalizado por ambas as empresas. A IP também está adotando a prática nas fazendas aos arredores da fábrica de papel de Luiz Antonio (SP) herdada da Votorantim.
A idéia do uso do gel, que começou a ser desenvolvida em 2002 por um grupo de engenheiros agrônomos e florestais da IP, dá uma indicação clara do esforço da indústria de papel e celulose no Brasil de elevar a competitividade de suas florestas, cujos custos de produção da matéria-prima já são considerados um dos mais baixos do mundo.
A técnica pode ser empregada em qualquer tipo de solo, mas os resultados em terrenos arenosos aparecem mais principalmente nos período mais secos, como agora, ou em regiões com problemas com o abastecimento de água. O uso do gel se faz essencial sobretudo diante da possibilidade de cobrança pelo uso da água.
Numa fazenda própria da International Paper, próxima da fábrica da empresa em Mogi Guaçu, a 170 quilômetros de São Paulo, um trator rasga sulcos no solo, preparando o terreno com adubo para receber a muda de eucalipto. Em seguida, um caminhão transportando um tanque distribui por meio de mangueiras uma fórmula de gel misturado à água a sete plantadeiras manuais. Com o auxílio de dois gatilhos, trabalhadores plantam as mudas de eucaliptos ao mesmo tempo que aplicam a solução de gel que recobre a raiz da planta. Cada plantio dura só dois segundos.
Com o gel, a muda de eucalipto fica úmida no período mais crítico do desenvolvimento da planta. Isso elimina a exigência de irrigação imediata. Dependendo da condição do solo, a planta pode ficar de oito a 15 dias sem irrigação. Na média, o consumo de água cai de 6,5 litros por muda para 2,6 litros. Reduzindo o nível de mortalidade das plantas, a indústria também reduz o replantio. Pelo método anterior, a muda plantada manualmente era irrigada. A IP garante que o material usado, além de biodegradável, é atóxico.
Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Celulose Online.
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