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Notícias
23
fev
2007
(GERAL)
APL de móveis consolida-se como pólo exportador
Variação cambial não impede sucesso nas vendas externas do Arranjo Produtivo Local de Móveis da região oeste de Santa Catarina.
O Arranjo Produtivo Local (APL) de Móveis do Oeste de Santa Catarina demonstra que a variação cambial, sozinha, não dita o ritmo das exportações. Desde 2002, o pólo vem registrando altas taxas de crescimento nas vendas externas, exatamente no período em que o dólar teve baixas recordes em sua cotação no País. A boa performance do arranjo produtivo contradiz, inclusive, a retração de -1,6% nas exportações de móveis do Estado.
Em 2002, quando foi iniciado o projeto do Sebrae e várias instituições de apoio a esse APL, as exportações totalizaram US$ 3,39 milhões. No ano seguinte, as vendas alcançaram o montante de US$ 5,813 milhões, indicando 71% de crescimento. No período entre 2003 e 2004, os móveis exportados pelo pólo atingiram o total de US$ 10,188 milhões ou 75% a mais do que o ano anterior. Entre 2004 e 2005, o aumento das exportações foi de 40%. E entre 2005 e 2006, o pólo exportou a mais 25%, em comparação ao período anterior.
"Nós começamos a exportar mais, já na nova realidade do dólar", afirma Nivaldo Lazaroni, presidente da Associação das Indústrias Moveleiras do Oeste de Santa Catarina (Amoesc). Esse fato forçou as empresas a se adequarem rapidamente à taxa cambial desvalorizada e, ao contrário do que muitos pensam a respeito, foi positivo, segundo Nivaldo.
O presidente da Amoesc revela que, por meio de negociações, as empresas exportadoras do APL conseguiram reajustar em até 10% a taxa de câmbio dos produtos de pinus (tipo de árvore), diretamente com os importadores. Esses móveis são muito demandados pelo mercado externo, segundo ele. "Mas se o dólar subir, será ótimo", diz esperançoso. Para Nivaldo, a estabilização da moeda norte-americana em torno de R$ 2,15 não causa grandes preocupações no pólo catarinense.
A expectativa para este ano é que as exportações vão continuar crescendo e o APL também. "Novas indústrias vão entrar em operação no APL", informa. Sobre o mercado interno, Nivaldo diz que a grande estiagem na região Sul, nos os últimos três anos, comprometeu a agropecuária e, conseqüentemente, os outros setores da economia. Mas a previsão de muita chuva este ano é sinal de que as vendas para o mercado interno vão melhorar. Toda a produção do pólo catarinense é comercializada na região Sul.
"A perspectiva de que teremos uma safra espetacular em 2007 vai refletir nas vendas de móveis", prevê o presidente da entidade. E em toda a economia dos estados sulistas, completa. "Aqui no Sul, quando o ano é bom para a agropecuária, é bom para todo mundo".
Números animadores
No ano passado, dois importantes levantamentos realizados em Santa Catarina apontaram o crescimento das exportações do APL Móveis do Oeste do estado: o Panorama do setor de móveis do Oeste de Santa Catarina, feito pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), para o Sebrae em Santa Catarina; e a pesquisa Exportações Municipais Catarinenses, realizada pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) para a Secretaria Estadual de Planejamento do Governo do Estado.
Os volumes exportados, de 2002 a 2006, foram apurados pelos dois estudos e demonstraram a consolidação da vocação exportadora do pólo moveleiro catarinense: em 2002, o total exportado foi de US$ 3,394 milhões; em 2003, US$ 5,813 milhões; em 2004, US$ 10,188 milhões; em 2005, US$ 14,6 milhões; e em 2006, US$ 18 milhões.
Os maiores compradores externos do arranjo produtivo catarinense são: a União Européia, destacando-se Alemanha (15%), Irlanda (14%), Inglaterra (12%) e Espanha (6%); América, cujos grandes clientes são Chile (13%), Estados Unidos (12%), Porto Rico (3%) e Argentina (2%); e países africanos (7%).
O número de empresas exportadoras também cresceu no pólo. Em 1998, após a criação da Amoesc, apenas seis empresas exportavam na região. Hoje, 47 empresas vendem para outros países, sendo 29 delas esporádicas e 18 permanentes. Desse total, 96 são micro e pequenas empresas.
Conjuntos para dormitórios são os produtos campeões de exportação, responsáveis pela metade das vendas para o mercado externo. Em seguida, vêm os móveis de sala (30%), estofados (7%), cozinhas (6%), escritório (3%) e outros (4%).
"Em 2003, no início do projeto Pólo Moveleiro do Oeste Catarinense, tínhamos como objetivo a adequação gerencial, tecnológica e mercadológica das empresas moveleiras para a exportação", lembra Arildo Jacobus, coordenador do Sebrae no APL. A melhoria da gestão e da produção iria fortalecer a atuação do pólo no mercado interno, acrescenta. "Hoje, quatro anos depois, temos a satisfação de encontrar resultados positivos das ações até aqui realizadas. Constatamos que a prática se aproxima da teoria de forma cristalina", afirma Arildo, referindo-se aos resultados apurados pelas duas pesquisas.
O APL Móveis do Oeste Catarinense começou a ser implantado em 2002. Cento e vinte e quatro empresas de 86 municípios da região integram o pólo moveleiro, que está localizado próximo à fronteira com a Argentina. O Sebrae em Santa Catarina é parceiro do APL, desde as primeiras articulações.
Sondagem industrial
Segundo a Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada no dia 31 de janeiro, a produtividade do segmento de móveis no País aumentou nos últimos três meses, depois de várias quedas registradas em 2006, em função, por exemplo, de fatores como a baixa venda para o mercado externo.
O estudo revela que as micro e pequenas indústrias de base no Brasil tiveram um desempenho melhor no último trimestre de 2006 do que as grandes empresas. O indicador de evolução das grandes empresas foi de 52 pontos, em um total de 100, e o das pequenas, ficou na casa de 53,2 pontos. Isso significa que os empreendimentos de menor porte tiveram alto investimento em produção e em contratação de pessoal nos últimos três meses do ano passado.
A Sondagem acena com um cenário otimista da produção industrial para o início deste ano. Esse otimismo é atribuído à expansão da produção nas pequenas empresas no segundo semestre de 2006, principalmente em setores como móveis, bebidas, limpeza e perfumaria, química, papel e celulose.
O Arranjo Produtivo Local (APL) de Móveis do Oeste de Santa Catarina demonstra que a variação cambial, sozinha, não dita o ritmo das exportações. Desde 2002, o pólo vem registrando altas taxas de crescimento nas vendas externas, exatamente no período em que o dólar teve baixas recordes em sua cotação no País. A boa performance do arranjo produtivo contradiz, inclusive, a retração de -1,6% nas exportações de móveis do Estado.
Em 2002, quando foi iniciado o projeto do Sebrae e várias instituições de apoio a esse APL, as exportações totalizaram US$ 3,39 milhões. No ano seguinte, as vendas alcançaram o montante de US$ 5,813 milhões, indicando 71% de crescimento. No período entre 2003 e 2004, os móveis exportados pelo pólo atingiram o total de US$ 10,188 milhões ou 75% a mais do que o ano anterior. Entre 2004 e 2005, o aumento das exportações foi de 40%. E entre 2005 e 2006, o pólo exportou a mais 25%, em comparação ao período anterior.
"Nós começamos a exportar mais, já na nova realidade do dólar", afirma Nivaldo Lazaroni, presidente da Associação das Indústrias Moveleiras do Oeste de Santa Catarina (Amoesc). Esse fato forçou as empresas a se adequarem rapidamente à taxa cambial desvalorizada e, ao contrário do que muitos pensam a respeito, foi positivo, segundo Nivaldo.
O presidente da Amoesc revela que, por meio de negociações, as empresas exportadoras do APL conseguiram reajustar em até 10% a taxa de câmbio dos produtos de pinus (tipo de árvore), diretamente com os importadores. Esses móveis são muito demandados pelo mercado externo, segundo ele. "Mas se o dólar subir, será ótimo", diz esperançoso. Para Nivaldo, a estabilização da moeda norte-americana em torno de R$ 2,15 não causa grandes preocupações no pólo catarinense.
A expectativa para este ano é que as exportações vão continuar crescendo e o APL também. "Novas indústrias vão entrar em operação no APL", informa. Sobre o mercado interno, Nivaldo diz que a grande estiagem na região Sul, nos os últimos três anos, comprometeu a agropecuária e, conseqüentemente, os outros setores da economia. Mas a previsão de muita chuva este ano é sinal de que as vendas para o mercado interno vão melhorar. Toda a produção do pólo catarinense é comercializada na região Sul.
"A perspectiva de que teremos uma safra espetacular em 2007 vai refletir nas vendas de móveis", prevê o presidente da entidade. E em toda a economia dos estados sulistas, completa. "Aqui no Sul, quando o ano é bom para a agropecuária, é bom para todo mundo".
Números animadores
No ano passado, dois importantes levantamentos realizados em Santa Catarina apontaram o crescimento das exportações do APL Móveis do Oeste do estado: o Panorama do setor de móveis do Oeste de Santa Catarina, feito pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), para o Sebrae em Santa Catarina; e a pesquisa Exportações Municipais Catarinenses, realizada pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) para a Secretaria Estadual de Planejamento do Governo do Estado.
Os volumes exportados, de 2002 a 2006, foram apurados pelos dois estudos e demonstraram a consolidação da vocação exportadora do pólo moveleiro catarinense: em 2002, o total exportado foi de US$ 3,394 milhões; em 2003, US$ 5,813 milhões; em 2004, US$ 10,188 milhões; em 2005, US$ 14,6 milhões; e em 2006, US$ 18 milhões.
Os maiores compradores externos do arranjo produtivo catarinense são: a União Européia, destacando-se Alemanha (15%), Irlanda (14%), Inglaterra (12%) e Espanha (6%); América, cujos grandes clientes são Chile (13%), Estados Unidos (12%), Porto Rico (3%) e Argentina (2%); e países africanos (7%).
O número de empresas exportadoras também cresceu no pólo. Em 1998, após a criação da Amoesc, apenas seis empresas exportavam na região. Hoje, 47 empresas vendem para outros países, sendo 29 delas esporádicas e 18 permanentes. Desse total, 96 são micro e pequenas empresas.
Conjuntos para dormitórios são os produtos campeões de exportação, responsáveis pela metade das vendas para o mercado externo. Em seguida, vêm os móveis de sala (30%), estofados (7%), cozinhas (6%), escritório (3%) e outros (4%).
"Em 2003, no início do projeto Pólo Moveleiro do Oeste Catarinense, tínhamos como objetivo a adequação gerencial, tecnológica e mercadológica das empresas moveleiras para a exportação", lembra Arildo Jacobus, coordenador do Sebrae no APL. A melhoria da gestão e da produção iria fortalecer a atuação do pólo no mercado interno, acrescenta. "Hoje, quatro anos depois, temos a satisfação de encontrar resultados positivos das ações até aqui realizadas. Constatamos que a prática se aproxima da teoria de forma cristalina", afirma Arildo, referindo-se aos resultados apurados pelas duas pesquisas.
O APL Móveis do Oeste Catarinense começou a ser implantado em 2002. Cento e vinte e quatro empresas de 86 municípios da região integram o pólo moveleiro, que está localizado próximo à fronteira com a Argentina. O Sebrae em Santa Catarina é parceiro do APL, desde as primeiras articulações.
Sondagem industrial
Segundo a Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada no dia 31 de janeiro, a produtividade do segmento de móveis no País aumentou nos últimos três meses, depois de várias quedas registradas em 2006, em função, por exemplo, de fatores como a baixa venda para o mercado externo.
O estudo revela que as micro e pequenas indústrias de base no Brasil tiveram um desempenho melhor no último trimestre de 2006 do que as grandes empresas. O indicador de evolução das grandes empresas foi de 52 pontos, em um total de 100, e o das pequenas, ficou na casa de 53,2 pontos. Isso significa que os empreendimentos de menor porte tiveram alto investimento em produção e em contratação de pessoal nos últimos três meses do ano passado.
A Sondagem acena com um cenário otimista da produção industrial para o início deste ano. Esse otimismo é atribuído à expansão da produção nas pequenas empresas no segundo semestre de 2006, principalmente em setores como móveis, bebidas, limpeza e perfumaria, química, papel e celulose.
Fonte: ASN
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