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Notícias
08
fev
2007
(GERAL)
Alemanha tem maior reserva de madeira da Europa
Mais de 1,3 milhão de pessoas trabalham nas 180 mil empresas que atuam no reflorestamento e na produção de madeira. Setor supera indústria automobilística na geração de empregos e é considerado modelo em termos de sustentabilidade.
Apesar dos alertas feitos num relatório anual de que as florestas alemãs estão morrendo, elas continuam alimentando mitos, inspirando a música e a literatura e ainda são vistas como parte da identidade do país.
Além disso, são um fator econômico nada desprezível. O que pouca gente sabe é que a Alemanha tem a maior reserva de madeira da Europa. Mais de 11 milhões de hectares – quase um terço da superfície do país – estão cobertos de florestas. A reserva total de madeira do país é estimada em cerca de 3,4 bilhões de metros cúbicos, superando inclusive a de países escandinavos, como a Finlândia ou a Suécia.
Na lista dos grandes exportadores deste produto, a Alemanha aparece em sexto lugar. Segundo Dirk Alfter, da central de marketing do setor (Holzabsatzfonds), o volume exportado aumenta constantemente. "Depois do Canadá, somos o segundo maior fornecedor de madeira serrada para os Estados Unidos. Isso se deve à qualidade do produto e à confiabilidade de fornecimento da indústria alemã", diz.
Alfter ainda cita outros indicadores do crescimento do setor madeireiro. Em 1995, as exportações mundiais de madeira serrada alemã somavam 1,5 milhão de metros cúbicos; hoje, só para os EUA, são vendidos 2,5 milhões de metros cúbicos.
Para 2006, o setor prevê a exportação de 5,6 milhões de metros cúbicos, a maior parte para a Europa e os EUA. Mas também a Ásia está ganhando importância. "O Japão sempre foi um mercado interessante para os alemães, o mercado chinês encontra-se em expansão, mas também estamos de olho na demanda da Índia", diz Alfter.
Manejo florestal mecanizado
Segundo Klaus Lange, da Fundação Ehreshoven, proprietária de uma floresta de 1500 hectares em Engelskirchen, nas proximidades de Colônia, os dois métodos de corte mais usados são o de madeira curta, desenvolvido na Escandinávia nos anos 70, e o de madeira longa. Por este último, árvores inteiras são levadas direto à serraria. "Isso aumenta a capacidade de transporte e acelera o fluxo de capital porque o produto chega mais rápido ao cliente", explica.
O madeireiro Thomas Ritschel, que trabalha para a Ehreshoven, usa uma colheitadeira florestal que faz a extração completa: corta as árvores, as desgalha, mede o diâmetro dos troncos e os processa em três categorias – troncos de quatro e cinco metros de comprimento para diversos fins; madeira de dois metros para a indústria de papel; e pedaços de três metros, com falhas ou excesso de nós, usados na produção de paletas.
Com uma máquina dessas, que custa 400 mil euros, é possível produzir entre 3 e 15 metros cúbicos de madeira por hora, dependendo do tamanho das árvores. O motorista decide o que é inaproveitável. A clássica colheita manual com motosserras somente é praticada na derrubada de coníferas muito grossas ou árvores que perdem as folhas no outono.
Um pinheiro, que leva mais de cem anos para atingir 30 metros de altura, é derrubado em poucos minutos. Os empresários e profissionais do setor, no entanto, não vêem motivos para sentimentalismo. Nas florestas alemãs, argumentam, há uma recomposição através de reflorestamento equivalente a 120 milhões de metros cúbicos de madeira nova contra 65 milhões de metros cúbicos consumidos ao ano. Nem tudo o que cresce no mato é madeira útil, mas há reservas suficientes para suprir de forma sustentável a crescente demanda, garantem os peritos.
Apesar dos alertas feitos num relatório anual de que as florestas alemãs estão morrendo, elas continuam alimentando mitos, inspirando a música e a literatura e ainda são vistas como parte da identidade do país.
Além disso, são um fator econômico nada desprezível. O que pouca gente sabe é que a Alemanha tem a maior reserva de madeira da Europa. Mais de 11 milhões de hectares – quase um terço da superfície do país – estão cobertos de florestas. A reserva total de madeira do país é estimada em cerca de 3,4 bilhões de metros cúbicos, superando inclusive a de países escandinavos, como a Finlândia ou a Suécia.
Na lista dos grandes exportadores deste produto, a Alemanha aparece em sexto lugar. Segundo Dirk Alfter, da central de marketing do setor (Holzabsatzfonds), o volume exportado aumenta constantemente. "Depois do Canadá, somos o segundo maior fornecedor de madeira serrada para os Estados Unidos. Isso se deve à qualidade do produto e à confiabilidade de fornecimento da indústria alemã", diz.
Alfter ainda cita outros indicadores do crescimento do setor madeireiro. Em 1995, as exportações mundiais de madeira serrada alemã somavam 1,5 milhão de metros cúbicos; hoje, só para os EUA, são vendidos 2,5 milhões de metros cúbicos.
Para 2006, o setor prevê a exportação de 5,6 milhões de metros cúbicos, a maior parte para a Europa e os EUA. Mas também a Ásia está ganhando importância. "O Japão sempre foi um mercado interessante para os alemães, o mercado chinês encontra-se em expansão, mas também estamos de olho na demanda da Índia", diz Alfter.
Manejo florestal mecanizado
Segundo Klaus Lange, da Fundação Ehreshoven, proprietária de uma floresta de 1500 hectares em Engelskirchen, nas proximidades de Colônia, os dois métodos de corte mais usados são o de madeira curta, desenvolvido na Escandinávia nos anos 70, e o de madeira longa. Por este último, árvores inteiras são levadas direto à serraria. "Isso aumenta a capacidade de transporte e acelera o fluxo de capital porque o produto chega mais rápido ao cliente", explica.
O madeireiro Thomas Ritschel, que trabalha para a Ehreshoven, usa uma colheitadeira florestal que faz a extração completa: corta as árvores, as desgalha, mede o diâmetro dos troncos e os processa em três categorias – troncos de quatro e cinco metros de comprimento para diversos fins; madeira de dois metros para a indústria de papel; e pedaços de três metros, com falhas ou excesso de nós, usados na produção de paletas.
Com uma máquina dessas, que custa 400 mil euros, é possível produzir entre 3 e 15 metros cúbicos de madeira por hora, dependendo do tamanho das árvores. O motorista decide o que é inaproveitável. A clássica colheita manual com motosserras somente é praticada na derrubada de coníferas muito grossas ou árvores que perdem as folhas no outono.
Um pinheiro, que leva mais de cem anos para atingir 30 metros de altura, é derrubado em poucos minutos. Os empresários e profissionais do setor, no entanto, não vêem motivos para sentimentalismo. Nas florestas alemãs, argumentam, há uma recomposição através de reflorestamento equivalente a 120 milhões de metros cúbicos de madeira nova contra 65 milhões de metros cúbicos consumidos ao ano. Nem tudo o que cresce no mato é madeira útil, mas há reservas suficientes para suprir de forma sustentável a crescente demanda, garantem os peritos.
Fonte: SindMóveis
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