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Notícias
19
jan
2007
(GERAL)
Móveis - De olho na exportação, pequena empresa quer fazer bonito lá fora
O superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Benildo Denadai, acredita que o desafio de 2007 será incluir pequenos produtores no comércio internacional, diversificando as exportações.
Diversificar exportações e ampliar a participação das indústrias no comércio internacional. Esses serão alguns dos principais desafios enfrentados pelos empresários capixabas em 2007. E a responsabilidade está nos ombros dos micro e pequenos produtores do Estado.
De acordo com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), eles representam 99,6% das 8.524 indústrias instaladas em território capixaba, mas foram responsáveis, em 2006, por menos de 0,8% de tudo o que foi vendido ao exterior. Ainda assim, segmentos dominados pelas micro e pequenas empresas, como fruticultura (0,3%) e moveleiro (0,1%), continuam sendo vistos como promessas.
O superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Benildo Denadai, acredita que o desafio de 2007 será incluir esses produtores no comércio internacional, diversificando as exportações.
Volumes. Dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) apontam que apenas cinco mercadorias representam 93,4% de tudo o que é exportado pelo Estado: minério de ferro (44,9%), ferro e aço (20,1%), celulose (13,1%), mármore e granito (11,3%) e café (4%). Benildo Denadai aponta quatro setores que têm condições de conquistar espaço em 2007: 1) moveleiro; 2) confecções; 3) bebidas e alimentos; e 4) fruticultura. Países que mais compraram do Estado em 2006, como Estados Unidos, China e Itália, devem continuar como clientes potenciais em 2007.
"As exportações das pequenas empresas, mesmo somadas, representam pouco. Mas é possível crescer. O setor de mármore e granito é um exemplo. Há 10 anos exportava pouco e basicamente blocos. Atualmente é um dos líderes na venda de acabados ou semi-acabados. O setor investiu em tecnologia e em gestão", explicou.
Barreira. Uma das principais barreiras encontradas pelos pequenos produtores é o câmbio, que de 2005 a 2006, caiu 11,7%. Para o empresário Domingos Rigoni, ex-presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel), o câmbio faz com que o produto capixaba perca competitividade, especialmente para a China.
"A receita tem sido buscar novos mercados e criar inovações - já que não é viável criar produtos específicos para o comércio exterior. O câmbio não permite que nossas empresas sejam competitivas. Exportar se torna pesado e difícil", afirmou.
Nossos produtos são incomparáveis"
Criatividade. O empresário capixaba Anderson Debs, de 42 anos, proprietário da Magia do Mar, exporta biquínis e roupas de ginástica para Estados Unidos, Canadá, México, Portugal, Espanha e Venezuela. A empresa foi procurada pelos compradores internacionais. Na opinião dele, por causa da criatividade dos produtos brasileiros. "Eles procuram o nosso tipo de roupa. Os biquínis tem o desenho mais ousados e criatividade incomparável com os concorrentes. E isso vem da maneira de ser do povo. No Brasil, a sensualidade está à flor da pele", opinou. Mas Anderson não acha exportar uma tarefa fácil. "Eles exigem muitas modificações. Isso as vezes contrasta com a nossa maneira interna de trabalhar. Não quero fazer calçolas. O cronograma também é diferente: enquanto aqui é verão, lá é inverno. Além disso tem o câmbio, que não está ajudando muito", comentou.
Exportações devem passar de US$ 7 bi
Em 2007, as exportações capixabas devem atingir níveis históricos, crescendo até 15% na comparação com 2006. De acordo com projeções do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), as vendas ao exterior devem ultrapassar os US$ 7 bilhões, estimuladas pelo desempenho das indústrias de ferro e de aço.
"A estimativa é que o crescimento deste ano seja maior do que o de 2006 devido especialmente à exportação de placas de aço, que deve crescer com o funcionamento do terceiro auto-forno da CST", explicou o superintendente do IEL, Benildo Denadai.
A previsão é que o auto-forno comece a operar em abril deste ano e que aumente de 5 milhões para 7,5 milhões a capacidade de produção de aço bruto da empresa.
Outro setor que deve continuar apresentando desempenho acima da média estadual é o de mármore e granito. "O setor de rochas vai continuar com crescimento expressivo. A previsão é que até 2008 atinja uma faturamento de US$ 1 bilhão", estimou Benildo Denadai.
Nacionalmente, a previsão da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é que o ritmo de crescimento das exportações perca o fôlego neste ano, principalmente por causa da desvalorização do dólar frente ao real.
Mesmo assim, a estimativa é que os embarques aumentem 5,7% em relação a 2006 e atinjam US$ 150 bilhões. As importações crescerão 15,2% e somarão US$ 107 bilhões. Com isso, o saldo comercial ficará em US$ 43 bilhões, inferior aos US$ 45,5 bilhões estimados para 2006.
O que é preciso saber antes de exportar?
Troca. A exportação, por ser uma atividade integrada, exige a troca constante de informações. Portanto, é importante ter interação completa entre os diferentes setores da empresa (administrativo, comercial, financeiro, produtivo, contábil, entre outros).
Estratégia. Definir estratégias de médio e longo prazos para a empresa. A atividade não pode ser vista como um "salva-vidas" em momentos de insegurança e retração do mercado interno.
Informação. Acompanhar constantemente as variações e oportunidades nos mercados externos por publicações especializadas, Internet, ou outros meios de comunicação.
Riscos. Considerar os riscos iniciais da exportação. O mercado internacional é extremamente competitivo e exige um alto grau de profissionalização.
Manual. As dicas estão contidas no Manual Básico de Comércio Exterior do Sebrae, que pode ser retirado gratuitamente na biblioteca da instituição.
Diversificar exportações e ampliar a participação das indústrias no comércio internacional. Esses serão alguns dos principais desafios enfrentados pelos empresários capixabas em 2007. E a responsabilidade está nos ombros dos micro e pequenos produtores do Estado.
De acordo com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), eles representam 99,6% das 8.524 indústrias instaladas em território capixaba, mas foram responsáveis, em 2006, por menos de 0,8% de tudo o que foi vendido ao exterior. Ainda assim, segmentos dominados pelas micro e pequenas empresas, como fruticultura (0,3%) e moveleiro (0,1%), continuam sendo vistos como promessas.
O superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Benildo Denadai, acredita que o desafio de 2007 será incluir esses produtores no comércio internacional, diversificando as exportações.
Volumes. Dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) apontam que apenas cinco mercadorias representam 93,4% de tudo o que é exportado pelo Estado: minério de ferro (44,9%), ferro e aço (20,1%), celulose (13,1%), mármore e granito (11,3%) e café (4%). Benildo Denadai aponta quatro setores que têm condições de conquistar espaço em 2007: 1) moveleiro; 2) confecções; 3) bebidas e alimentos; e 4) fruticultura. Países que mais compraram do Estado em 2006, como Estados Unidos, China e Itália, devem continuar como clientes potenciais em 2007.
"As exportações das pequenas empresas, mesmo somadas, representam pouco. Mas é possível crescer. O setor de mármore e granito é um exemplo. Há 10 anos exportava pouco e basicamente blocos. Atualmente é um dos líderes na venda de acabados ou semi-acabados. O setor investiu em tecnologia e em gestão", explicou.
Barreira. Uma das principais barreiras encontradas pelos pequenos produtores é o câmbio, que de 2005 a 2006, caiu 11,7%. Para o empresário Domingos Rigoni, ex-presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel), o câmbio faz com que o produto capixaba perca competitividade, especialmente para a China.
"A receita tem sido buscar novos mercados e criar inovações - já que não é viável criar produtos específicos para o comércio exterior. O câmbio não permite que nossas empresas sejam competitivas. Exportar se torna pesado e difícil", afirmou.
Nossos produtos são incomparáveis"
Criatividade. O empresário capixaba Anderson Debs, de 42 anos, proprietário da Magia do Mar, exporta biquínis e roupas de ginástica para Estados Unidos, Canadá, México, Portugal, Espanha e Venezuela. A empresa foi procurada pelos compradores internacionais. Na opinião dele, por causa da criatividade dos produtos brasileiros. "Eles procuram o nosso tipo de roupa. Os biquínis tem o desenho mais ousados e criatividade incomparável com os concorrentes. E isso vem da maneira de ser do povo. No Brasil, a sensualidade está à flor da pele", opinou. Mas Anderson não acha exportar uma tarefa fácil. "Eles exigem muitas modificações. Isso as vezes contrasta com a nossa maneira interna de trabalhar. Não quero fazer calçolas. O cronograma também é diferente: enquanto aqui é verão, lá é inverno. Além disso tem o câmbio, que não está ajudando muito", comentou.
Exportações devem passar de US$ 7 bi
Em 2007, as exportações capixabas devem atingir níveis históricos, crescendo até 15% na comparação com 2006. De acordo com projeções do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), as vendas ao exterior devem ultrapassar os US$ 7 bilhões, estimuladas pelo desempenho das indústrias de ferro e de aço.
"A estimativa é que o crescimento deste ano seja maior do que o de 2006 devido especialmente à exportação de placas de aço, que deve crescer com o funcionamento do terceiro auto-forno da CST", explicou o superintendente do IEL, Benildo Denadai.
A previsão é que o auto-forno comece a operar em abril deste ano e que aumente de 5 milhões para 7,5 milhões a capacidade de produção de aço bruto da empresa.
Outro setor que deve continuar apresentando desempenho acima da média estadual é o de mármore e granito. "O setor de rochas vai continuar com crescimento expressivo. A previsão é que até 2008 atinja uma faturamento de US$ 1 bilhão", estimou Benildo Denadai.
Nacionalmente, a previsão da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é que o ritmo de crescimento das exportações perca o fôlego neste ano, principalmente por causa da desvalorização do dólar frente ao real.
Mesmo assim, a estimativa é que os embarques aumentem 5,7% em relação a 2006 e atinjam US$ 150 bilhões. As importações crescerão 15,2% e somarão US$ 107 bilhões. Com isso, o saldo comercial ficará em US$ 43 bilhões, inferior aos US$ 45,5 bilhões estimados para 2006.
O que é preciso saber antes de exportar?
Troca. A exportação, por ser uma atividade integrada, exige a troca constante de informações. Portanto, é importante ter interação completa entre os diferentes setores da empresa (administrativo, comercial, financeiro, produtivo, contábil, entre outros).
Estratégia. Definir estratégias de médio e longo prazos para a empresa. A atividade não pode ser vista como um "salva-vidas" em momentos de insegurança e retração do mercado interno.
Informação. Acompanhar constantemente as variações e oportunidades nos mercados externos por publicações especializadas, Internet, ou outros meios de comunicação.
Riscos. Considerar os riscos iniciais da exportação. O mercado internacional é extremamente competitivo e exige um alto grau de profissionalização.
Manual. As dicas estão contidas no Manual Básico de Comércio Exterior do Sebrae, que pode ser retirado gratuitamente na biblioteca da instituição.
Fonte: ASN
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