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Notícias
10
jan
2007
(GERAL)
Agronegócio - Muda a geografia das exportações
Um novo mapa se desenha nas exportações do agronegócio brasileiro. Os países emergentes estão aumentando a participação nas compras de produtos nacionais, enquanto os desenvolvidos diminuem a representação nos destinos. Produtos como soja, açúcar e carnes explicam a mudança no perfil dos importadores do campo brasileiro.
Nos últimos seis anos a Ásia passou à frente do Nafta entre os principais blocos de destino, ocupando agora o segundo lugar no ranking, atrás da União Européia, que perdeu a participação mas continua líder. O Mercosul, que era o quarto passou para o oitavo e o Oriente Médio subiu do quinto lugar para o posto do bloco vizinho. Subiram no ranking também a Europa Oriental e a África.
"É uma tendência verificada e significa que o Brasil exportou mais e melhorou o leque de destinos", diz Matheus Zanella, assessor-técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, que analisou os dados da balança comercial do agronegócio. No início da década, o campo comercializava com 182 países - hoje são 214.
A mudança ocorre porque em seis anos o aumento da receita obtida com vendas para os blocos com países emergentes foi superior ao crescimento médio do comércio exterior do agronegócio e da expansão verificada nos blocos de países desenvolvidos. Em seis anos, a Ásia importou 256% mais do Brasil, chegando a US$ 9,4 bilhões ou 19% do total. No mesmo período, o Oriente Médio viu suas compras subirem 340%, atingindo US$ 4,1 bilhões no ano passado, o equivalente a 8,2%. Entre 2000 e 2006, as exportações do agronegócio aumentaram 161%, somando US$ 49,4 bilhões no ano passado. Enquanto isso, as compras da União Européia tiveram incremento de 106% e as do Nafta, 105%.
Assim, se em 2000 a União Européia respondia por 40% das exportações brasileiras, em 2006 chegou a 31,4% - US$ 15,5 bilhões. Neste intervalo, a Ásia passou de 13,5% para 19% - US$ 9,4 bilhões, enquanto o Oriente Médio saiu de 4,9% para 8,2% - US$ 4,1 bilhões. "O Brasil é mais competitivo, fornecendo matérias-primas para os países em desenvolvimento", afirma Fábio Silveira, economista da RC Consultores.Segundo Zanella, neste período houve mudança também nos países que individualmente mais compram do Brasil. Em 2000, o principal destino individual eram os Estados Unidos, com 18% do total. No ano passado, o país seguia líder, mas a participação era de 14%. Neste período, a China passou de 11º e para 3º maior destino, com 7,7%. Segundo Zanella, a soja foi o principal motor deste crescimento - os chineses compram a matéria-prima para industrializarem lá. Nos últimos seis anos houve um salto também na participação da Rússia, que passou de 12º para 4º maior comprador do Brasil, com 6,4% do total. "A Rússia se recuperou de uma crise e cresce a taxas fortes, assim como a China, comprando proteínas, entre elas, carnes e soja", diz.
Em 2006 o destaque foi o Irã que entrou para a lista dos 10 maiores destinos com US$ 1,4 bilhão. Cerca de metade das importações daquele país vêem do Brasil. "O Brasil está ampliando o leque e ficando menos dependente", avalia Zanella. Segundo ele, a diversificação é boa porque diminui o risco econômico e aumenta a rede de contatos.
Nos últimos seis anos a Ásia passou à frente do Nafta entre os principais blocos de destino, ocupando agora o segundo lugar no ranking, atrás da União Européia, que perdeu a participação mas continua líder. O Mercosul, que era o quarto passou para o oitavo e o Oriente Médio subiu do quinto lugar para o posto do bloco vizinho. Subiram no ranking também a Europa Oriental e a África.
"É uma tendência verificada e significa que o Brasil exportou mais e melhorou o leque de destinos", diz Matheus Zanella, assessor-técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, que analisou os dados da balança comercial do agronegócio. No início da década, o campo comercializava com 182 países - hoje são 214.
A mudança ocorre porque em seis anos o aumento da receita obtida com vendas para os blocos com países emergentes foi superior ao crescimento médio do comércio exterior do agronegócio e da expansão verificada nos blocos de países desenvolvidos. Em seis anos, a Ásia importou 256% mais do Brasil, chegando a US$ 9,4 bilhões ou 19% do total. No mesmo período, o Oriente Médio viu suas compras subirem 340%, atingindo US$ 4,1 bilhões no ano passado, o equivalente a 8,2%. Entre 2000 e 2006, as exportações do agronegócio aumentaram 161%, somando US$ 49,4 bilhões no ano passado. Enquanto isso, as compras da União Européia tiveram incremento de 106% e as do Nafta, 105%.
Assim, se em 2000 a União Européia respondia por 40% das exportações brasileiras, em 2006 chegou a 31,4% - US$ 15,5 bilhões. Neste intervalo, a Ásia passou de 13,5% para 19% - US$ 9,4 bilhões, enquanto o Oriente Médio saiu de 4,9% para 8,2% - US$ 4,1 bilhões. "O Brasil é mais competitivo, fornecendo matérias-primas para os países em desenvolvimento", afirma Fábio Silveira, economista da RC Consultores.Segundo Zanella, neste período houve mudança também nos países que individualmente mais compram do Brasil. Em 2000, o principal destino individual eram os Estados Unidos, com 18% do total. No ano passado, o país seguia líder, mas a participação era de 14%. Neste período, a China passou de 11º e para 3º maior destino, com 7,7%. Segundo Zanella, a soja foi o principal motor deste crescimento - os chineses compram a matéria-prima para industrializarem lá. Nos últimos seis anos houve um salto também na participação da Rússia, que passou de 12º para 4º maior comprador do Brasil, com 6,4% do total. "A Rússia se recuperou de uma crise e cresce a taxas fortes, assim como a China, comprando proteínas, entre elas, carnes e soja", diz.
Em 2006 o destaque foi o Irã que entrou para a lista dos 10 maiores destinos com US$ 1,4 bilhão. Cerca de metade das importações daquele país vêem do Brasil. "O Brasil está ampliando o leque e ficando menos dependente", avalia Zanella. Segundo ele, a diversificação é boa porque diminui o risco econômico e aumenta a rede de contatos.
Fonte: Gazeta Mercantil
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