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Notícias
15
dez
2006
(GERAL)
Termina em Londrina a primeira conferência internacional de Agroenergia
Discussões levantadas servirão de base para a constituição da plataforma de pesquisas da Embrapa Agroenergia, centro de estudos voltado para o desenvolvimento de conhecimento sobre combustíveis renováveis
Com um saldo de 9 seminários, 16 painéis, 73 trabalhos científicos apresentados e a participação de 65 painelistas, foi encerrada, dia 13, a primeira Conferência Internacional de Agroenergia – Conae – que discutiu os rumos da pesquisa e da produção de combustíveis renováveis no Brasil. Nos últimos três dias, mais de 800 pessoas – entre especialistas, pesquisadores, empresários e estudantes – participaram do evento, que teve como objetivo central traçar um panorama do setor de biocombustíveis no país.
De acordo com o presidente da comissão organizadora da Conae, Décio Gazzoni, pesquisador da Embrapa Soja e membro da comissão técnica de elaboração do Plano Nacional de Agroenergia, as conclusões levantadas na conferência deverão servir como base para a organização da plataforma de pesquisa da recém criada Embrapa Agroenergia. “Na próxima semana, os pesquisadores da entidade deverão se debruçar sobre os temas discutidos, avaliar as idéias apresentadas, e começar a dividir as ações que deverão ser implantadas”, avalia.
Para o especialista, ficou clara a necessidade de se investir massivamente em pesquisas para o segmento, já que a agroenergia é uma oportunidade ímpar para o setor de agronegócios. Segundo Gazzoni, as questões que não têm relação direta com pesquisas – como logística e a produção agrícola – serão encaminhadas para as câmaras setoriais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para Dionízio Gazziero, presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, entidade que promoveu o evento em parceria com a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, o Brasil é o país com maior capacidade climática e física para se tornar um líder em agroenergia. “O nosso desafio é saber como aproveitar esta oportunidade. Mais que uma questão de negócios, o desenvolvimento de fontes de energia renovável é também uma responsabilidade social”, complementa.
De fato, somente no Brasil já existem mais de 200 espécies catalogadas de oleaginosas com potencial de extração de óleo para a produção de biodiesel. “Na Europa, o biodiesel vem somente da canola. Como desde o início do ano é obrigatória a adição de 2% de biodiesel ao óleo diesel comum nos países da União Européia, sendo que em 2010 esse número sobe para 5,75%, estes países já enxergam a necessidade de buscar outros meios para suprir essa demanda”, destacou Nivaldo Trama, presidente da Abiodiesel que ministrou uma conferência sobre o combustível. Ao mesmo tempo, estima-se que a demanda mundial por energia deve crescer 1,7% ao ano, considerando o período de 2000 a 2030, tornando o segmento ainda mais rentável.
O Brasil também é líder no mercado de etanol. Em 2006, o país exportou 3,3 bilhões de litros de etanol, quase 20% da produção nacional de álcool, movimentando 5,8 bilhões de dólares no Brasil no ano passado. Para o presidente da organização, a Conae possibilitou que os pesquisadores tivessem uma dimensão mais real do potencial de negócios que a agroenergia propicia. “A demanda por energia renovável deve crescer de maneira tão espantosa que, com os investimentos atuais em pesquisas, a gente duvida que algum país seja capaz de atendê-la. Para que o Brasil possa atender a esta demanda, será preciso investir ainda mais em tecnologia, pesquisa e em produção agrícola”, reitera.
Integraram os debates sobre agroenergia os temas: matriz energética mundial; perspectivas energéticas mundiais; o mercado do etanol e cana-de-açúcar; o mercado de carbono; utilização da biomassa florestal; o programa brasileiro de biodiesel; a logística da produção de bioenergia; oleaginosas; aproveitamento de co-produtos e resíduos agrícolas; rede de pesquisas para a agroenergia; mercado de biodiesel, entre outros. Além dos visitantes de todos os estados brasileiros, a Conae recebeu pesquisadores dos Estados Unidos, Canadá, França, Nova Zelândia, Argentina, Bolívia e Uruguai. Apesar de ter sido planejada para ser um evento único, a organização já planeja realizar uma nova edição em 2007 e definir uma periodicidade que deve ser anual ou bienal.
A Conferência Internacional de Agroenergia contou apoio da Embrapa, Governo do Paraná, Iapar, Embratur, Crea-PR, Adetec, Sociedade Rural do Paraná, Londrina Convention & Visitors Bureau, Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina, Sociedade Brasileira de Metrologia, Paraná Metrologia, Mútua, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Sistema Fiep.
Com um saldo de 9 seminários, 16 painéis, 73 trabalhos científicos apresentados e a participação de 65 painelistas, foi encerrada, dia 13, a primeira Conferência Internacional de Agroenergia – Conae – que discutiu os rumos da pesquisa e da produção de combustíveis renováveis no Brasil. Nos últimos três dias, mais de 800 pessoas – entre especialistas, pesquisadores, empresários e estudantes – participaram do evento, que teve como objetivo central traçar um panorama do setor de biocombustíveis no país.
De acordo com o presidente da comissão organizadora da Conae, Décio Gazzoni, pesquisador da Embrapa Soja e membro da comissão técnica de elaboração do Plano Nacional de Agroenergia, as conclusões levantadas na conferência deverão servir como base para a organização da plataforma de pesquisa da recém criada Embrapa Agroenergia. “Na próxima semana, os pesquisadores da entidade deverão se debruçar sobre os temas discutidos, avaliar as idéias apresentadas, e começar a dividir as ações que deverão ser implantadas”, avalia.
Para o especialista, ficou clara a necessidade de se investir massivamente em pesquisas para o segmento, já que a agroenergia é uma oportunidade ímpar para o setor de agronegócios. Segundo Gazzoni, as questões que não têm relação direta com pesquisas – como logística e a produção agrícola – serão encaminhadas para as câmaras setoriais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para Dionízio Gazziero, presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, entidade que promoveu o evento em parceria com a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, o Brasil é o país com maior capacidade climática e física para se tornar um líder em agroenergia. “O nosso desafio é saber como aproveitar esta oportunidade. Mais que uma questão de negócios, o desenvolvimento de fontes de energia renovável é também uma responsabilidade social”, complementa.
De fato, somente no Brasil já existem mais de 200 espécies catalogadas de oleaginosas com potencial de extração de óleo para a produção de biodiesel. “Na Europa, o biodiesel vem somente da canola. Como desde o início do ano é obrigatória a adição de 2% de biodiesel ao óleo diesel comum nos países da União Européia, sendo que em 2010 esse número sobe para 5,75%, estes países já enxergam a necessidade de buscar outros meios para suprir essa demanda”, destacou Nivaldo Trama, presidente da Abiodiesel que ministrou uma conferência sobre o combustível. Ao mesmo tempo, estima-se que a demanda mundial por energia deve crescer 1,7% ao ano, considerando o período de 2000 a 2030, tornando o segmento ainda mais rentável.
O Brasil também é líder no mercado de etanol. Em 2006, o país exportou 3,3 bilhões de litros de etanol, quase 20% da produção nacional de álcool, movimentando 5,8 bilhões de dólares no Brasil no ano passado. Para o presidente da organização, a Conae possibilitou que os pesquisadores tivessem uma dimensão mais real do potencial de negócios que a agroenergia propicia. “A demanda por energia renovável deve crescer de maneira tão espantosa que, com os investimentos atuais em pesquisas, a gente duvida que algum país seja capaz de atendê-la. Para que o Brasil possa atender a esta demanda, será preciso investir ainda mais em tecnologia, pesquisa e em produção agrícola”, reitera.
Integraram os debates sobre agroenergia os temas: matriz energética mundial; perspectivas energéticas mundiais; o mercado do etanol e cana-de-açúcar; o mercado de carbono; utilização da biomassa florestal; o programa brasileiro de biodiesel; a logística da produção de bioenergia; oleaginosas; aproveitamento de co-produtos e resíduos agrícolas; rede de pesquisas para a agroenergia; mercado de biodiesel, entre outros. Além dos visitantes de todos os estados brasileiros, a Conae recebeu pesquisadores dos Estados Unidos, Canadá, França, Nova Zelândia, Argentina, Bolívia e Uruguai. Apesar de ter sido planejada para ser um evento único, a organização já planeja realizar uma nova edição em 2007 e definir uma periodicidade que deve ser anual ou bienal.
A Conferência Internacional de Agroenergia contou apoio da Embrapa, Governo do Paraná, Iapar, Embratur, Crea-PR, Adetec, Sociedade Rural do Paraná, Londrina Convention & Visitors Bureau, Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina, Sociedade Brasileira de Metrologia, Paraná Metrologia, Mútua, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Sistema Fiep.
Fonte: Crcom comunicação empresarial/Cláudia Romariz
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