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Notícias
11
dez
2006
(GERAL)
IBAMA fecha cerco contra exploradores da floresta na fronteira Brasil-Peru
A Polícia Federal e o Ibama prometem fechar o cerco contra a extração ilegal de madeira, na fronteira do Brasil com o Peru, na região indígena Apolina Arara, no Rio Amônia, município de Marechal Thaumaturgo.
Além do crime contra a flora, resultado da invasão de madeireiros, o meio de sobrevivência dos índios da região, a caça e a pesca estão sendo ameaçados pela ação predatória de brasileiros e de peruanos. A região é conhecida por agentes federais. No inicio deste ano um peruano morreu em uma troca de tiros com a Policia Brasileira, na operação contra a derrubada ilegal na área que é de comum conflito, entre índios, madeireiros e caçadores clandestinos.
Além da ameaça a sobrevivência, os índios sofrem com o problema de demarcação das terras.
Lideranças indígenas acreditam que uma intervenção direta do governo federal poderá impedir, inclusive, possíveis conflitos entre os dois povos. Eles acreditam que a presença de instituições ligadas à causa do índio no local intimide a ação predatória.
Os representantes ameaçam, caso o problema não seja resolvido radicalizar. Entre as maiores reclamações das lideranças está a da morosidade com que os órgãos indígenas tratam o caso.
Entre os principais motivos de revolta está também a ausência de um a representação da Fundação Nacional do Índio em Cruzeiro do Sul. Informações do organizador dos povos indígenas do Juruá, Luis Nukni que participa do diálogo com representantes do Governo Federal, em Cruzeiro do Sul, não existe representação do principal órgão da causa indígena, Funai.
Ontem, na sede da União dos Povos Indígenas, em Cruzeiro do Sul, 22 índios acompanhados do cacique Francisco Siqueira reuniram-se com membros da Polícia Federal, o delegado da cidade Alisson Sabarense, a gerente do Incra, Maria Eunice de Sá, representantes do Ibama e do Imac.
O assunto principal foi a demarcação das terras indígenas, fiscalização contra a presença de madeireiros da região, inclusive, peruanos e a garantia dos meios de sobrevivência.
Quatro operações simultâneas da Polícia Federal sacodem o Brasil
A Polícia Federal desencadeou, na manhã de ontem, quatro operações que atingiram seis Estados. Mais de 500 homens foram mobilizados. A Superintendência da PF no Acre enviou um grande efetivo - o total de agentes não foi divulgado - para ajudar nas ações da Operação Passagem, em Rondônia.
A operação em Rondônia mobilizou 160 policiais, entre acreanos e rondonienses. O objetivo era prender uma quadrilha que cometia crimes contra o meio ambiente.
No Pará, o objetivo da Operação Control+Alt+Del foi combater os crimes cibernéticos. Em São Luís, o alvo da Operação Sentença é uma quadrilha de fraudadores e, em Goiás, a meta é atingir carvoarias que cometiam crimes ambientais.
A Operação Passagem resultou na prisão de funcionários do Ibama e empresários madeireiros. Nove foram presos até o final da tarde de ontem. Foram cumpridos também 62 mandados de busca e apreensão, sendo 32 em empresas de extração de madeira. A ação deveria ter ocorrido no dia anterior dia 6, mas, devido a problemas nos aeroportos e a conseqüentes dificuldades no transporte dos policiais, foi adiada para ontem.
Os envolvidos exploravam madeira de forma ilegal das reservas indígenas de Lajes e Ribeirão, na Região Oeste do Estado. A madeira era exportada para a Bolívia passando por Guajará-Mirim. Os transportadores faziam uso de autorização para transporte de produtos florestais (ATPFs) irregulares.
As autorizações eram furtadas no Ibama do Pará e vendidas em Rondônia embora esse documento não esteja mais em uso foram transformados nos atuais documentos de origem florestal (DOF) como se fossem legais.
Ações em cinco cidades
A operação ocorreu nos municípios de Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Ariquemes e Ji-Paraná. Os mandados foram expedidos pelo Juiz da 3ª Vara Federal, Élcio Arruda. Os presos ficaram em Guajará-Mirim, no presídio conhecido como Pandinha.
O nome da operação faz referência às duas pontes da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré que são a passagem para fora do Estado de Rondônia pela Região Oeste.
Os presos são integrantes de uma organização criminosa especializada em promover o comércio de madeira ilicitamente retirada das unidades de conservação. Eles também agiram em desmatamentos ilegais.
A investigação teve início em outubro de 2005 depois de supostas ameaças de morte a um servidor do Ibama. As ameaças teriam partido de madeireiros insatisfeitos com os resultados de uma auditoria feita por ele no Ibama de Guajará-Mirim.
A auditoria apontou irregularidades e crimes que teriam sido cometidos por servidores. São 11 empresas de Nova Mamoré que se beneficiaram. Em novembro de 2005, o relatório de auditoria foi encaminhado à Polícia Federal, que deu início às investigações.
Nos últimos anos, a Polícia Federal desencadeou diversas operações de combate aos crimes ambientais, entre elas as Operações Curupira 1, Curupira 2, Novo Empate, Aroeira e Daniel.
A Operação Passagem foi a 14ª em parceria com o Ibama desde 2003. São ao todo 424 presos, sendo 106 servidores do Ibama, 19 servidores públicos de outras instituições e 22 empresários lobistas, advogados e contadores.
Além do crime contra a flora, resultado da invasão de madeireiros, o meio de sobrevivência dos índios da região, a caça e a pesca estão sendo ameaçados pela ação predatória de brasileiros e de peruanos. A região é conhecida por agentes federais. No inicio deste ano um peruano morreu em uma troca de tiros com a Policia Brasileira, na operação contra a derrubada ilegal na área que é de comum conflito, entre índios, madeireiros e caçadores clandestinos.
Além da ameaça a sobrevivência, os índios sofrem com o problema de demarcação das terras.
Lideranças indígenas acreditam que uma intervenção direta do governo federal poderá impedir, inclusive, possíveis conflitos entre os dois povos. Eles acreditam que a presença de instituições ligadas à causa do índio no local intimide a ação predatória.
Os representantes ameaçam, caso o problema não seja resolvido radicalizar. Entre as maiores reclamações das lideranças está a da morosidade com que os órgãos indígenas tratam o caso.
Entre os principais motivos de revolta está também a ausência de um a representação da Fundação Nacional do Índio em Cruzeiro do Sul. Informações do organizador dos povos indígenas do Juruá, Luis Nukni que participa do diálogo com representantes do Governo Federal, em Cruzeiro do Sul, não existe representação do principal órgão da causa indígena, Funai.
Ontem, na sede da União dos Povos Indígenas, em Cruzeiro do Sul, 22 índios acompanhados do cacique Francisco Siqueira reuniram-se com membros da Polícia Federal, o delegado da cidade Alisson Sabarense, a gerente do Incra, Maria Eunice de Sá, representantes do Ibama e do Imac.
O assunto principal foi a demarcação das terras indígenas, fiscalização contra a presença de madeireiros da região, inclusive, peruanos e a garantia dos meios de sobrevivência.
Quatro operações simultâneas da Polícia Federal sacodem o Brasil
A Polícia Federal desencadeou, na manhã de ontem, quatro operações que atingiram seis Estados. Mais de 500 homens foram mobilizados. A Superintendência da PF no Acre enviou um grande efetivo - o total de agentes não foi divulgado - para ajudar nas ações da Operação Passagem, em Rondônia.
A operação em Rondônia mobilizou 160 policiais, entre acreanos e rondonienses. O objetivo era prender uma quadrilha que cometia crimes contra o meio ambiente.
No Pará, o objetivo da Operação Control+Alt+Del foi combater os crimes cibernéticos. Em São Luís, o alvo da Operação Sentença é uma quadrilha de fraudadores e, em Goiás, a meta é atingir carvoarias que cometiam crimes ambientais.
A Operação Passagem resultou na prisão de funcionários do Ibama e empresários madeireiros. Nove foram presos até o final da tarde de ontem. Foram cumpridos também 62 mandados de busca e apreensão, sendo 32 em empresas de extração de madeira. A ação deveria ter ocorrido no dia anterior dia 6, mas, devido a problemas nos aeroportos e a conseqüentes dificuldades no transporte dos policiais, foi adiada para ontem.
Os envolvidos exploravam madeira de forma ilegal das reservas indígenas de Lajes e Ribeirão, na Região Oeste do Estado. A madeira era exportada para a Bolívia passando por Guajará-Mirim. Os transportadores faziam uso de autorização para transporte de produtos florestais (ATPFs) irregulares.
As autorizações eram furtadas no Ibama do Pará e vendidas em Rondônia embora esse documento não esteja mais em uso foram transformados nos atuais documentos de origem florestal (DOF) como se fossem legais.
Ações em cinco cidades
A operação ocorreu nos municípios de Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Ariquemes e Ji-Paraná. Os mandados foram expedidos pelo Juiz da 3ª Vara Federal, Élcio Arruda. Os presos ficaram em Guajará-Mirim, no presídio conhecido como Pandinha.
O nome da operação faz referência às duas pontes da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré que são a passagem para fora do Estado de Rondônia pela Região Oeste.
Os presos são integrantes de uma organização criminosa especializada em promover o comércio de madeira ilicitamente retirada das unidades de conservação. Eles também agiram em desmatamentos ilegais.
A investigação teve início em outubro de 2005 depois de supostas ameaças de morte a um servidor do Ibama. As ameaças teriam partido de madeireiros insatisfeitos com os resultados de uma auditoria feita por ele no Ibama de Guajará-Mirim.
A auditoria apontou irregularidades e crimes que teriam sido cometidos por servidores. São 11 empresas de Nova Mamoré que se beneficiaram. Em novembro de 2005, o relatório de auditoria foi encaminhado à Polícia Federal, que deu início às investigações.
Nos últimos anos, a Polícia Federal desencadeou diversas operações de combate aos crimes ambientais, entre elas as Operações Curupira 1, Curupira 2, Novo Empate, Aroeira e Daniel.
A Operação Passagem foi a 14ª em parceria com o Ibama desde 2003. São ao todo 424 presos, sendo 106 servidores do Ibama, 19 servidores públicos de outras instituições e 22 empresários lobistas, advogados e contadores.
Fonte: A Tribuna
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