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Notícias

21
nov
2006
(GERAL)
Conversão de celulose em etanol é meta de fundação com a Oxiteno
As novas tecnologias com foco na hidrólise (conversão da sacarose ou celulose em etanol) serão o principal foco de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), com a Oxiteno, segundo o diretor científico da fundação, Carlos Henrique Brito Cruz.

“Essas tecnologias são o principal ponto em vários países. Nessa parceria não será diferente”, garante Cruz. A Fapesp e a Oxiteno, empresa controlada pelo grupo Ultrapar e uma das maiores indústrias químicas do Brasil, anunciaram ontem um convênio que irá receber projetos de pesquisadores com o fim de desenvolver tecnologias para produção de açúcares, álcool e derivados. Segundo Carlos Cruz, a cooperação entre os cientistas paulistas e a Oxiteno pode levar à descoberta de importantes aplicações para valorizar o etanol local.

Para a fase inicial de pesquisa e desenvolvimento, foram disponibilizados 6 milhões de reais, sendo 1,5 milhão vindos da Fapesp, 1,5 milhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 3 milhões da Oxiteno. Segundo a Fapesp, valores da mesma grandeza serão usados para a aplicação no mercado das tecnologias criadas por meio da iniciativa.

Entre as categorias de pesquisa consideradas prioridade estão a caracterização de materiais lignocelulósicos, estudo da solvência da lignina, seleção e desempenho de catalisadores e promotores na hidrólise ácida de celulose, bem como na hidrólise enzimática.

Parte do investimento é voltada ao estudo de uma biorrefinaria que permitirá a geração de produtos químicos a partir do etanol. “A Oxiteno quer ingressar em uma nova onda produtiva na indústria química por meio de produtos sucroquímicos e alcoolquímicos”, diz Pedro Wongtschowski, diretor superintendente da Oxiteno. O executivo afirma que o País pode demandar, só para o mercado interno, 7 bilhões de litros de álcool por ano: “É um número expressivo quando comparado ao atual mercado doméstico, que consome 16 bilhões de litros ao ano”.

Fonte: Jornal DCI

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