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Notícias
17
nov
2006
(GERAL)
Floresta é alternativa para agricultores
Soja, milho, cana, pecuária e...floresta. É isso mesmo. Florestas têm sido uma alternativa rentável para agricultores que querem complementar a atividade no campo. E se essa tendência é um caminho que não tem volta, o assunto não poderia fica de fora do maior e mais importante evento do setor madeireiro/ florestal da América Latina. A Fenam 2007 terá um seminário para apresentar e debater o fomento florestal e suas vantagens para empresas e produtores rurais.
Segundo o coordenador do seminário, o engenheiro florestal Carlos Alberto Vanolli, presidente da Associação Paranaense de Engenheiros Florestais (APEF), o tema central será a importância do investimento em florestas como negócio. "A idéia é apresentar uma visão geral sobre o fomento florestal, o incentivo das empresas de madeira, papel e celulose e como o pequeno produtor, principalmente, pode ter uma alternativa para permanecer na terra", explica.
De acordo com Vanolli, o seminário terá a participação de autoridades ligadas à agricultura, representantes das empresas que estão fomentando a atividade, produtores e outros especialistas no assunto. "Vamos apresentar cases de sucesso no fomento florestal, principalmente de cidades em que a atividade vem sendo desenvolvida com bons resultados", completa.
E o assunto vem mesmo em boa hora. Nunca a plantação de florestas como negócio esteve tão em evidência. Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), em 2005 foram plantados 553 mil hectares, o que representa aumento de quase 20% na área em relação a 2004. Em relação a 2002, por exemplo, o aumento chega a 70%. Com isso, temos hoje no Brasil uma área plantada de 5,2 milhões de hectares, sendo 3,2 milhões de eucalipto, 1,8 milhão de pinus e o restante com espécies como acácia-negra, teca, pinheiro-do-paraná, seringueira e outras. Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina são os principais produtores.
Além do plantio em áreas próprias de grandes empresas do setor de madeira, papel e celulose, está havendo grande incentivo a pequenos e médios produtores. Dos 553 mil hectares plantados em 2005, estima-se que, pelo menos, 130 mil hectares tenham sido fruto de programas de fomento florestal. Os programas beneficiam as empresas, que não precisam investir em terras, e os produtores, que podem aproveitar melhor áreas não-agricultáveis e terem rendimentos entre R$ 3 mil e R$ 5 mil por hectare, contra cerca de R$ 700,00 por hectare de culturas como a soja e o milho.
O objetivo dos programas de incentivo é aumentar a produção de madeira e evitar a falta de matéria-prima. Uma das pioneiras no fomento florestal é a Klabin, de Telêmaco Borba (PR), que desenvolve o projeto desde 1984 em Santa Catarina e, desde 1987, no Paraná. "Transferimos a melhor tecnologia na formação das mudas, repassamos insumos e prestamos assistência técnica, inclusive na comercialização. O pagamento é feito com uma parte pequena da produção de madeira, dando tranqüilidade financeira ao agricultor florestal", explica Ronaldo Luiz Sella, gerente de Comercialização de Madeira e Fomento Florestal da Klabin. Mais de dez mil produtores participam do programa no Paraná e em Santa Catarina, abrangendo cerca de 50 mil hectares. "Até 2012 a participação dos fomentados no fornecimento de madeira deve subir de 8% para 20%", prevê Sella.
Programa semelhante também tem a Berneck, de Curitiba (PR). "Fornecemos a muda e o formicida e ainda pagamos dois centavos por muda à Emater, que entra com a assistência técnica e com a administração do sistema. O produtor participa com a terra e paga cinco centavos por muda à Emater. Depois compramos a madeira a preço de mercado", explica Osmar Eugenio Kretschek, gerente Florestal da Berneck. Para ele, com a silvicultura, o agricultor terá uma poupança crescente, já que os primeiros desbastes de pinus, por exemplo, podem ser feitos com sete ou oito anos. Depois faz outro com 15 anos e cortes rasos com 20 anos. A meta da empresa é plantar mil hectares por ano.
Fomento também municipal
Alguns municípios também têm fomentado a atividade florestal, impulsionando o desenvolvimento econômico local. Telêmaco Borba (PR) e Otacílio Costa (SC) são dois exemplos.
Randy Spetlz, secretário municipal de Trabalho e Indústria Convencional de Telêmaco Borba, explica que desde 1989 há um projeto em vigor para auxiliar o desenvolvimento industrial da região, que já levou à cidade cerca de 60 indústrias, gerando cerca de 3500 postos de trabalho. "A prefeitura concedeu áreas para as empresas do setor madeireiro como serrarias, indústrias de móveis, compensados, entre outras. Juntas, elas promoveram um crescimento de 15% na economia da nossa cidade", diz o secretário.
Em Otacílio Costa, projeto igual foi implantado em 2001 com o objetivo de gerar empregos, reaproveitando os recursos florestais que a cidade possui. A prefeitura investiu cerca de R$1,5 milhão em infra-estrutura e aquisição de áreas de empreendimento industrial. "Conseguimos atrair cerca de 15 indústrias do setor madeireiro e criar em torno de 2800 empregos diretos e indiretos", explica Denilson Luiz Padilha, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico. Ele acrescenta que o objetivo agora é captar outros segmentos do setor madeireiro, que necessitem de mão-de-obra mais especializada, com melhor remuneração.
Segundo o coordenador do seminário, o engenheiro florestal Carlos Alberto Vanolli, presidente da Associação Paranaense de Engenheiros Florestais (APEF), o tema central será a importância do investimento em florestas como negócio. "A idéia é apresentar uma visão geral sobre o fomento florestal, o incentivo das empresas de madeira, papel e celulose e como o pequeno produtor, principalmente, pode ter uma alternativa para permanecer na terra", explica.
De acordo com Vanolli, o seminário terá a participação de autoridades ligadas à agricultura, representantes das empresas que estão fomentando a atividade, produtores e outros especialistas no assunto. "Vamos apresentar cases de sucesso no fomento florestal, principalmente de cidades em que a atividade vem sendo desenvolvida com bons resultados", completa.
E o assunto vem mesmo em boa hora. Nunca a plantação de florestas como negócio esteve tão em evidência. Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), em 2005 foram plantados 553 mil hectares, o que representa aumento de quase 20% na área em relação a 2004. Em relação a 2002, por exemplo, o aumento chega a 70%. Com isso, temos hoje no Brasil uma área plantada de 5,2 milhões de hectares, sendo 3,2 milhões de eucalipto, 1,8 milhão de pinus e o restante com espécies como acácia-negra, teca, pinheiro-do-paraná, seringueira e outras. Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina são os principais produtores.
Além do plantio em áreas próprias de grandes empresas do setor de madeira, papel e celulose, está havendo grande incentivo a pequenos e médios produtores. Dos 553 mil hectares plantados em 2005, estima-se que, pelo menos, 130 mil hectares tenham sido fruto de programas de fomento florestal. Os programas beneficiam as empresas, que não precisam investir em terras, e os produtores, que podem aproveitar melhor áreas não-agricultáveis e terem rendimentos entre R$ 3 mil e R$ 5 mil por hectare, contra cerca de R$ 700,00 por hectare de culturas como a soja e o milho.
O objetivo dos programas de incentivo é aumentar a produção de madeira e evitar a falta de matéria-prima. Uma das pioneiras no fomento florestal é a Klabin, de Telêmaco Borba (PR), que desenvolve o projeto desde 1984 em Santa Catarina e, desde 1987, no Paraná. "Transferimos a melhor tecnologia na formação das mudas, repassamos insumos e prestamos assistência técnica, inclusive na comercialização. O pagamento é feito com uma parte pequena da produção de madeira, dando tranqüilidade financeira ao agricultor florestal", explica Ronaldo Luiz Sella, gerente de Comercialização de Madeira e Fomento Florestal da Klabin. Mais de dez mil produtores participam do programa no Paraná e em Santa Catarina, abrangendo cerca de 50 mil hectares. "Até 2012 a participação dos fomentados no fornecimento de madeira deve subir de 8% para 20%", prevê Sella.
Programa semelhante também tem a Berneck, de Curitiba (PR). "Fornecemos a muda e o formicida e ainda pagamos dois centavos por muda à Emater, que entra com a assistência técnica e com a administração do sistema. O produtor participa com a terra e paga cinco centavos por muda à Emater. Depois compramos a madeira a preço de mercado", explica Osmar Eugenio Kretschek, gerente Florestal da Berneck. Para ele, com a silvicultura, o agricultor terá uma poupança crescente, já que os primeiros desbastes de pinus, por exemplo, podem ser feitos com sete ou oito anos. Depois faz outro com 15 anos e cortes rasos com 20 anos. A meta da empresa é plantar mil hectares por ano.
Fomento também municipal
Alguns municípios também têm fomentado a atividade florestal, impulsionando o desenvolvimento econômico local. Telêmaco Borba (PR) e Otacílio Costa (SC) são dois exemplos.
Randy Spetlz, secretário municipal de Trabalho e Indústria Convencional de Telêmaco Borba, explica que desde 1989 há um projeto em vigor para auxiliar o desenvolvimento industrial da região, que já levou à cidade cerca de 60 indústrias, gerando cerca de 3500 postos de trabalho. "A prefeitura concedeu áreas para as empresas do setor madeireiro como serrarias, indústrias de móveis, compensados, entre outras. Juntas, elas promoveram um crescimento de 15% na economia da nossa cidade", diz o secretário.
Em Otacílio Costa, projeto igual foi implantado em 2001 com o objetivo de gerar empregos, reaproveitando os recursos florestais que a cidade possui. A prefeitura investiu cerca de R$1,5 milhão em infra-estrutura e aquisição de áreas de empreendimento industrial. "Conseguimos atrair cerca de 15 indústrias do setor madeireiro e criar em torno de 2800 empregos diretos e indiretos", explica Denilson Luiz Padilha, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico. Ele acrescenta que o objetivo agora é captar outros segmentos do setor madeireiro, que necessitem de mão-de-obra mais especializada, com melhor remuneração.
Fonte: Assessoria Fenam
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