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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Indústria florestal revela potencial investimento.
O futuro das atividades econômicas com base florestal no Brasil deve ser de crescimento superior à média nacional e investimentos em ascensão. Isso é o que indica estudo feito pela Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) em parceria com a indústria brasileira de madeira. Nele buscou-se traçar a perspectiva de produção e demanda de produtos florestais nos próximos 20 anos. O que se observou foram mudanças estruturais nas formas de exploração de florestas e um forte aumento de consumo das matérias primas.
O levantamento, divulgado durante o sexto congresso de compensado e madeiras tropicais, em Belém (PA), calculou que, hoje, juntando-se segmentos como madeira serrada, papel, celulose, painéis e extrativismo florestal chega-se a uma participação de 4,5% no PIB, ou divisas da ordem de US$ 20 bilhões. Já respondem, no saldo da balança comercial, por 28,2%, ou US$ 3,7 bilhões dos US$ 13,1 bilhões alcançados em 2002.
Nos últimos dez anos, o crescimento da produção e das exportações dos principais setores com base florestal dificilmente ficou abaixo de 5%. A produção de madeira serrada a partir de florestas plantadas cresceu 7%, por exemplo. Outra amostra de rápido incremento é o mercado de celulose, que atingiu a produção de 8 milhões de toneladas no ano passado, um crescimento 5,3% em dez anos. " Se nada atrapalhar, o setor florestal continua a crescer neste ritmo " , prevê o consultor Ivan Tomaselli, principal responsável pelo estudo.
Neste salto estimado, algumas mudanças são previstas. No ramo de papel e celulose, se espera uma tendência de agregação de valor, ou seja, um aumento da produção de papel ao invés da simples exportação de celulose. Atualmente, a produção de celulose para consumo interno está em cerca de 4,5 milhões de toneladas e deverá chegar a 18 milhões de toneladas em 2020, enquanto o papel hoje tem produção de cerca de 6 milhões de toneladas e chegará próximo a 20 milhões em 18 anos.
Outra tendência é o uso cada vez maior de gêneros da espécie Eucalyptus em detrimento do pinus e das madeiras tropicais. Os dados da FAO mostram que dos aproximadamente 160 milhões de metros cúbicos de madeira consumidas no Brasil pelo setor industrial em 2002, 50 milhões eram nativas e o restante, plantadas. Desde 90, as nativas perdem espaço e o eucalipto cresce.Uma das mudanças estruturais previstas pela FAO na exploração de florestas nos próximos 20 anos no Brasil é a participação cada vez maior de áreas públicas. Hoje já se vislumbra isso com a diretriz do governo federal de conceder o uso de florestas públicas para empresas e comunidades extrativistas.
A demanda pela concessões de florestas públicas tem se tornado cada vez mais forte no setor madeireiro. O estudo da FAO prevê a duplicação das unidades de conservação integrais nos próximos 20 anos, mas também se espera que se criem novas possibilidades de exploração. Atualmente, 66,5 milhões de hectares de florestas são protegidos no país.
A intenção do governo é criar até 2010, mais 30 milhões de hectares de florestas nacionais. Eles seriam concedidos mediante planos de exploração sustentável e não dariam a posse de terra a quem ganhasse o direito de uso.
O modelo de concessões de florestas tem sido criticado por alguns institutos de pesquisa pois não beneficiaria a entrada de pequenos produtores. O pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Eirivelthon Lima, afirma que o projeto de concessão está sendo pensado às pressas e deixa o pequeno produtor de fora. O diretor do Programa Nacional de Florestas, Carlos Rocha Vicente, garante que o modelo beneficiará os pequenos através do manejo comunitário, juntando áreas de diversos produtores para se conseguir explorar a mata com menor impacto.
Fonte: Gustavo Faleiros, De Belém - Valor Online
26/set/03
O levantamento, divulgado durante o sexto congresso de compensado e madeiras tropicais, em Belém (PA), calculou que, hoje, juntando-se segmentos como madeira serrada, papel, celulose, painéis e extrativismo florestal chega-se a uma participação de 4,5% no PIB, ou divisas da ordem de US$ 20 bilhões. Já respondem, no saldo da balança comercial, por 28,2%, ou US$ 3,7 bilhões dos US$ 13,1 bilhões alcançados em 2002.
Nos últimos dez anos, o crescimento da produção e das exportações dos principais setores com base florestal dificilmente ficou abaixo de 5%. A produção de madeira serrada a partir de florestas plantadas cresceu 7%, por exemplo. Outra amostra de rápido incremento é o mercado de celulose, que atingiu a produção de 8 milhões de toneladas no ano passado, um crescimento 5,3% em dez anos. " Se nada atrapalhar, o setor florestal continua a crescer neste ritmo " , prevê o consultor Ivan Tomaselli, principal responsável pelo estudo.
Neste salto estimado, algumas mudanças são previstas. No ramo de papel e celulose, se espera uma tendência de agregação de valor, ou seja, um aumento da produção de papel ao invés da simples exportação de celulose. Atualmente, a produção de celulose para consumo interno está em cerca de 4,5 milhões de toneladas e deverá chegar a 18 milhões de toneladas em 2020, enquanto o papel hoje tem produção de cerca de 6 milhões de toneladas e chegará próximo a 20 milhões em 18 anos.
Outra tendência é o uso cada vez maior de gêneros da espécie Eucalyptus em detrimento do pinus e das madeiras tropicais. Os dados da FAO mostram que dos aproximadamente 160 milhões de metros cúbicos de madeira consumidas no Brasil pelo setor industrial em 2002, 50 milhões eram nativas e o restante, plantadas. Desde 90, as nativas perdem espaço e o eucalipto cresce.Uma das mudanças estruturais previstas pela FAO na exploração de florestas nos próximos 20 anos no Brasil é a participação cada vez maior de áreas públicas. Hoje já se vislumbra isso com a diretriz do governo federal de conceder o uso de florestas públicas para empresas e comunidades extrativistas.
A demanda pela concessões de florestas públicas tem se tornado cada vez mais forte no setor madeireiro. O estudo da FAO prevê a duplicação das unidades de conservação integrais nos próximos 20 anos, mas também se espera que se criem novas possibilidades de exploração. Atualmente, 66,5 milhões de hectares de florestas são protegidos no país.
A intenção do governo é criar até 2010, mais 30 milhões de hectares de florestas nacionais. Eles seriam concedidos mediante planos de exploração sustentável e não dariam a posse de terra a quem ganhasse o direito de uso.
O modelo de concessões de florestas tem sido criticado por alguns institutos de pesquisa pois não beneficiaria a entrada de pequenos produtores. O pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Eirivelthon Lima, afirma que o projeto de concessão está sendo pensado às pressas e deixa o pequeno produtor de fora. O diretor do Programa Nacional de Florestas, Carlos Rocha Vicente, garante que o modelo beneficiará os pequenos através do manejo comunitário, juntando áreas de diversos produtores para se conseguir explorar a mata com menor impacto.
Fonte: Gustavo Faleiros, De Belém - Valor Online
26/set/03
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