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Notícias
27
out
2006
(GERAL)
América Latina perde espaço no mercado de créditos de carbono
A América Latina não está aproveitando seu potencial na venda de direitos de emissões poluentes, perdendo terreno para a China e a Índia, segundo um relatório do Banco Mundial apresentado hoje em Pequim.
Nos primeiros nove meses deste ano, a China ocupou a maior fatia deste mercado, com 60%, seguida pela Índia, que subiu de 3% no ano passado para 15%.
Em terceiro lugar vem a América Latina, com 9%, liderada como sempre pelo Brasil (4%). O percentual da região ficou bem abaixo dos 19% do ano passado.
"Não se pode falar de uma queda porque o volume de vendas foi mais ou menos o mesmo. Mas a China e a Índia registraram um enorme crescimento", disse à Efe Karan Capoor, um dos autores do relatório, apresentado durante a Expo Carbono Ásia 2006.
A falta de unificação do mercado latino-americano, os trâmites complicados e a exclusão de alguns países, como a Venezuela, são apontados como as causas principais da estagnação da região.
"Em seu conjunto, a América Latina tem um potencial parecido com o da China. Mas há grandes diferenças entre os países da região, e os processos para validar os projetos são mais lentos", explicou hoje à Efe o subdiretor de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da companhia elétrica espanhola Endesa, José Casas.
Segundo a experiência da companhia, disse, Chile e Brasil são os países melhor organizados neste mercado.
O Protocolo de Kioto, que entrou em vigor em 2005 com a adesão de 156 países, estabelece várias ferramentas para reduzir as emissões dos seis gases que causam o efeito estufa. O dióxido de carbono representa mais de 70% do total.
Os países desenvolvidos signatários do protocolo se comprometeram a reduzir em 5,2% as suas emissões em relação aos níveis de 1990, durante o período de 2008 a 2012. Pelos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), eles podem comprar créditos certificados de carbono em nações em desenvolvimento, livres de compromissos.
A China se tornou o principal vendedor de créditos de carbono, passando a Índia. Segundo os analistas, o motivo é o alto preço cobrado pelos indianos.
"No ano passado, os indianos começaram a pedir preços muito altos. Agora eles baixaram de novo, porque viram que os compradores podem adquirir créditos em outros lugares", disse Michael Fuebi, vice-presidente de proteção climática da alemã RWE.
Os preços dos créditos de carbono são um dos assuntos que mais preocupam aos compradores. Alguns temem que a hegemonia chinesa provoque uma alta. Mas Pequim promete manterá um nível estável.
Outro problema do mercado chinês é que, até agora, os acordos se concentram em projetos para reduzir o HFC-23, um tipo de hidrofluorcarbono (um dos seis gases incluídos em Tóquio) que oferece maiores lucros porque tem um potencial poluente 12 mil vezes maior.
"Não vamos mais participar de projetos de HFC. A tendência será rumo a projetos de eficiência energética e energias renováveis", disse Lu Xuedu, subdiretor do Escritório de Meio Ambiente do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Segundo o relatório do Banco Mundial, as iniciativas "limpas" estão crescendo e, neste ano, foram 26% do volume total de projetos em países em desenvolvimento, mais que o dobro do ano passado. Os de HFC, porém, ainda são 51%.
Nos primeiros nove meses deste ano, a China ocupou a maior fatia deste mercado, com 60%, seguida pela Índia, que subiu de 3% no ano passado para 15%.
Em terceiro lugar vem a América Latina, com 9%, liderada como sempre pelo Brasil (4%). O percentual da região ficou bem abaixo dos 19% do ano passado.
"Não se pode falar de uma queda porque o volume de vendas foi mais ou menos o mesmo. Mas a China e a Índia registraram um enorme crescimento", disse à Efe Karan Capoor, um dos autores do relatório, apresentado durante a Expo Carbono Ásia 2006.
A falta de unificação do mercado latino-americano, os trâmites complicados e a exclusão de alguns países, como a Venezuela, são apontados como as causas principais da estagnação da região.
"Em seu conjunto, a América Latina tem um potencial parecido com o da China. Mas há grandes diferenças entre os países da região, e os processos para validar os projetos são mais lentos", explicou hoje à Efe o subdiretor de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da companhia elétrica espanhola Endesa, José Casas.
Segundo a experiência da companhia, disse, Chile e Brasil são os países melhor organizados neste mercado.
O Protocolo de Kioto, que entrou em vigor em 2005 com a adesão de 156 países, estabelece várias ferramentas para reduzir as emissões dos seis gases que causam o efeito estufa. O dióxido de carbono representa mais de 70% do total.
Os países desenvolvidos signatários do protocolo se comprometeram a reduzir em 5,2% as suas emissões em relação aos níveis de 1990, durante o período de 2008 a 2012. Pelos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), eles podem comprar créditos certificados de carbono em nações em desenvolvimento, livres de compromissos.
A China se tornou o principal vendedor de créditos de carbono, passando a Índia. Segundo os analistas, o motivo é o alto preço cobrado pelos indianos.
"No ano passado, os indianos começaram a pedir preços muito altos. Agora eles baixaram de novo, porque viram que os compradores podem adquirir créditos em outros lugares", disse Michael Fuebi, vice-presidente de proteção climática da alemã RWE.
Os preços dos créditos de carbono são um dos assuntos que mais preocupam aos compradores. Alguns temem que a hegemonia chinesa provoque uma alta. Mas Pequim promete manterá um nível estável.
Outro problema do mercado chinês é que, até agora, os acordos se concentram em projetos para reduzir o HFC-23, um tipo de hidrofluorcarbono (um dos seis gases incluídos em Tóquio) que oferece maiores lucros porque tem um potencial poluente 12 mil vezes maior.
"Não vamos mais participar de projetos de HFC. A tendência será rumo a projetos de eficiência energética e energias renováveis", disse Lu Xuedu, subdiretor do Escritório de Meio Ambiente do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Segundo o relatório do Banco Mundial, as iniciativas "limpas" estão crescendo e, neste ano, foram 26% do volume total de projetos em países em desenvolvimento, mais que o dobro do ano passado. Os de HFC, porém, ainda são 51%.
Fonte: EFE / Folha Online
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