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Notícias
09
out
2006
(GERAL)
Produtor troca soja por café, cana e eucalipto
A redução da área para plantio de soja, que deve ser superior a 1 milhão de hectares, segundo estimativa divulgada ontem pela Conab (leia texto ao lado), está provocando mudanças inéditas nas plantações antes destinadas ao produto. Até este ano, era comum utilizar parte dessas áreas para plantação de produtos como milho, mas agora cresce a ocupação dessas plantações com culturas perenes, principalmente café e eucalipto — o que significa que a substituição será duradoura.
A entrada de café em áreas que eram ocupadas pela soja prevalece principalmente em Minas Gerais, em que a cafeicultura é forte. Existem também outras alternativas, como a do grupo Ma Shou Tao, que planeja utilizar uma fatia antes reservada à soja para eucalipto, com os vários projetos que vêm sendo anunciados pelas empresas de papel e celulose. Essa é uma tendência que se firma também no Rio Grande do Sul.
O interesse pela troca do cultivo de soja por eucalipto ganhou mais um reforço ontem, quando o diretor presidente da Votorantim Celulose e Papel (VCP), José Luciano Penido, informou que a companhia cultiva 17 mil hectares por ano no Rio Grande do Sul para preparar a base florestal que irá abastecer a futura fábrica de celulose a ser instalada na região sul do estado. O local da unidade ainda não foi escolhido, mas seis municípios estão entre os mais prováveis: Arroio Grande, Pelotas, Rio Grande, Capão do Leão, Cerrito e Pedro Osório.
Penido informou que a VCP já semeou as safras de 2004 e 2005, e está plantando a deste ano. A área de florestas de eucalipto foi dimensionada com base na necessidade de corte anual para a fábrica de um milhão de toneladas anuais de celulose, com investimento de US$ 1,3 bilhão. Penido disse que o conselho de administração da VCP deve aprová-lo no final de 2008.
Espaço para o café
No caso da troca de soja por café, o espaço é cada vez maior em Minas. De acordo com as informações de ontem da Conab, a redução da área plantada de soja no estado deve ficar entre 13% e 15%, equivalentes a cerca de 100 mil hectares. Essa situação incentiva o movimento de migração de outras culturas para essa área e o café é a principal novidade para a próxima safra. A cafeicultura teve crescimento de 3,3% em sua área, o que equivale a 1,12 milhão de hectares.
A região em que a migração acontece com maior força é o cerrado mineiro, área que tem no seu entorno uma produção significativa de soja. Segundo o assessor da Comissão de Café da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Rodrigo Pena, o produtor diminui o espaço destinado aos grãos, principalmente soja, reservando uma área para os cafezais.
Para o presidente da Associação dos Cafeicultores de Patrocínio (Acarpa), na região do cerrado, Wilson José de Oliveira, a migração já é visível na região: “Acredito que o produtor que já cultiva as duas culturas agora está dando mais ênfase ao café”, afirma.
A migração, no entanto, também traz preocupação. Técnicos da Faemg estão preocupados com a possibilidade de uma supersafra de café daqui a quatro anos, período no qual os produtores de soja da região do cerrado que estão migrando para o produto devem colher sua primeira safra: “Ainda não é uma situação alarmante, mas esse movimento pode gerar estoques e desequilibrar a oferta e a demanda” acredita Pena.
No Mato Grosso, cana
Com o início do período das chuvas, produtores de Sorriso (MT) e região iniciaram o cultivo da nova safra de (2006/2007). O município é campeão mundial de produção do grão. De acordo com o Sindicato Rural de Sorriso, praticamente todos os produtores que adquiriram os insumos antecipadamente já deram início ao plantio. Em razão das dificuldades para tomada de financiamentos, o segmento acredita em uma redução de 10% da área plantada. Ou seja, dos 600 mil hectares (ha) plantados na última safra (05/06), Sorriso deve plantar cerca de 540 mil/ha neste novo ciclo. A área sem cultivo de soja será aproveitada — cerca de 30 mil/ha — por culturas como a cana-de-açúcar.
A entrada de café em áreas que eram ocupadas pela soja prevalece principalmente em Minas Gerais, em que a cafeicultura é forte. Existem também outras alternativas, como a do grupo Ma Shou Tao, que planeja utilizar uma fatia antes reservada à soja para eucalipto, com os vários projetos que vêm sendo anunciados pelas empresas de papel e celulose. Essa é uma tendência que se firma também no Rio Grande do Sul.
O interesse pela troca do cultivo de soja por eucalipto ganhou mais um reforço ontem, quando o diretor presidente da Votorantim Celulose e Papel (VCP), José Luciano Penido, informou que a companhia cultiva 17 mil hectares por ano no Rio Grande do Sul para preparar a base florestal que irá abastecer a futura fábrica de celulose a ser instalada na região sul do estado. O local da unidade ainda não foi escolhido, mas seis municípios estão entre os mais prováveis: Arroio Grande, Pelotas, Rio Grande, Capão do Leão, Cerrito e Pedro Osório.
Penido informou que a VCP já semeou as safras de 2004 e 2005, e está plantando a deste ano. A área de florestas de eucalipto foi dimensionada com base na necessidade de corte anual para a fábrica de um milhão de toneladas anuais de celulose, com investimento de US$ 1,3 bilhão. Penido disse que o conselho de administração da VCP deve aprová-lo no final de 2008.
Espaço para o café
No caso da troca de soja por café, o espaço é cada vez maior em Minas. De acordo com as informações de ontem da Conab, a redução da área plantada de soja no estado deve ficar entre 13% e 15%, equivalentes a cerca de 100 mil hectares. Essa situação incentiva o movimento de migração de outras culturas para essa área e o café é a principal novidade para a próxima safra. A cafeicultura teve crescimento de 3,3% em sua área, o que equivale a 1,12 milhão de hectares.
A região em que a migração acontece com maior força é o cerrado mineiro, área que tem no seu entorno uma produção significativa de soja. Segundo o assessor da Comissão de Café da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Rodrigo Pena, o produtor diminui o espaço destinado aos grãos, principalmente soja, reservando uma área para os cafezais.
Para o presidente da Associação dos Cafeicultores de Patrocínio (Acarpa), na região do cerrado, Wilson José de Oliveira, a migração já é visível na região: “Acredito que o produtor que já cultiva as duas culturas agora está dando mais ênfase ao café”, afirma.
A migração, no entanto, também traz preocupação. Técnicos da Faemg estão preocupados com a possibilidade de uma supersafra de café daqui a quatro anos, período no qual os produtores de soja da região do cerrado que estão migrando para o produto devem colher sua primeira safra: “Ainda não é uma situação alarmante, mas esse movimento pode gerar estoques e desequilibrar a oferta e a demanda” acredita Pena.
No Mato Grosso, cana
Com o início do período das chuvas, produtores de Sorriso (MT) e região iniciaram o cultivo da nova safra de (2006/2007). O município é campeão mundial de produção do grão. De acordo com o Sindicato Rural de Sorriso, praticamente todos os produtores que adquiriram os insumos antecipadamente já deram início ao plantio. Em razão das dificuldades para tomada de financiamentos, o segmento acredita em uma redução de 10% da área plantada. Ou seja, dos 600 mil hectares (ha) plantados na última safra (05/06), Sorriso deve plantar cerca de 540 mil/ha neste novo ciclo. A área sem cultivo de soja será aproveitada — cerca de 30 mil/ha — por culturas como a cana-de-açúcar.
Fonte: Priscila Machadoagência (DCI)
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