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Notícias
20
set
2006
(GERAL)
Empresários apontam o maior problema dos portos
A partir de 1997, o processo de modernização dos portos brasileiros registrou grandes avanços, com a retirada do Estado da atividade portuária. Foram transferidos para a exploração da iniciativa privada, dezenas de terminais marítimos possibilitando mais investimentos e conseqüentes aumentos na produtividade dos portos brasileiros. Para se ter uma idéia da redução de custos que isso provocou, a movimentação de grãos nos principais portos brasileiros, que há 9 anos, custava entre US$ 18 e US$ 20 a tonelada, atualmente o valor está entre US$ 6 e US$ 9.
Entretanto, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, afirmou que ainda assim os preços continuam acima da média praticada nos portos da Europa e da Argentina. "Isso quer dizer que ainda há espaço para avanços no caminho da redução dos custos".
A modernização e o aumento da produtividade dos portos brasileiros esbarra na falta de eficiência na movimentação das mercadorias. No 5º Encontro Nacional dos Representantes Empresariais nos Conselhos de Autoridade Portuária (Encap), realizado nesta quinta-feira (14/09) em Brasília, os empresários destacaram a dragagem como o principal problema a ser enfrentado em todos os portos do país.
Para o vice-presidente da Comissão Portos, Wilen Mantelli, não adianta investir em terminais de primeiro mundo, com produtividade e qualidade se o navio não consegue entrar ou sair. "Os investimentos nos terminais estão sendo prejudicados porque o navio não consegue entrar. A demora do navio no porto é um custo muito elevado e penaliza o produtor nacional", destacou. Mantelli lembrou que atualmente um produto brasileiro demora 39 dias, em média, para ser transportado, desde a fábrica ou lavoura, até a porta do comprador.
Segundo ele, a média mundial é de 27 dias. De acordo com o presidente da Associação Comercial de Santos, José Moreira da Silva, o Porto de Santos, por onde passa quase 28% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, não consegue atender a demanda porque muitas vezes os navios não conseguem atracar no terminal. "Hoje o maior problema que estamos passando é a dragagem. O Porto de Santos precisa da dragagem rotativa e não pode parar. Estamos apagando incêndio todos os dias", destacou.
Para o diretor da Tecon Rio Grande S/A, Paulo Bertinetti, a demora na retirada da licença ambiental para a construção da dragagem também dificulta o desempenho no porto. "A demora para o licenciamento atrapalha. Precisamos manter as licenças sempre atualizadas mesmo quando não precisamos de dragagem. O porto funciona como uma oficina. Se a porta não estiver aberta não tem trabalho. Isso quer dizer que o porto que não tiver dragagem, oferecendo um calado adequado às cargas, não vai operar", destacou.
Bertinetti informou que o porto do Rio Grande possui um complexo para a movimentação de granéis, especialmente soja, bastante fortalecido e com grandes investimentos. Ele ressaltou que todo o esforço concentrado na modernização do terminal está enfraquecido frente a problemas que precisam ser solucionados. Na opinião de Bertinetti, a iniciativa privada pode ajudar neste sentido.
"Está na hora de governos e iniciativa privada iniciarem uma Parceria Público Privada (PPP), o quê reduziria os custos. A iniciativa privada contrata mais barato e faz mais rápido. Se fizermos uma dragagem permanente isso passa a ser um serviço normal do porto".
Entretanto, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, afirmou que ainda assim os preços continuam acima da média praticada nos portos da Europa e da Argentina. "Isso quer dizer que ainda há espaço para avanços no caminho da redução dos custos".
A modernização e o aumento da produtividade dos portos brasileiros esbarra na falta de eficiência na movimentação das mercadorias. No 5º Encontro Nacional dos Representantes Empresariais nos Conselhos de Autoridade Portuária (Encap), realizado nesta quinta-feira (14/09) em Brasília, os empresários destacaram a dragagem como o principal problema a ser enfrentado em todos os portos do país.
Para o vice-presidente da Comissão Portos, Wilen Mantelli, não adianta investir em terminais de primeiro mundo, com produtividade e qualidade se o navio não consegue entrar ou sair. "Os investimentos nos terminais estão sendo prejudicados porque o navio não consegue entrar. A demora do navio no porto é um custo muito elevado e penaliza o produtor nacional", destacou. Mantelli lembrou que atualmente um produto brasileiro demora 39 dias, em média, para ser transportado, desde a fábrica ou lavoura, até a porta do comprador.
Segundo ele, a média mundial é de 27 dias. De acordo com o presidente da Associação Comercial de Santos, José Moreira da Silva, o Porto de Santos, por onde passa quase 28% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, não consegue atender a demanda porque muitas vezes os navios não conseguem atracar no terminal. "Hoje o maior problema que estamos passando é a dragagem. O Porto de Santos precisa da dragagem rotativa e não pode parar. Estamos apagando incêndio todos os dias", destacou.
Para o diretor da Tecon Rio Grande S/A, Paulo Bertinetti, a demora na retirada da licença ambiental para a construção da dragagem também dificulta o desempenho no porto. "A demora para o licenciamento atrapalha. Precisamos manter as licenças sempre atualizadas mesmo quando não precisamos de dragagem. O porto funciona como uma oficina. Se a porta não estiver aberta não tem trabalho. Isso quer dizer que o porto que não tiver dragagem, oferecendo um calado adequado às cargas, não vai operar", destacou.
Bertinetti informou que o porto do Rio Grande possui um complexo para a movimentação de granéis, especialmente soja, bastante fortalecido e com grandes investimentos. Ele ressaltou que todo o esforço concentrado na modernização do terminal está enfraquecido frente a problemas que precisam ser solucionados. Na opinião de Bertinetti, a iniciativa privada pode ajudar neste sentido.
"Está na hora de governos e iniciativa privada iniciarem uma Parceria Público Privada (PPP), o quê reduziria os custos. A iniciativa privada contrata mais barato e faz mais rápido. Se fizermos uma dragagem permanente isso passa a ser um serviço normal do porto".
Fonte: Helen Bernardes (Agência Brasil)
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