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Notícias
13
ago
2006
(GERAL)
Falta entrosamento entre indústrias e fornecedores de madeira em MT
Praticamente toda a madeira processada pelas indústrias do Extremo Norte de Mato Grosso é oriunda de propriedades rurais que não pertencem aos proprietários das empresas, e praticamente não existe interação entre estes dois segmentos para reposição dos estoques. Esse é um dos dados mais preocupantes de uma pesquisa realizada pelo ProManejo no segundo semestre de 2005, entre indústrias madeireiras do território Portal da Amazônia.
Segundo o coordenador do projeto Norival Batista, a pesquisa buscou esclarecer a relação entre o setor industrial e a origem da matéria prima. “Nós queríamos ver se existe relação de continuidade e qual a ligação entre os transformadores e os fornecedores de matéria prima, e a pesquisa apontou que quase não existe essa ligação', diz Batista. Para ele, os resultados são uma ferramenta para indústrias e formuladores de políticas públicas refletirem sobre a sustentabilidade do setor madeireiro na região e planejarem ações que garantam a continuidade das operações a longo prazo.
Para a maior parte dos 128 empresários entrevistados, no entanto, os principais entraves ao desenvolvimento da indústria madeireira são a burocracia e morosidade dos órgãos ambientais e a falta de documentação das propriedades rurais. Um problema que o governo do Estado espera contornar com as novas regulamentações de gestão florestal aprovadas em dezembro último – entre elas a liberação de 30% do previsto nos planos de manejo protocolados na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) que estiverem com toda a documentação correta e um prazo legal de 90 dias a partir do protocolo para a equipa da secretaria vistoriar as áreas dos projetos de manejo. Mesmo assim, o volume de informações pedidas para o envio do processo ainda assusta empresários e proprietários rurais.
A pesquisa também revela outros dados importantes para o planejamento estratégico e crescimento sustentado do setor madeireiro na região, no que tange o arranjo produtivo e a qualificação da mão-de-obra. Apenas 13% das indústrias pesquisadas têm controle sobre todo o processo, desde a extração da madeira até o transporte dos produtos – no restante, as atividades são altamente terceirizadas em relação ao transporte e maquinários de extração. Além disso, a capacitação técnica da força de trabalho utilizada é praticamente inexistente.
Oficinas complementam diagnóstico
O diagnóstico agora está em fase de apreciação pelo próprio setor florestal da região, em uma série de oficinas sobre manejo florestal sustentável promovidas pelo Instituto Centro de Vida no Portal da Amazônia. O objetivo das oficinas, além de esclarecer dúvidas sobre o manejo florestal, é identificar o potencial de extração madeireira de áreas de floresta ainda existentes na região. 'As oficinas terão o papel de estabelecer as potencialidades e possibilidades de implantação de projetos de manejo florestal levando em consideração as florestas ainda existentes na região', explica Norival Batista.
As oficinas são parte das atividades do projeto de Manejo Florestal Sustentável no Portal da Amazônia, executado pelo Instituto Centro de Vida (ICV), que faz parte ProManejo - Projeto de Apoio ao Manejo Florestal Sustentável na Amazônia, um projeto criado no âmbito do PPG7 (Programa Piloto de Proteção das Florestas Tropicais) e executado pelo Ibama e Ministério do Meio Ambiente nos nove estados da Amazônia Brasileira.
Gisele Neuls
Estação Vida
Segundo o coordenador do projeto Norival Batista, a pesquisa buscou esclarecer a relação entre o setor industrial e a origem da matéria prima. “Nós queríamos ver se existe relação de continuidade e qual a ligação entre os transformadores e os fornecedores de matéria prima, e a pesquisa apontou que quase não existe essa ligação', diz Batista. Para ele, os resultados são uma ferramenta para indústrias e formuladores de políticas públicas refletirem sobre a sustentabilidade do setor madeireiro na região e planejarem ações que garantam a continuidade das operações a longo prazo.
Para a maior parte dos 128 empresários entrevistados, no entanto, os principais entraves ao desenvolvimento da indústria madeireira são a burocracia e morosidade dos órgãos ambientais e a falta de documentação das propriedades rurais. Um problema que o governo do Estado espera contornar com as novas regulamentações de gestão florestal aprovadas em dezembro último – entre elas a liberação de 30% do previsto nos planos de manejo protocolados na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) que estiverem com toda a documentação correta e um prazo legal de 90 dias a partir do protocolo para a equipa da secretaria vistoriar as áreas dos projetos de manejo. Mesmo assim, o volume de informações pedidas para o envio do processo ainda assusta empresários e proprietários rurais.
A pesquisa também revela outros dados importantes para o planejamento estratégico e crescimento sustentado do setor madeireiro na região, no que tange o arranjo produtivo e a qualificação da mão-de-obra. Apenas 13% das indústrias pesquisadas têm controle sobre todo o processo, desde a extração da madeira até o transporte dos produtos – no restante, as atividades são altamente terceirizadas em relação ao transporte e maquinários de extração. Além disso, a capacitação técnica da força de trabalho utilizada é praticamente inexistente.
Oficinas complementam diagnóstico
O diagnóstico agora está em fase de apreciação pelo próprio setor florestal da região, em uma série de oficinas sobre manejo florestal sustentável promovidas pelo Instituto Centro de Vida no Portal da Amazônia. O objetivo das oficinas, além de esclarecer dúvidas sobre o manejo florestal, é identificar o potencial de extração madeireira de áreas de floresta ainda existentes na região. 'As oficinas terão o papel de estabelecer as potencialidades e possibilidades de implantação de projetos de manejo florestal levando em consideração as florestas ainda existentes na região', explica Norival Batista.
As oficinas são parte das atividades do projeto de Manejo Florestal Sustentável no Portal da Amazônia, executado pelo Instituto Centro de Vida (ICV), que faz parte ProManejo - Projeto de Apoio ao Manejo Florestal Sustentável na Amazônia, um projeto criado no âmbito do PPG7 (Programa Piloto de Proteção das Florestas Tropicais) e executado pelo Ibama e Ministério do Meio Ambiente nos nove estados da Amazônia Brasileira.
Gisele Neuls
Estação Vida
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