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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Miami expõe artesanato e móveis paraenses.
O Brazil Design Show é feito por fabricantes brasileiros e distribuidores americanos para apoiar pequenos produtores. Uma parte do trabalho realizado no Espaço São José Liberto, um centro de produção de jóias e artesanatos instalado pelo governo do Pará num antigo presídio perto do centro de Belém, estará embarcando no próximo sábado para Miami, nos Estados Unidos, para uma feira de produtos brasileiros, o Brazil Design Show. A feira será promovida nos dias 5, 6 e 7 de novembro pela empresa Terra do Brazil. São cerca de quatro toneladas de móveis de madeira e artesanato que seguirão de Belém.
O São José Liberto mandará 25 peças de cerâmica, produção das associações de artesãos ligadas ao centro. Serão enviadas também jóias e peças do acervo do Museu de Gemas, que funciona no mesmo espaço. "Esse evento é importante para o desenvolvimento de vários setores produtivos do estado, principalmente porque estamos reunindo várias microempresas para participação na feira", afirma Denise Farah, diretora do Sindicato da Indústria de Marcenaria do Pará e responsável pela organização do embarque das peças.
O Brazil Design Show é organizado pela Terra do Brazil em conjunto com fabricantes brasileiros e distribuidores americanos. O objetivo é "apoiar, incentivar e viabilizar ao pequeno e médio prdoutres condições e informações que para vender produtos de valor agregado no mercado norte-americano, sem atravessadores", como explicam os organizadores do evento. Com a feira, será inaugurado show room e um depósito de 1.300 m² em Miami para facilitar esse intercâmbio.
"Queremos mostrar que o Brasil tem móveis e design capazes de competir de igual para igual com os melhores produtos europeus", afirma Roberto Oliveira, dirigente da Terra do Brazil, empresa formada por empresários brasileiros e norte-americanos. Um dos segmentos entre os produtos que resultam das parcerias firmadas no Espaço São José Liberto é o de embalagens, que tem na criatividade dos artesãos paraenses um de seus principais itens. São utilizadas sobras de madeiras amazônicas, folhas desidratadas, sementes regionais e uma infinidade de produtos que, na maioria das vezes, acabam na lata do lixo.
Produtos florestais
O aproveitamento de sobras de madeira para fabricação de embalagens começou há oito meses com o trabalho de Guilherme Júnior, técnico de mineração e artesão autodidata, que descobriu o artesanato há 12 anos, fazendo miniaturas de instrumentos musicais em madeira. Ele fez um curso de designer no Pólo Joalheiro do São José e participou da primeira coleção de jóias com temática regional, a Hiléia Amazônica.
Depois foi só juntar sua experiência ao conhecimento de Max Yamaguchi, engenheiro químico com especialização em aproveitamento de florestais não madeireiros, que havia criado a empresa Brasmazon (Indústria de Oleaginosas e Produtos da Amazônia Ltda.).
Surgiu então a "Woodskin - Reciclagem de Madeira", que partiu para a produção de embalagens, brindes empresariais e produtos próprios, como pentes, necessaire e as miniaturas de instrumentos musicais. Guilherme Júnior partiu para a formação de mão-de-obra nessa área, descobrindo artesãos entre ajudantes de pedreiro, pescadores, serventes, vigias, feirantes.
Das três pessoas iniciais da empresa, hoje são 28 artesãos. Guilherme e Max montaram inclusive núcleos da empresa no interior, onde os novos artesãos realizam todas as etapas da produção. Já existe até uma parceria com a Albras, a indústria de alumínio da Companhia Vale do Rio Doce localizada em Barcarena, a 40 quilômetros de Belém. "Com esse trabalhooferecemos uma oportunidade de geração de renda, dentro dos princípios da iniciativa privada, que requer qualidade, profissionalismo e cumprimento nos prazos de entrega", afirma Max.
A Woodskin trabalha com sobras de madeira certificada e de serrarias. Mas diz que é enorme a quantidade disponível de matéria-prima na região. O caminho que uma tora de madeira percorre da floresta até o produto final há uma perda de até 70%. Caso não sejam aproveitadas, as sobras recolhidas por madeireiras e serrarias acabam geralmente virando cinzas.
A Woodskin já fechou contrato com a Givaldan, a segunda maior empresa de fragrâncias do mundo, para fornecer uma linha de embalagens para sabonetes, perfumes e cosméticos em geral. Outro cliente é a Incosmetic, considerada a maior feira de cosméticos do mundo, no Principado de Mônaco.
A Ornatos Embalagens é outra empresa de sucesso no mix do São José. Ela aproveita de tudo em seu trabalho, do caroço de biriba (uma fruta regional) até a folha da mangueira, varrida nas ruas de Belém como lixo. E mais: caroços de açaí, ameixa e biribá, milho, feijão, sementes de vários tipos e flores desidratados.
Raimundo José Pinto
Fonte: Gazeta do Brasil
18/set/03
O São José Liberto mandará 25 peças de cerâmica, produção das associações de artesãos ligadas ao centro. Serão enviadas também jóias e peças do acervo do Museu de Gemas, que funciona no mesmo espaço. "Esse evento é importante para o desenvolvimento de vários setores produtivos do estado, principalmente porque estamos reunindo várias microempresas para participação na feira", afirma Denise Farah, diretora do Sindicato da Indústria de Marcenaria do Pará e responsável pela organização do embarque das peças.
O Brazil Design Show é organizado pela Terra do Brazil em conjunto com fabricantes brasileiros e distribuidores americanos. O objetivo é "apoiar, incentivar e viabilizar ao pequeno e médio prdoutres condições e informações que para vender produtos de valor agregado no mercado norte-americano, sem atravessadores", como explicam os organizadores do evento. Com a feira, será inaugurado show room e um depósito de 1.300 m² em Miami para facilitar esse intercâmbio.
"Queremos mostrar que o Brasil tem móveis e design capazes de competir de igual para igual com os melhores produtos europeus", afirma Roberto Oliveira, dirigente da Terra do Brazil, empresa formada por empresários brasileiros e norte-americanos. Um dos segmentos entre os produtos que resultam das parcerias firmadas no Espaço São José Liberto é o de embalagens, que tem na criatividade dos artesãos paraenses um de seus principais itens. São utilizadas sobras de madeiras amazônicas, folhas desidratadas, sementes regionais e uma infinidade de produtos que, na maioria das vezes, acabam na lata do lixo.
Produtos florestais
O aproveitamento de sobras de madeira para fabricação de embalagens começou há oito meses com o trabalho de Guilherme Júnior, técnico de mineração e artesão autodidata, que descobriu o artesanato há 12 anos, fazendo miniaturas de instrumentos musicais em madeira. Ele fez um curso de designer no Pólo Joalheiro do São José e participou da primeira coleção de jóias com temática regional, a Hiléia Amazônica.
Depois foi só juntar sua experiência ao conhecimento de Max Yamaguchi, engenheiro químico com especialização em aproveitamento de florestais não madeireiros, que havia criado a empresa Brasmazon (Indústria de Oleaginosas e Produtos da Amazônia Ltda.).
Surgiu então a "Woodskin - Reciclagem de Madeira", que partiu para a produção de embalagens, brindes empresariais e produtos próprios, como pentes, necessaire e as miniaturas de instrumentos musicais. Guilherme Júnior partiu para a formação de mão-de-obra nessa área, descobrindo artesãos entre ajudantes de pedreiro, pescadores, serventes, vigias, feirantes.
Das três pessoas iniciais da empresa, hoje são 28 artesãos. Guilherme e Max montaram inclusive núcleos da empresa no interior, onde os novos artesãos realizam todas as etapas da produção. Já existe até uma parceria com a Albras, a indústria de alumínio da Companhia Vale do Rio Doce localizada em Barcarena, a 40 quilômetros de Belém. "Com esse trabalhooferecemos uma oportunidade de geração de renda, dentro dos princípios da iniciativa privada, que requer qualidade, profissionalismo e cumprimento nos prazos de entrega", afirma Max.
A Woodskin trabalha com sobras de madeira certificada e de serrarias. Mas diz que é enorme a quantidade disponível de matéria-prima na região. O caminho que uma tora de madeira percorre da floresta até o produto final há uma perda de até 70%. Caso não sejam aproveitadas, as sobras recolhidas por madeireiras e serrarias acabam geralmente virando cinzas.
A Woodskin já fechou contrato com a Givaldan, a segunda maior empresa de fragrâncias do mundo, para fornecer uma linha de embalagens para sabonetes, perfumes e cosméticos em geral. Outro cliente é a Incosmetic, considerada a maior feira de cosméticos do mundo, no Principado de Mônaco.
A Ornatos Embalagens é outra empresa de sucesso no mix do São José. Ela aproveita de tudo em seu trabalho, do caroço de biriba (uma fruta regional) até a folha da mangueira, varrida nas ruas de Belém como lixo. E mais: caroços de açaí, ameixa e biribá, milho, feijão, sementes de vários tipos e flores desidratados.
Raimundo José Pinto
Fonte: Gazeta do Brasil
18/set/03
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